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Você realmente sabe como realizar uma avaliação do quadril do seu aluno, ou será que só sabe fazer um ou dois movimentos que podem ou não causar dor? Calma, se você ainda não se sente seguro, isso não é o fim do mundo! Mas, é claro, pode significar o fim do seu tratamento.

Não saber realizar uma boa avaliação do quadril é um erro fatal que pode ser corrigido através de boas informações. Por isso, confira no artigo abaixo como avaliar seu paciente através de movimentos funcionais e outras técnicas que te ajudam a ter resultados muito mais precisos.

Papel do quadril nos movimentos funcionais

Quando falamos em quadril, estamos falando de uma articulação que faz parte da cintura pélvica. Essa estrutura é importantíssima para o movimento porque faz a ligação entre membros inferiores e parte superior do corpo. Isso quer dizer que a cintura pélvica é responsável por anular forças, como a força solo e força do peso normal.

Além disso, ela também transfere forças entre as cinturas para possibilitar a realização do movimento. Sem os movimentos fisiológicos da cintura pélvica, as cadeias cinéticas ficam prejudicadas. Ainda, é fato que os movimentos e até mesmo a posição estática do quadril têm forte influência sobre a postura do indivíduo.

Assim, quando lidarmos com um desvio postural, também precisaremos realizar a avaliação do quadril. É possível que suas limitações de movimento estejam envolvidas no desvio que acomete a coluna lombar e até torácica. O quadril é essencial para diversos movimentos diários que, muitas vezes, estão prejudicados no nosso aluno.

Por ter esse importante papel de anulação e transferência de forças, ele também pode estar envolvido em lesões, patologias e desequilíbrios de membros superiores e inferiores. O que estou tentando dizer é: nunca ignore o quadril, mesmo quando estamos avaliando outras regiões do corpo.

Se realmente queremos proporcionar para o aluno um movimento funcional, o quadril deve estar envolvido nisso. Por isso, é essencial saber como realizar uma boa avaliação do quadril.

Primeira etapa da avaliação do quadril

Boa parte dos profissionais da Fisioterapia prefere começar sua avaliação diretamente nos testes. Mas será que esse é o ideal? Precisamos começar a entender que o exame do nosso aluno começa desde o momento que ele entra na clínica. Sabe aquela hora em que ele está sentado esperando ser chamado? Você já consegue começar a identificar desequilíbrios nele.

Não importa se você trabalha com Fisioterapia ou Educação Física: precisamos aprender a ser bons observadores. Nesse primeiro contato com o paciente, temos uma grande vantagem: ele não sabe que está sendo avaliado. Assim, seus movimentos serão o mais naturais e similares ao que realiza no dia a dia possível. Nesse momento, aproveite para analisar sua marcha, como ele sobe escadas, como ele agacha para sentar e outras atividades.

Dá para ter insights importantes sobre o movimento do paciente durante a observação inicial. Apesar disso, é claro que tudo que você perceber durante o primeiro contato com a pessoa deverá ser confirmado mais tarde. Mas o importante é que isso já serve como um guia para que o profissional entenda melhor quais são os desequilíbrios que afetam esse corpo. A partir daí, você pode até direcionar alguns exercícios para confirmar as hipóteses que elaborou nesse momento.

Análise de histórico clínico do paciente

Outro ponto importante da avaliação do quadril que alguns ignoram ou esquecem é a análise do histórico clínico. Não quero dizer com isso que você deve analisar os exames de imagem da pessoa. Eles podem ser usados como referência, mas te contarão uma história muito rasa do movimento.

Por isso, busque questionar seu paciente sobre:

  • Sua ocupação profissional;
  • Possíveis traumas anteriores (mesmo que não estejam relacionados ao quadril);
  • Dores (também não precisam ser exclusivamente no quadril);
  • Atividades de lazer;
  • Atividades esportivas;

Não existe necessidade de fazer um questionário longo sobre a vida do aluno, mas precisamos de informações básicas para iniciar a avaliação do quadril.

Um exemplo simples já é capaz de demonstrar a importância disso: digamos que você trabalhe com um aluno que corre maratonas nas horas vagas. Nesse caso, sua avaliação do quadril será bem diferente de outro que é completamente sedentário, não é mesmo?

Exames de palpação do quadril

A palpação é parte da nossa avaliação do quadril e é especialmente importante em alunos que já apresentam dor nessa região. Através dela conseguimos identificar características como:

  • Pontos dolorosos e pontos gatilho;
  • Tônus muscular;
  • Deformidades ósseas;

Nesse exame buscaremos alguns pontos de referência para analisar o alinhamento do quadril. Esses pontos são:

  • Espinha ilíaca ântero-superior;
  • Crista ilíaca;
  • Espinha ilíaca póstero-superior;
  • Trocânter maior;
  • Tuberosidade isquiática;

Perceba que existem alguns pontos de referência relacionados aos ilíacos. Esses são importantes indicadores de patologias do quadril. Seu desalinhamento pode gerar desvios posturais, disfunções articulares e todo tipo de problema. Por isso, também é muito importante ter conhecimento sobre os músculos do iliopsoas como um todo. 

Durante a palpação, podemos aproveitar para encontrar cicatrizes, assimetrias e alterações posturais que podem estar relacionadas a patologias. Essa é uma fase da avaliação do quadril que exige bastante atenção do examinador.

Lembre-se que, durante todo o processo, o paciente deve estar confortável e sem dor. Escolha uma posição adequada para isso e, caso o aluno sinta dor, cesse o movimento ou troque de posição.

Avaliação postural na avaliação do quadril

Chegamos a uma parte importantíssima da avaliação do quadril: a avaliação postural. É nessa hora que determinamos a relação do quadril com desvios posturais que o aluno possui.

Para isso, quero sugerir aqui que você não pare na avaliação estática que a maioria dos fisioterapeutas realiza. Ela te ajuda a encontrar informações importantes? Certamente, mas não chega perto de ser o suficiente.

Precisamos realizar uma avaliação postural estática e outra dinâmica. Isso porque na estática você consegue observar algumas das compensações que afetam o aluno, mas não as vê em movimento. É só durante o movimento que você descobre os verdadeiros desequilíbrios que precisa corrigir.

Avaliação de mobilidade na avaliação do quadril

O quadril é uma articulação sinovial que consegue se movimentar em todos os planos de movimento. O fato dessa articulação ser capaz de diversos movimentos não quer dizer que nossos alunos consigam realizá-los em sua amplitude plena. Sempre devemos analisar a mobilidade articular através de testes passivos e ativos.

Lembre-se, durante essa etapa da avaliação do quadril, que você deve analisar todos os movimentos da região, que são:

  • Flexão;
  • Extensão;
  • Adução;
  • Abdução;
  • Rotação interna;
  • Rotação externa;

Os movimentos ativos são aqueles realizados pela própria força do paciente. Durante esses movimentos, você perceberá como está seu padrão de ativação muscular, bem como se existe fraqueza ou desequilíbrios na região. A avaliação de movimentos é ótima para descartar hipóteses que criamos nas primeiras etapas.

Aqui, aproveito para fazer um destaque: não realize apenas uma avaliação do quadril. Sabemos que o corpo realiza uma variedade de compensações para continuar se movendo. Muitas vezes, a ativação muscular errada faz com que o quadril se movimente ao mesmo tempo que gera desvios em outras articulações, como coluna lombar ou joelhos.

Por isso, também devemos utilizar os movimentos passivos, que eliminam a influência muscular. Com isso, conseguimos determinar se existe comprometimento das estruturas articulares e ósseas ou não. E lembre-se: uma avaliação elimina a outra.

Exercícios para avaliação funcional do quadril

Gosto sempre de dar ênfase na avaliação funcional. Sempre devemos realizar esse tipo de avaliação do quadril porque ela ajuda a relacionar a dor ou patologia à vida do aluno fora do consultório. Durante a avaliação do quadril, precisaremos observar os seguintes movimentos:

  • Agachar;
  • Subir e descer escadas;
  • Andar;
  • Correr;
  • Cruzar os joelhos;
  • Gestos esportivos;

Deixar de analisar tais movimentos através de exercícios significa realizar uma avaliação incompleta. Você pode até avaliar o aluno durante a aula sem ele saber. Para isso, inclua exercícios que correspondam a padrões funcionais de movimento do quadril na aula. Depois, é só observar como seu corpo reage a isso. 

Conclusão

A avaliação do quadril é um momento crucial para qualquer trabalho de reabilitação de quadril. Tal articulação possui influência em patologias de membros inferiores, desvios posturais e até mesmo da parte superior do corpo. Além disso, ela pode possuir diversos desequilíbrios musculares mesmo estando sem dor. Por isso, sua avaliação precisa ser completa e funcional.

Só saberemos com precisão como tratar o aluno depois de descobrir quais são as origens de seus problemas. A única maneira de descobrir isso é investindo numa avaliação do quadril completa que não deixe passar sequer um movimento incorreto. 

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