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O quadril é uma parte muito importante do corpo, responsável por sustentar grande parte do nosso peso. É muito importante que ele esteja em bom funcionamento. As patologias podem aparecer quando uma ou mais partes do quadril não realizam suas funções de movimento corretamente.

Há diferentes intervenções que podem ser utilizadas para o tratamento destas patologias, desde medicamentos até cirurgia, passando por exercícios e condutas para o relaxamento, alongamento e reorganização postural; tudo isso na tentativa de amenizar os sintomas e solucionar o problema. O que irá definir qual intervenção é a melhor para se utilizar é a origem da disfunção do quadril. Que tal saber um pouco mais?

Anatomia funcional do quadril

O quadril é uma articulação estável que é capaz que suportar o peso corporal. Sua formação se dá pelos ossos do fêmur e da pelve, além da articulação acetábulo-femoral e dos ligamentos iliofemoral, pubofemoral e isquiofemoral. Todos eles permitem o pleno funcionamento do quadril em três planos de movimento.

A articulação do quadril, conhecida como acetábulo-femoral, é responsável pela transmissão das cargas axiais do tronco e membros superiores para os membros inferiores tanto na posição estática como na dinâmica da locomoção.

Esta articulação faz a união entre o tronco por meio da cintura pélvica e os membros inferiores. além disso, caracteriza-se pela ótima congruência articular, o que lhe proporciona grande estabilidade, apresentando ainda boa mobilidade articular com 3 graus de movimentos conforme falado acima.

Funcionalidade do quadril

As articulações do quadril (tanto do lado direito, quanto esquerdo) estão ligadas umas às outras pelo osso pélvico e ligadas a coluna vertebral pelas articulações sacroilíaca e lombossacral.

A parte óssea côncava é denominada de acetábulo e está localizada na face lateral da pelve e aponta lateral, anterior e inferiormente. A profundidade do acetábulo é aumentada por um anel de fibrocartilagem, o lábio do acetábulo.

A cartilagem desta região, apresenta formato de ferradura, sendo mais espessa na região lateral onde estão transmitidas as principais forças de suporte de peso. A porção central da superfície acetabular é não–articular.

A parte óssea convexa é a cabeça esférica do fêmur, que está ligada ao colo femoral. Ela se projeta anterior, medial e superiormente. As forças de reação do solo são provenientes dos membros inferiores e são transmitidas para cima por meio dos quadris até a pelve e o tronco durante a marcha e em outras atividades destes membros.

Amplitudes de movimento

Além de todas essas funções, os quadris também suportam o peso da cabeça, do tronco e dos membros superiores. Para que ele seja capaz de desempenhar as atividades de vida diária, são necessários pelo menos 120° de flexão e 20° de abdução e rotação externa.

De modo geral, as amplitudes de movimentos no quadril costumam ser menores em pessoas com idades mais avançadas, porém as diferenças não são substanciais, ficando na faixa de 3º a 5º.

De forma geral, o quadril é uma das articulações mais estáveis do corpo humano, graças ao seu ajuste ósseo, seus potentes músculos e os fortes ligamentos. A articulação fica estabilizada pela gravidade durante a posição ereta, quando o peso corporal pressiona a cabeça do fêmur no acetábulo.

Sua estabilidade máxima ocorre numa combinação dos movimentos de flexão + rotação externa e abdução. Esta é uma posição confortável e estável, comum quando nos sentamos, por exemplo. Uma posição de instabilidade ocorre com a combinação de flexão e adução; normalmente quando cruzamos as pernas.

Mecânica do movimento

A cintura pélvica que é formada pelo Ilio Isquio Púbis, desempenha um papel importante na sustentação de peso corporal. Ao mesmo tempo que oferece mobilidade ao aumentar a amplitude de movimento no membro inferior.  Além disso, é local de inserção muscular para 28 músculos do tronco e da coxa.

A Pelve é responsável por posicionar a articulação do quadril em um local favorável para o movimento do membro inferior que realiza ações articulares eficientes.

Juntamente com a articulação, a cintura pélvica faz parte de um sistema de cadeia cinética fechada, em que as forças avançam superiormente desde o membro inferior passando pelo quadril, pelve e tronco.

O posicionamento da cintura pélvica contribui também para a manutenção do equilíbrio postural, mediante ações musculares específicas, pois esta é uma área do corpo que apresenta diferenças importantes entre os sexos na população em geral: as mulheres apresentam a pelve mais leve, delgada e ampla se comparada ao homem.

Quando realizado o apoio unipodal na marcha, três forças atuam na pelve sobre a articulação do quadril. São elas:

  • Forças abdutoras do quadril
  • Peso do corpo
  • Forças de reação articular.

Estas forças atuam com maior ou menor magnitude dependendo diretamente de seus vetores e suas direções.

Ação e integração muscular funcional no quadril

A articulação do quadril é influenciada pela ação de vários músculos que atuam no membro inferior e também na pelve. Vamos entender como!

Flexão de quadril

A flexão do quadril por exemplo, é importante na marcha, nas corridas, em situações como subir degraus, andar em aclives e em algumas na prática de esportes; como o chute no futebol.

Dentre os flexores do quadril, o mais forte é o Iliopsoas, que abrange o psoas maior, menor e o ilíaco. O Iliopsoas é um músculo biarticular que atua tanto no tronco como na coxa. Psoas também atua sinergicamente com os músculos paravertebrais e cria uma força de cisalhamento anterior na região lombar, principalmente em L4 e L5.

O reto femoral é outro flexor do quadril cuja tarefa também depende do posicionamento do joelho. Ele é um músculo biarticular extensor do joelho. É chamado de “músculo do chute”, pois fica na posição máxima para o rendimento no quadril durante a fase preparatória do chute.

Existem ainda outros flexores do quadril como o Sartório, Pectineo e Tensor da Fascia Lata, este último é considerado um músculo biarticular pois se fixa na faixa fibrosa, o Trato Iliotibial, avançando na parte lateral da coxa.

Extensão do quadril

A extensão do quadril participa diretamente na sustentação de peso corporal quando se mantém em posição ereta, além de manter e controlar as ações antigravitacionais. Os músculos extensores do quadril são os isquiotibiais:

  • Semitendinoso
  • Semimembranoso
  • Bíceps femoral

Estes músculos cruzam a articulação do joelho, realizando tanto a flexão como a rotação desta articulação. Quando o joelho encontra-se estendido, os isquiotibiais ficam alongados para uma ação ideal no quadril.

Eles também controlam a pelve durante a tração inferior no tubérculo isquiático, criando uma inclinação posterior da pelve e deixando-os responsáveis pela manutenção da postura ereta do indivíduo.

Desta forma, podemos dizer que tanto os extensores quanto flexores controlam anteroposteriormente a pelve. Por isso, é importante que esses músculos fiquem sempre equilibrados.

Abdução do quadril

A abdução do quadril é um movimento importante nas atividades diárias e principalmente em alguns esportes. Ao andar, os abdutores são importantes estabilizadores pélvicos. O principal abdutor do quadril é o Glúteo Médio.

Durante a fase de apoio da marcha, ele se contrai para estabilizar a pelve para que ela não caia para o lado oposto ao que apoiado no momento. Isto é chamado de o sinal de Trendelenburg.

Isso é importante para todas as articulações dos membros inferiores, pois um Glúteo Médio fraco, pode causar algumas mudanças graves como a queda da pelve contralateral e o aumento da adução e rotação do fêmur.

Adução do quadril

Os músculos adutores do quadril trabalham junto com os abdutores para equilibrar a pelve. O grupo adutor possui uma grande massa muscular pois todos os músculos que se originam do osso púbico se inserem na parte medial da coxa.

De modo geral, os músculos da articulação do quadril devem estar equilibrados de maneira que os extensores não prejudiquem os flexores e os abdutores sejam equivalentes aos adutores, garantindo controle suficiente da pelve.

Patologias do quadril

A articulação do quadril é de extrema importância na marcha e sustentação do peso corporal. Ela é submetida a forças iguais ou maiores em relação ao peso corporal.

Para que haja estabilidade nessa articulação, é necessário a integridade óssea, articular e miofascial para que não apareçam patologias. As de maior frequência estão listadas abaixo, confira!

Artrose do quadril

A artrose do quadril é caracterizada pela degeneração crônica dessa articulação, em função do desgaste excessivo da cartilagem localizada entre o fêmur acetábulo.

O espaço articular fica reduzido e é aí que surgem as alterações de movimento e as queixas de dor. A artrose pode ocorrer em vários graus – desde alterações mais leves, até alterações graves -, podendo acometer a estrutura óssea, assim como a cartilagem.

O paciente que possui artrose no quadril pode ter dor tanto local quanto irradiada, além de sentir dore ao movimentar-se – principalmente quando está em repouso e quando inicia o movimento -, ou quando está caminhando por mais tempo. O tratamento desta patologia pode ser feita através de exercícios específicos porém, em casos mais graves, pode ser utilizada a intervenção cirúrgica.

Síndrome do piriforme

O piriforme está diretamente envolvido com a articulação do quadril porque se estende das vértebras sacrais até o trocânter do fêmur. A Síndrome do Piriforme é uma patologia dolorosa, derivada da hiperativação deste músculo.

Como o nervo ciático passa próximo ao músculo (algumas vezes até entre o músculo), a irritação muscular pode desencadear uma sensibilidade nervosa, desencadeando sintomas dolorosos no membro inferior acometido.

Essa alteração do piriforme costuma acontecer por conta de um desequilíbrio muscular, que tem como causa a fraqueza ou falta de alongamento desse músculo ou de músculos vizinhos a ele. Para essa patologia, o tratamento costuma ser conservador, por meio de medicamentos ou exercícios que equilibrem as condições musculares.

Artrite reumatoide

A artrite por sua vez, é uma doença autoimune, reumática e sistêmica que acomete múltiplas articulações. Normalmente, atinge as mãos e os pés, mas pode afetar articulações maiores, como no caso do quadril.

A AR é um processo que acontece nas articulações, quando o revestimento da cartilagem que cobre as extremidades ósseas inflama em função de uma disfunção sistêmica.

A artrite reumatoide não tem cura, mas a partir de tratamentos é possível reverter alguns danos. No caso dos sinais no quadril, é recomendado o uso de medicamentos anti-inflamatórios em casos de exacerbação e tratamento para condicionamento físico e manutenção das condições musculares com exercícios e fisioterapia. Em casos extremos, a artroplastia pode ser uma opção para alívio de dor e melhora do movimento.

Bursite do quadril

A bursite do quadril nada mais é que uma inflamação da bursa trocantérica. Esse processo inflamatório pode acontecer por diversos fatores. Os mais comuns são:

  • Uso excessivo (overuse)
  • Lesão por queda
  • Lesão na coluna ou no quadril
  • Após procedimento cirúrgico
  • Disfunção óssea com presença de osteófitos.

Acontece predominantemente em mulheres de meia idade e idosos, mas pode acometer pessoas de qualquer idade, inclusive jovens, em função da sobrecarga de exercícios e uso excessivo da articulação. O tratamento consiste no uso de anti-inflamatórios, crioterapia e restabelecimento do equilíbrio muscular por meio de exercícios.

Pubalgia

A pubalgia é uma dor na região do púbis e aparece por conta de um desequilíbrio entre os músculos envolvidos com a região púbica, que são os adutores do quadril, glúteos, piriforme e os músculos abdominais.

Uma das possíveis causa da pubalgia é a tendinite dos tendões que tem inserção em púbis. Por se tratar de uma desordem muito específica, o tratamento, por vezes torna-se mais demorado até surtir o efeito desejado, mas consiste, basicamente, em exercícios para reestruturar o equilíbrio muscular (alongamentos e reforço muscular).

Atenção fisioterapêutica nas patologias do quadril

Quando uma pessoa sofre algum tipo de patologia, é normal que se perca a mobilidade do local afetado e até mesmo das regiões que participam diretamente ou indiretamente do lugar afetado.

É normal também que a dor force o indivíduo a limitar seus movimentos, fazendo com que o quadril perca sua principal necessidade. Por isso, a mobilidade é um fator importante no momento de realizar o tratamento de patologias do quadril através da fisioterapia.

O glúteo é uma musculatura essencial para realizar os movimentos com o quadril. Então profissional algum pode esquecer de incluir trabalhos com essa musculatura.

Já em casos no qual o paciente opte junto ao médico por realizar a cirurgia, a Fisioterapia pode ser utilizada tanto no pré-operatório quanto no pós-operatório. Em ambas as fases, os movimentos buscam melhorar a força, mobilidade e amplitude do movimento, restabelecendo sua funcionalidade.

Como a fisioterapia não oferece riscos à articulação, é possível iniciar os movimentos e exercícios precocemente, o que acelera o processo de recuperação do paciente, nos casos de tratamento pós-operatório. Desta forma, Pode-se perceber que a Fisioterapia oferece benefícios na recuperação das patologias do quadril independente da desordem de quadril apresentada.

Conclusão

As patologias do quadril podem gerar dor e desconforto por parte daqueles que ficam sujeitos às mesmas. Por isso estar em dia com a saúde do corpo é essencial para evitar esses problemas.

Pensar nos objetivos que se quer alcançar durante o tratamento fisioterapêutico é a chave do sucesso do tratamento. A sessão não deve ser um bicho de sete cabeças para os fisioterapeutas e não deve ser um fardo para os pacientes.

Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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