A laserterapia, também conhecida como terapia a laser de baixa intensidade ou fotobiomodulação, envolve o uso de luz de baixa potência para estimular as células do corpo. Essa luz é emitida por um dispositivo chamado laser, que pode ser direcionado para áreas específicas do corpo.
A luz do laser é composta por fótons, partículas elementares de energia luminosa. Dependendo das características do laser utilizado, como comprimento de onda e potência, a luz pode penetrar profundamente nos tecidos do corpo humano.
Essa luz interage com as células do corpo, estimulando reações bioquímicas que podem ter efeitos terapêuticos. A laserterapia pode ser realizada por profissionais de saúde, como fisioterapeutas, médicos, dentistas e dermatologistas.
Ela é aplicada diretamente na área afetada, direcionando o feixe de luz para a região a ser tratada. O tempo e a frequência do tratamento podem variar dependendo da condição específica e do protocolo estabelecido.
Continue a leitura para saber mais sobre laserterapia!
O que é laserterapia?
A laserterapia é um tratamento não invasivo que envolve o uso de luz laser de baixa potência para estimular processos biológicos no corpo humano. O laser emite uma luz monocromática e coerente, ou seja, uma luz de uma única cor e com as ondas em fase, o que permite uma absorção mais eficiente pelo tecido.
A luz laser atua estimulando as células, estimulando a circulação sanguínea, a inflamação e promovendo a cicatrização.
Como a laserterapia pode ajudar no tratamento fisioterapêutico?
A laserterapia desempenha um papel importante no tratamento fisioterapêutico, oferecendo uma abordagem não invasiva e eficaz para diversas condições.
Alguns dos tratamentos para os quais o uso da laserterapia é frequentemente recomendado:
Dor Crônica
A laserterapia tem sido utilizada para aliviar a dor em condições como artrite, fibromialgia, dores musculares e articulares crônicas.
A luz do laser pode ajudar a reduzir a inflamação, estimular a circulação sanguínea e promover a liberação de endorfinas, substâncias naturais do corpo que aliviam a dor.
Lesões Esportivas
Atletas frequentemente recorrem à laserterapia para acelerar a recuperação de lesões musculares, ligamentares e tendinosas. O laser ajuda a reduzir o tempo de cicatrização, diminuir o inchaço e promover a regeneração dos tecidos lesados.
Reabilitação Pós-cirúrgica
A laserterapia é frequentemente usada como parte do processo de reabilitação pós-cirúrgica, ajudando a controlar a dor, reduzir o inchaço e promover a cicatrização dos tecidos.
É comumente utilizada após cirurgias ortopédicas, como artroscopia, substituição de articulações e reparo de tendões.
Condições Dermatológicas
Certas doenças de pele, como psoríase, eczema e herpes, podem ser tratadas com laserterapia. A luz do laser tem propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras, ajudando a reduzir a inflamação e melhorar a saúde da pele.
Reabilitação Física
A laserterapia também é utilizada como parte da reabilitação física em casos de lesões ortopédicas, como entorses, fraturas e tendinites. O laser pode ser combinado com exercícios terapêuticos para acelerar a recuperação e melhorar a função.
Relaxamento Muscular
O laser também pode ajudar no relaxamento muscular, reduzindo a tensão e o espasmo muscular. Isso é particularmente útil no tratamento de condições como contraturas musculares, ponto-gatilhos e espasmos.
Essa abordagem terapêutica tem sido utilizada em uma variedade de áreas da saúde, como fisioterapia, odontologia, dermatologia, medicina esportiva e reabilitação.
É importante destacar que o uso da laserterapia deve ser realizado por profissionais devidamente treinados e qualificados.
Cada condição requer uma avaliação individualizada e um plano de tratamento adequado.
A laserterapia é considerada uma terapia segura e não invasiva, mas como qualquer procedimento terapêutico, pode ter contra indicações e efeitos adversos, se utilizada de forma inadequada.
As contraindicações da laserterapia
A laserterapia, embora seja uma abordagem terapêutica relativamente segura e amplamente utilizada, possui algumas contraindicações importantes que os profissionais de saúde devem levar em consideração antes de prescrever esse tipo de tratamento.
Em primeiro lugar, a laserterapia é contraindicada em casos de gravidez, devido à falta de comprovação sobre sua segurança para o feto em desenvolvimento. Mulheres grávidas devem evitar a exposição ao laser, especialmente em áreas próximas ao abdômen e à pelve, para evitar possíveis complicações.
Além disso, a presença de tumores malignos representa outra contraindicação para a laserterapia.
A luz do laser pode estimular o crescimento celular, o que pode ser prejudicial em casos de câncer, podendo promover a antecipação de células cancerígenas em regiões grávidas pelo tumor. Portanto, o tratamento a laser deve ser evitado em pacientes com tumores malignos.
A fotossensibilidade é uma condição na qual a pele é extremamente sensível à luz, podendo levar a reações cutâneas adversas quando expostas ao laser.
Além disso, pacientes que estão em tratamento com medicamentos fotossensibilizantes também devem evitar a laserterapia, já que eles podem potencializar a sensibilidade à luz e aumentar o risco de efeitos colaterais.
Outra situação em que a laserterapia deve ser evitada é em áreas com sangramento ativo. O laser pode interferir na coagulação sanguínea e prolongar o sangramento em áreas feridas, o que é indesejável em situações de sangramento agudo.
Nesses casos, é importante controlar o sangramento antes de considerar o uso da laserterapia. Além disso, deve-se ter cautela ao aplicar a laserterapia nas glândulas endócrinas, como a tireoide e as suprarrenais.
Por fim, é importante ressaltar que a laserterapia deve ser evitada em áreas do corpo com sensibilidade reduzida, como em casos de neuropatias. A falta de sensibilidade nessas regiões pode impedir que o paciente sinta desconforto ou lesões, levando a possíveis complicações ao utilizar o tratamento a laser.
Qual o valor da aplicação?
O valor da laserterapia pode variar consideravelmente dependendo de vários fatores, como a localização geográfica, a clínica ou o centro de fisioterapia onde o procedimento é realizado, a experiência do profissional e o número de sessões necessárias para o tratamento específico.
Geralmente, as sessões de laserterapia podem custar entre R$50 a R$200 no Brasil, em média.
No entanto, é importante notar que alguns tratamentos podem exigir várias sessões para obter resultados duradouros, o que pode aumentar o custo total do tratamento.
Além disso, alguns clínicos ou profissionais podem oferecer pacotes de tratamento que reduzem o custo por sessão. É fundamental pesquisar diferentes opções, obter orçamentos e verificar se o tratamento é coberto pelo plano de saúde, se for o caso.
Como os profissionais podem se “especializar” para aplicar essa técnica?
Após obter o diploma de Fisioterapia, o próximo passo é buscar uma especialização em laserterapia.
Existem diversos cursos de pós-graduação e extensão específica sobre o assunto, que oferecem conhecimentos aprofundados sobre as bases físicas do laser, tipos de lasers utilizados na fisioterapia, indicações e contraindicações do tratamento, além das técnicas de aplicação e protocolos terapêuticos.
Para aprimorar suas práticas de habilidades, busque oportunidades de estágio ou residência em clínicas ou centros de reabilitação que utilizam a laserterapia em seus tratamentos.
Essa experiência proporcionará a oportunidade de vivenciar situações reais de tratamento, lidar com diferentes patologias e entender como a laserterapia pode ser integrada a outras abordagens fisioterapêuticas.
Além dos cursos de especialização, é importante buscar o aprofundamento constante por meio de livros, artigos científicos e participação em eventos da área. A atualização contínua é crucial para acompanhar as inovações e pesquisas na laserterapia e aprimorar suas habilidades clínicas.
Após concluir a formação e sentir-se confiante em suas habilidades, é necessário registrar-se no órgão regulador competente, que pode variar de acordo com o país (por exemplo, no Brasil, é o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – CREFITO).
O registro é obrigatório para exercer legalmente a profissão de fisioterapeuta e garantir a prática ética e responsável da laserterapia.
Ao seguir essas etapas, o profissional estará devidamente preparado para realizar o tratamento de laserterapia com segurança, eficácia e conformidade com os padrões éticos e legais da profissão.
Conclusão
A laserterapia tem se mostrado uma abordagem terapêutica promissora e eficaz no âmbito do tratamento fisioterapêutico.
Ao longo dos anos, tem sido amplamente estudado e aplicado em diversas condições clínicas, demonstrando resultados positivos em estimular a cicatrização, aliviar dores e inflamações, além de aumentar a imunidade dos tecidos.
A combinação da laserterapia com o tratamento fisioterapêutico tradicional também tem proporcionado benefícios alcançados aos pacientes, permitindo a otimização dos resultados e a recuperação mais rápida e completa de lesões e disfunções musculoesqueléticas.