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Você sabe com clareza o que é e como surge a bursite de quadril? E, o que é ainda mais importante: você sabe realizar um diagnóstico de bursite de quadril? Então continue lendo para descobrir tudo sobre essa patologia!

A articulação do quadril é uma região especial do corpo que necessita muita estabilização. Preste atenção na função da pelve: ela realiza transferência e anulação de força entre membros superiores e inferiores. Portanto, essa articulação precisa comprometer um pouco de sua mobilidade para conseguir trabalhar com essas forças corretamente.

Por isso, o quadril possui diversas estruturas estabilizadoras, principalmente estáticas. Nele estão localizados diversos ligamentos fortes que impedem um deslocamento significativo. Além disso, estamos falando de uma articulação sinovial. Isso significa que existem cartilagens e líquidos responsáveis por manter as estruturas ósseas intactas.

Entre essas estruturas, podemos citar as bursas como parte importante do movimento. Elas são pequenas bolsas cheias de líquido sinovial que diminuem o atrito do movimento. Em alguns pacientes, essas bursas encontram-se inflamadas por algum motivo, gerando dor e edema na região. Chamamos isso de bursite.

O que exatamente é a bursite de quadril?

A maior parte dos casos de bursite de quadril são o que chamamos de bursite trocantérica. Neles, as bursas próximas ao trocânter maior do fêmur inflamam e causam dor. É claro que também é possível encontrar outros tipos de bursite; tudo depende do quadril do paciente.

No início do quadro de bursite de quadril, o paciente não apresenta sintomas severos. Por isso, na maioria das vezes essas pessoas não buscam uma avaliação profissional.

O sintoma costuma ser um pouco de dor na lateral do quadril, que ocorre de vez em quando, geralmente após treinos esportivos ou ao caminhar. Como para a maioria dos atletas sentir dores depois de treinar não costuma significar grandes problemas, é provável que esse indivíduo continue treinando sem preocupações.

Apesar disso, a doença evolui e o diagnóstico de bursite de quadril vai se tornando cada vez mais necessário. Veja como ela progride com o passar do tempo:

A evolução da bursite

Apesar de parecer algo simples e que não demanda grandes cuidados, quadros de bursite no quadril pioram gradativamente com o tempo. Isso acontece porque, com a exigência contínua da articulação, a inflamação não melhora e ainda aumenta de intensidade.

Com o tempo, a dor fica mais forte e começa a irradiar para a lateral da coxa. Dependendo da gravidade dos sintomas, eles podem até prejudicar a marcha, ocasionar dor noturna e fazer com que a pessoa acorde no meio da noite por causa do desconforto.

Atletas e outras pessoas que não buscam tratamento precisam tomar muito cuidado. Se a patologia continuar se desenvolvendo, ela pode transformar-se num quadro de dor crônica do quadril difícil de tratar. Além disso, as estruturas ósseas do quadril podem sofrer desgaste por causa do atrito causado pelos problemas de movimento.

Bom, já está clara a seriedade de quadros da doença e, consequentemente, a importância de realizar o quanto antes um diagnóstico de bursite de quadril. Mas quais são, de fato, suas causas? Como ela se desenvolve? Leia abaixo!

Causas da bursite do quadril

Se você quer ser capaz de realizar um diagnóstico de bursite de quadril de maneira eficaz, está na hora de conhecer as causas que levam a esse quadro. Dependendo do histórico clínico do aluno, é possível fazer uma estimativa delas durante a própria anamnese. Apesar disso, é sempre muito importante confirmar essas hipóteses mais tarde através dos testes físicos.

Boa parte dos casos de bursite de quadril são causados por microtraumas na articulação – essa é a causa mais frequente em atletas e pessoas que usam muito a articulação. Isso acontece não por causa da prática esportiva em si, mas porque existem desequilíbrios musculares que impedem uma estabilização adequada durante esse ato.

Existem, também, diversos outros desequilíbrios musculares que podem causar desequilíbrios no quadril. Por isso, precisamos considerar todas as musculaturas envolvidas em seu movimento e a maneira como elas se relacionam para, então, conseguir realizar um diagnóstico de bursite de quadril e suas causas.

Você pode ver, abaixo, uma lista dos fatores que podem levar a um quadro de bursite de quadril, e a seguir explicarei como elas funcionam: 

Causas vs. fator de risco de bursite de quadril

Então, de acordo com a lista, qualquer pessoa com glúteo mínimo ou médio enfraquecido desenvolverá bursite? Certamente não. Realizar um diagnóstico de bursite de quadril não é uma tarefa tão simples quanto identificar um único grupo muscular fraco. Para que a patologia aconteça, geralmente temos uma combinação de fatores que levam ao surgimento da dor.

As mulheres, por exemplo, estão no grupo de risco porque possuem o ângulo Q da pelve aumentado. Apesar disso, nem toda mulher desenvolve a bursite ao longo da vida. Pelo contrário: se a maioria das mulheres tiver um estilo de vida saudável e os músculos com seu funcionamento fisiológico adequado, elas dificilmente desenvolverão o problema.

Portanto, é mais seguro observar essas causas como fatores de risco ao diagnosticar bursite de quadril. Quando percebemos um indivíduo com a fáscia lata encurtada, por exemplo, não devemos considerar essa a causa e já fechar o diagnóstico. Isso porque podem existir outros problemas relacionados que levaram ao surgimento da patologia, e é de extrema importância identificar todos eles.

Como realizar um diagnóstico de bursite de quadril

O primeiro passo para realizar um bom diagnóstico de bursite de quadril é analisar o quadro álgico do paciente. Mas, atenção: tome muito cuidado para não parar suas perguntas ao paciente já nas características da dor. A dor lateral do quadril com irradiação é um sintoma comum em quadros de bursite, mas que também pode apontar para outras patologias, como a tendinite.

Também é importante avaliar o histórico médico do paciente, sua profissão, sua rotina de prática de atividades físicas, entre outros. O ortopedista que acompanha o caso também pode pedir exames de imagem para avaliar o desenvolvimento da patologia. Tais exames nos ajudam a entender o comprometimento articular e o desgaste ósseo no quadril.

Além disso, também se deve considerar alguns fatores durante a avaliação física (tanto estática quanto dinâmica):

  • Sensibilidade na região;
  • Testar a força das musculaturas que realizam movimentos do quadril;
  • Verificar compensações durante movimentos da marcha;
  • Conferir se não existem outras patologias afetando o quadril;

Ao realizar as avaliações físicas, você perceberá que até mesmo movimentos com amplitudes pequenas podem causar bastante dor. Nesse sentido, o ideal é sempre evitar a dor no aluno e parar o movimento assim que o sintoma surgir.

Porém, a avaliação não deve encerrar aí. Caso isso aconteça, mude de movimento e anote em quais momentos a pessoa reclamou de dor. Esses também são sinais importantes para o diagnóstico de bursite de quadril e, posteriormente, para a elaboração do tratamento.

A dor causada pela bursite de quadril

A bursite de quadril pode causar dores em padrões similares na maioria dos seus pacientes. Portanto, fique atento aos sintomas na região lateral e sensibilidade sobre o trocânter maior. Os sintomas também costumam ficar mais intensos durante a rotação externa ou abdução do quadril.

Ao realizar o diagnóstico de bursite de quadril, é importante anotar todos os sintomas relacionados a dor que seu paciente apresenta. O quadril de bursite é um quebra cabeças de compensações que precisa ser unido para, mais tarde, elaborar o tratamento mais adequado.

Também devemos avaliar todos os fatores de risco que listei acima no texto. Eles são excelentes para quem, ao realizar a avaliação, fica em dúvida entre bursite de quadril e outras patologias e gostaria de descartar um dos quadros.

Conclusão

Após todo o conteúdo exposto acima, fica aqui a principal informação: o diagnóstico de bursite de quadril não é algo simples de ser feito. A patologia é complexa e, algumas vezes, bastante similar a outros problemas. Portanto, não é incomum termos um diagnóstico ambíguo de bursite de quadril ou trocantérica.

Nesses casos, o ideal é recomendar exames de imagem para auxiliar o diagnóstico. Nesses exames, procura-se confirmar a inflamação ou danos nas bursas próximas ao trocânter ou outros indícios que confirmem patologias diferentes, como a tendinite.

Apesar de recomendar os exames de imagem para confirmação do quadril, nunca deixe de fazer a avaliação física! Ela te dá insights importantes sobre musculaturas afetadas e outros desequilíbrios que influenciam no tratamento.

Além disso, caso você chegue a um diagnóstico de bursite de quadril positivo, é importante saber realizar o tratamento da doença. Afinal, a reabilitação é uma parte essencial do trabalho do fisioterapeuta.

E então, o que achou desse texto? Já se sente preparado para realizar avaliações e, quem sabe, chegar ao diagnóstico de bursite de quadril em seu paciente? Comente abaixo!

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