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A Fibromialgia (FM) é uma condição clínica que vem acometendo bastante a população, com etiologia desconhecida mas com evidências associadas ao estresse, ao comprometimento da qualidade de vida relacionado a condições sociais contemporâneas e, sobretudo aos impactos na saúde mental dos indivíduos.

Segundo Heymann et al. (2017), a fibromialgia é uma doença que acomete em sua maioria mulheres com média de faixa etária entre os 35-44 anos. 

Em estudos realizados nos EUA e na Europa a prevalência da fibromialgia encontrada foi de 5% da população geral, sendo que no Brasil está presente em 2,5% da população geral.

A terapia Manual promove benefícios a esses pacientes desde a prevenção da cronicidade da dor ao tratamento da dor crônica já instalada. 

Há estudos que comprovam que a terapia manual aplicada frequentemente na dor aguda em distúrbios do sistema músculo esquelético previne a cronicidade de dor, para isso faz-se necessário que o terapeuta entenda os processos envolvidos e atuem, partindo da premissa de que a avaliação é essencial para identificação dos componentes envolvidos na dor. 

Quando isso não acontece podem ocorrer danos ao paciente.

Quer saber mais sobre o uso de terapia manual para Fibromialgia? Continue lendo!

O que é a Fibromialgia?

A Fibromialgia é considerada uma síndrome que se caracteriza por dores difusas e crônicas, bilaterais no corpo com pontos de gatilhos situados em sítios anatômicos com alta sensibilidade dolorosa. 

Possui etiologia desconhecida, é uma síndrome que não é autoimune e inflamatória, pode acarretar ao paciente fadiga, rigidez matinal, depressão, distúrbios do sono, sensibilidade estomacal, sendo o principal sintoma a dor crônica e difusa. 

O mecanismo fisiopatológico da fibromialgia geralmente é marcado pelo início da dor em determinado ponto ou área específica. 

Essa dor se difunde em todo o corpo, é comum a presença de onze pontos à palpação dos dezoito pontos conhecidos, embora haja pacientes que apresentam pontos dolorosos em outras áreas do corpo ou que tenham a doença e apresentam menos de onze pontos dolorosos. 

terapia manual para fibromialgia

De acordo com Pinheiro⁠, a fibromialgia é um distúrbio músculo-esquelético, de caráter de dor crônica generalizada com história de, pelo menos, três meses de dor esquelético-axial. 

Ocorre bilateralmente ao corpo e possui de onze a dezoito pontos dolorosos. É frequentemente tratada pela terapia manual utilizando as técnicas de massagens, liberação miofascial, quiropraxia.

terapia manual para fibromialgia

A FM possui efeitos devastadores na qualidade de vida, prejudica a capacidade do indivíduo realizar suas atividades e trabalhar. 

Além de ter impactos em suas atividades cotidianas possui forte impacto nas suas relações sociais, família e amigos.

O diagnóstico da Fibromialgia é clínico e desafiador, em 1990 o colégio Americano de Reumatologia (ACR) elaborou critérios de diagnóstico que foram aceitos pela comunidade científica. 

Contudo, apesar dos avanços nas pesquisas houve bastantes críticas à supervalorização dos pontos dolorosos havendo uma reelaboração em 2010 que incluíram vários sintomas e excluíram a palpação dos pontos dolorosos. 

Diante da variedade das condições clínicas e da inexistência de exames de imagem e laboratoriais, o diagnóstico da Fibromialgia é baseado no julgamento clínico. 

Segundo Ziani, a fibromialgia no Brasil atinge cerca de 2,5% da população, representando a segunda doença reumatológica mais prevalente em termos do Brasil e do mundo. 

Sendo a maior incidência em mulheres, representando cerca de 70% a 90% dos casos, entre os 35-55 anos.

Esse período é considerado fase produtiva, ou seja, em que a mulher ainda está no mercado de trabalho. 

Essa prevalência e alta incidência possuem impactos na saúde pública e consequentemente nos sistemas de saúde, portanto a busca é incessante por tratamentos farmacológicos e não farmacológicos. 

Os farmacológicos objetivam diminuir os sintomas e consequentemente proporcionando melhora no quadro do paciente e os não farmacológicos são voltados a melhora da funcionalidade gerando melhora na qualidade de vida desses pacientes,  através de manipulações, exercícios, alongamentos, pompagens entre outros. 

Nessa vertente as técnicas de terapia manual para fibromialgia são excelentes aliados para o tratamento.

Os Recursos de Terapia Manual para Fibromialgia são bastante utilizados no tratamento, objetivando melhorar a circulação local, relaxamento muscular e diminuição do quadro álgico. 

Consequentemente com a melhora dos sintomas da FM há uma melhora na qualidade de vida desses pacientes.

Como a Terapia Manual atua na redução da dor na Fibromialgia?

A Terapia Manual utiliza técnicas com finalidades terapêuticas que aplicadas sobre os tecidos conjuntivo, ósseo, muscular e nervoso, favorecem reações fisiológicas e promove a redução da dor e outros benefícios como melhorar o aporte sanguíneo e relaxar a musculatura. 

Com mecanismos de trações, liberações, alongamentos assistidos associados à respiração.

Além disso, outro fator preponderante na contribuição da redução do quadro álgico é o entendimento da dor crônica. 

Segundo a International Association for the Study of Pain( IASP) a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável relacionados a um dano tecidual, apresentando dois componentes: percepção dolorosa e reatividade emocional. 

Quando se mobiliza, alonga, traciona, rompe barreiras teciduais através das técnicas de terapia manual promove aos pacientes mecanismos fisiológicos que favorecem a redução de dor mais também promove sensação de bem-estar o que traz impactos positivos nos aspectos emocionais e psíquicos afetivos do ser.

Os Recursos Terapêuticos Manuais mais utilizados são: a massagem terapêutica, Pompage, liberação miofascial, mobilização neural. 

Cada técnica com suas peculiaridades gerarão benefícios ao paciente: a liberação miofascial atua na ruptura de aderências na fáscia, mobilizando o tecido conjuntivo e consequentemente promovendo relaxamento e melhora do aporte sanguíneo. 

A pompage libera tensões através do alongamento assistido e gera sensação de bem-estar e diminuição de quadro álgico. 

A mobilização neural pode acarretar em benefícios como: descompressão neural, melhora da extensibilidade, melhora de amplitude de movimento, diminuição de parestesias e dores. 

A massagem promove além de outros benefícios fisiológicos supracitados promove o relaxamento muscular, sensação de bem-estar e melhora da dor.

Além de como todas as outras técnicas trazem melhora na qualidade de vida.

Fazem-se necessários alguns cuidados com o paciente acometido pela fibromialgia dentre eles é a percepção dos fatores psíquicos e emocionais envolvidos no processo. 

É importante que o terapeuta motive o paciente e além do enfoque nas questões do sistema músculo esquelético, desenvolva estratégias de inclusão social e entenda o seu paciente no seu contexto promovendo de fato uma melhora na qualidade de vida dos mesmos. 

Outro cuidado é na escolha da técnica manual a ser empregada, a avaliação é fundamental para que baseado nos achados clínico funcionais o terapeuta elenque a técnica mais adequada àquele paciente.

É importante também que ao realizar a avaliação esteja atento a diagnósticos diferenciais, entendendo a dor e sua real causa. A dor pode ser periférica e oriunda de um ponto satélite, portanto a intervenção deve priorizar aquela região ou ponto satélite para que o tratamento seja eficaz.

Conclusão

Dessa forma podemos verificar que a fibromialgia é uma condição clínica complexa ao qual o terapeuta deve estar atento a todos os componentes envolvidos, desde os componentes físicos ao componente emocional, psíquico e ambiental do indivíduo. 

O tratamento da mesma requer uma atenção à cronicidade da dor, que é seu principal sintoma, e o elenco de técnicas da terapia manual atua proporcionando aos pacientes mecanismos neurofisiológicos que atenuam a dor e previnem a evolução da mesma. 

Assim como atua promovendo sensações de bem-estar e relaxamento dando uma conectividade do corpo (percepção) com questões emocionais do ser, gerando assim impactos positivos em aspectos que são acometidos por essas condições clínicas, tais como: Socialização, atividades laborativas, atividades funcionais e consequentemente qualidade de vida.

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