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Atendeu algum paciente que do nada simplesmente abandonou seu tratamento? Isso pode significar várias coisas, mas principalmente que ele estava insatisfeito com os resultados. Por isso, você precisa aprender sobre os 12 erros que espantam seus pacientes.

Não é porque um ou outro paciente para de trabalhar com você que é preciso se desesperar. Nem sempre é culpa sua, às vezes a pessoa estava só procurando outra atividade que lhe interessasse mais. Porém existem vezes onde o tratamento era o problema.

Nesse texto vamos comentar sobre os principais erros que espantam seus pacientes, mas antes de começar, precisamos entender um pouco do lado do aluno. Continue a leitura e compreenda!

O lado do aluno

O senhor Fernando certo dia foi ao médico com uma dor lombar e descobriu ser hérnia de disco. O médico recomendou fisioterapia para o tratamento, garantindo que ele sentiria um bom alívio da dor com ajuda dos exercícios.

Por esse motivo Fernando foi parar num consultório de fisioterapia e começou a fazer os exercícios como o fisioterapeuta mandava. Mesmo assim depois de algum tempo frequentando as sessões ele continuava com dor. O senhor Fernando estava frustrado com o tratamento e resolveu deixar a fisioterapia.

Muitos de nossos pacientes podem passar pela história do Fernando ao abandonar suas sessões. Eles estão esperando um resultado bastante específico: redução da dor, melhora de uma patologia…

Portanto, o primeiro passo para conseguirmos conquistar a confiança dele é entender seu objetivo e trabalhar da melhor maneira para alcançá-lo.

Sabe qual é a pior parte de deixar um paciente sair frustrado? Ele não vai te indicar para os amigos e colegas, ainda pior, ele pode sair reclamando para os outros e propaganda negativa é exatamente o que não queremos.

Quer começar a corrigir os erros que espantam seus pacientes e melhorar seus tratamentos? Então confira as dicas a seguir.

1. Ser pouco pontual

Esse é um dos mais graves erros que espantam seus pacientes. Essa regra vale para qualquer tipo de aula. É importante que o fisioterapeuta cobre seu paciente para chegar no horário. O mesmo se aplica a nós.

Modalidades que trabalham a qualidade de vida como o Pilates também envolvem disciplina para fazer os exercícios, fazer os deveres de casa e melhorar a vida como um todo. Por isso precisamos começar a estar sempre no horário.

Atrasar as sessões pode diminuir o respeito que seu aluno tem por você, além de irritar. Só podemos cobrar de deles algo que nós mesmos já fazemos sem problemas, e a pontualidade é uma dessas coisas.

2. Não praticar a atividade que vende

Você algum dia já ouviu a seguinte frase?

“Faça o que eu falo, não faça o que eu faço.”

Sim, né? Fica um aviso para todos nós: nenhum profissional pode ser assim. Alguém que vende Fisioterapia para seus clientes precisa praticar essa atividade física para conseguir manter a forma e saber passar o conhecimento de maneira correta.

Se você ainda não pratica sua atividade comece agora. Garanto que isso vai melhorar muito a qualidade da sua aula e também te transformará num exemplo para o aluno.

Imagine que você passou um exercício para uma pessoa e ela não está conseguindo fazer. Como você vai demonstrar para ela se você mesmo não pratica?

3. Falar de maneira pessimista

O paciente te mostrou todos seus exames de imagem e você realizou uma boa avaliação com ele. Agora chegou a temida hora de explicar o que está acontecendo e como podemos consertar isso.

Alguns profissionais focam muito mais nos problemas e coisas que estão erradas que nas coisas que estão normais. Se você começar dizendo que a pessoa está com uma coluna degenerada ou com algo fora do lugar ela já vai entrar em desespero.

Precisamos aprender a tomar cuidado com os termos que usamos para conversar com os pacientes. Como ele vai saber que aquela condição é normal de acontecer e tem tratamento se você não falar?

A percepção do paciente sobre sua situação e suas esperanças de melhora influenciam bastante no tratamento. Da próxima vez que precisar explicar algum problema para seus pacientes, pense nisso e substitua seus termos negativos.

Também lembre-se de sempre explicar como você trabalhará em conjunto com o aluno para melhorar a condição do paciente.

4. Fazer um tratamento focado só em um local

Sempre falamos que é necessário tratar o corpo como um todo. Seu aluno com cervicalgia não é somente uma cervical onde você mexe à vontade, ele é uma pessoa completa que precisa ser tratada inteiramente.

Gostamos de lembrar sobre isso por alguns motivos. Primeiramente, o corpo é um conjunto e uma região sofrendo com alguma patologia nunca está sozinha. Nosso organismo possui fáscias que são interligadas, quando uma delas tensiona essas tensões se espalham para outras regiões.

Em segundo lugar, a dor causada por uma patologia força o corpo a se adaptar para que ele consiga continuar realizando as atividades diárias. Qualquer adaptação vai gerar disfunções em outros lugares e deixar seu aluno com diversas disfunções e tensões espalhados.

De que adianta corrigir o lugar da patologia se a pessoa continua com tensões musculares? De nada, ele eventualmente pode sentir dor e desconforto outra vez. Nossa recomendação é usar exercícios completos, que trabalham várias regiões, combinados com exercícios localizados.

Dessa maneira, você consegue fazer com que o aluno trabalhe a região problemática e ganhe consciência de movimento. Os exercícios globais ajudarão a trabalhar regiões relacionadas que podem estar afetadas pela patologia.

5. Deixar seu aluno com medo de movimento

É muito comum encontrarmos pacientes que desenvolveram medos de se movimentar depois de passar algum tempo lidando com a dor. Isso é uma situação comum, mas extremamente problemática para qualquer um que trabalha com movimento para curar. Precisamos dar atenção a esse ponto dos erros que espantam seus pacientes.

Quando o paciente está receoso de se mover fica muito mais difícil de realizar os exercícios, limitando o repertório de exercícios possíveis de usar numa aula. O papel de profissionais do movimento nessa situação é livrar nosso aluno do medo.

Você precisa mostrar para ele que o movimento é benéfico para ele, não problemático. No início de um tratamento, quando o aluno ainda sofre com dores agudas, tente usar técnicas que auxiliam no alívio da dor.

Em questão de exercícios comece fortalecendo as bases do corpo. Precisamos trabalhar o corpo inteiro, então fazer um movimento com outras regiões do corpo é bastante benéfico para seu aluno.

Também vale muito a pena investir em técnicas como liberação miofascial e terapia manual para ajudar seu aluno a se livrar do incômodo.

6. Usar um número de repetições igual para todos

Há quem defina que sempre vai usar um número X de repetições de tal exercício porque acha melhor e SEMPRE usar esse mesmo número. Qual é o problema, o que importa é que a pessoa faça o exercício, certo? Não exatamente. Esse acaba sendo o mais bobo dos erros que espantam seus pacientes, pois ele acontece sem que você perceba.

Dependendo da condição do paciente ele pode não conseguir realizar aquela quantidade de exercícios. Se a pessoa está tão cansada que começa a errar no movimento, é sinal de que você deveria alterar o número de repetições.

Também existe a possibilidade de seu aluno fazer um certo exercício com tanta facilidade que ele precisaria de uma quantidade maior de repetições.

Sempre adapte suas repetições e séries para as necessidades de cada um, seus alunos não são todos iguais, então as aulas devem ser igualmente diferentes. Fique também atento às patologias e desequilíbrios específicos da pessoa.

Usar o mesmo padrão de exercícios para uma patologia

Assim como alguns profissionais costumam deixar um número fixo de repetições, existem pessoas que deixam um padrão fixo de exercícios para certas patologias. Isso é igualmente problemático, talvez até pior que o problema das repetições.

Não existe receita para curar uma patologia, mas sim exercícios e movimentos que se bem colocados conseguem auxiliar a pessoa. Todo o tratamento precisa ser baseado numa avaliação eficiente e os exercícios devem ser definidos de acordo com isso.

7. Insistir sempre na mesma estratégia

Pode parecer que trabalhando por tanto tempo na área de movimento, reabilitação e saúde, todos já saberíamos como dar instruções para os alunos. Infelizmente, esse não é o caso por uma variedade de motivos.

Existe uma maneira muito fácil de descobrir se sua abordagem não está indo muito bem. Preste atenção no desempenho do seu melhor aluno, aquele que faz todos os deveres de casa, nunca falta na sessão, sempre chega no horário e se esforça ao máximo para realizar os exercícios.

Esse aluno continua tendo bastante dificuldade apesar da frequência e do esforço? Então provavelmente o problema não é com ele, mas com sua estratégia. Tente mudar um pouco os exercícios e como você os ensina. Quando um aluno tem dificuldade por muito tempo ele acaba perdendo a motivação e abandonando o tratamento.

Outro problema frequente na abordagem é a maneira de explicar um exercício.

Comecemos lembrando que, assim como todos os alunos são diferentes fisicamente, eles também têm formas diferentes de entender o mundo. Isso quer dizer que uma instrução sua pode estar completamente clara para uma pessoa e incrivelmente confusa para outra.

“Mas o que seria uma boa instrução?”

Um rápido resumo de como instruir seu aluno de forma eficiente:

Usar a palavra NÃO

O comando verbal é muito importante para a execução do movimento. Caso você erre nesse comando ou seu aluno não entenda, ele provavelmente também vai errar o exercício.

Na hora de dar instruções precisamos prestar muita atenção nas palavras usadas, e a palavra não é uma das que devem ser evitadas.

Se eu te pedir para imaginar sua casa você provavelmente vai imaginar na mesma hora. Se eu disser algo diferente como, não imagine sua casa pegando fogo, você vai imaginar de qualquer jeito, o ‘não’ é inútil para o comando.

Portanto, comandos como “não erga os ombros” ou “não faça uma extensão” na verdade vão gerar o efeito oposto no aluno. Ele não está fazendo isso por mal, é uma resposta quase inconsciente ao comando.

Pense em maneiras melhores para explicar o que o corpo pode fazer, evitando e substituindo a negativa sempre que possível. Não diga não para seu aluno! Suas palavras devem explicar para o aluno o movimento que o aluno PRECISA fazer.

Não ajudar o aluno a mentalizar o movimento

Antes que o corpo faça um movimento, a mente o visualiza e ajuda na realização. Quando isso falta numa aula você perceberá que o paciente tem maior dificuldade para realizar o movimento corretamente, provavelmente forçando o instrutor a explicar mais vezes.

O corpo programa o movimento antes de fazer. Por exemplo, se você já conhece uma música na hora de cantar é bastante fácil, o corpo é igual para se mover. Quando você fala para o paciente realizar um movimento que ele já conhece e está programado na sua cabeça ele provavelmente vai acertar.

Mas se o paciente estiver com o movimento programado de maneira errada em sua mente, quando ele se mexer estará errado também. Por isso é sempre importante prestarmos atenção no que os pacientes estão fazendo e corrigir constantemente.

Como fazemos isso? Antes de começar o exercício em si, use um momento para imaginar como é o movimento com seu aluno.

8. Pular alguma fase da explicação

Cada pessoa possui um tipo de entendimento diferente. Algumas são visuais e conseguem entender melhor quando estão observando algo, outros são auditivos e se dão melhor com comandos verbais e também, existem os sinestésicos que preferem entender o que estão sentindo.

Esses perfis podem ser aplicados a tipos de profissionais, de estudantes e também, claro, de pacientes.

Nossa explicação também precisa atender a esses três tipos: começando com uma parte visual, onde somente mostramos o movimento, seguindo para a parte auditiva onde damos os comandos, e terminamos com a parte sinestésica explicando o que o cliente vai sentir.

Ao longo do tempo você conseguirá perceber qual é o tipo de seu aluno e quando ele tiver dificuldade pode focar num deles.

9. Deixar de tocar o aluno na hora de corrigir ou ajudar

O toque é um dos nossos grandes aliados num processo de reabilitação. Podemos usar a terapia manual na hora de aliviar a dor e também como uma maneira de corrigir e ajudar os alunos.

Algumas vezes é preciso usar as mãos para guiar o corpo do aluno e ajudá-lo a se mover, especialmente se ele estiver com dor ou tiver algum tipo de dificuldade.

Quando o toque deve ser usado? É melhor reservá-lo para as partes mais críticas do movimento onde ele provavelmente vai ter dificuldade. Você pode ajudar o aluno com as mãos mesmo antes de ele errar, é uma maneira de facilitar o exercício e garantir que ele está realizando um movimento de qualidade.

10. Insistir num exercício que o paciente não consegue fazer

Algumas vezes o paciente deveria realizar um exercício essencial para melhorar sua patologia, mas nunca fez ele anteriormente. Se você for direto para o movimento ele provavelmente vai errar, especialmente se não estiver preparado. 

Existe uma maneira de preparar o aluno para exercícios mais complexos. Recomendamos que fisioterapeutas nunca pulem essa parte da preparação para insistir num movimento complicado que o paciente não sabe fazer.

Comece ensinando um movimento parecido àquele que você quer que ele realize. Porém esse movimento inicial precisa ser simples e fácil de ser realizado. A intenção é ajudar a pessoa a entender quais musculaturas devem ser ativadas durante o trabalho e preparar essas musculaturas.

Se a intenção é um exercício em pé, em base instável ou similares então comece por uma posição estável como no chão. Desse jeito o aluno consegue se concentrar somente no movimento sem precisar se estabilizar.

11. Não deixar o paciente chegar no ponto da fadiga

Para conseguir corrigir compensações no corpo é necessário corrigir onde se encontram. E a melhor maneira de conseguir isso é deixar que o paciente chegue próximo da fadiga durante os exercícios.

Algumas vezes temos medo de deixar o aluno se cansar muito naquele movimento pensando que a dificuldade será grande demais para ele. O ideal é encontrar um equilíbrio para que o exercício não fique muito fácil nem extremamente difícil e que o aluno comece a se cansar no fim da série.

Quando uma pessoa está chegando à fadiga ela começa a mostrar suas compensações, que é o momento ideal para descobrir o que ainda precisa de correção e trabalho. Lembre-se que, deixar uma sessão muito fácil também começa a entediar o aluno e pode fazer com que ele desista.

12. Evitar técnicas diferentes

Evitar usar técnicas diferentes é um dos erros que espantam seus pacientes. Essa é uma dica que qualquer profissional que trabalha com movimento pode adotar: misturar técnicas!

Nenhuma metodologia é perfeita e sempre podemos complementar nossa aula usando exercícios e movimentos diferentes. Além de ajudar na reabilitação do paciente, essa mistura também aumenta seu repertório de movimentos e deixa a sessão mais dinâmica.

Quem não gosta de misturar técnicas diferentes acaba espantando pacientes que gostem de variar mais. Então é sempre uma boa ideia investir em formação mesmo que aquela não seja exatamente sua área, todo conhecimento é útil alguma hora.

Conclusão

Ninguém quer perder pacientes, especialmente se a decisão de deixar ir às aulas estiver relacionada a errinhos bobos que podemos consertar. Se você quer garantir satisfação em suas sessões, é muito bom conhecer esses erros que espantam seus pacientes e que nos atrapalham.

Se você reconheceu algum problema de seus tratamentos nessa lista, então é na hora de mudar. Atender às expectativas do paciente não é mais o suficiente para permanecer no mercado, na verdade só quem consegue ultrapassar as expectativas e surpreender consegue conquistar.

Além de corrigir seus erros, você também deve investir para melhorar cada vez mais. Caso contrário seus pacientes continuarão te abandonando pela concorrência que é capaz de surpreender. 

Grupo VOLL

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