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Quando o assunto são as dores crônicas, pode ser um pouco frustrante e desanimador para o paciente pensar que tudo somente será resolvido com medicamentos. Viver sob um diagnóstico clínico pode ser algo bastante limitante a ponto de interferir nas funções cotidianas, como levantar, caminhar e até mesmo trabalhar.

Vamos compreender melhor o conceito de dor, quais são os tipos de dores mais comuns e de que modo o Método Pilates intervém a curto e longo prazo neste tratamento específico, falando sobre os benefícios que esta atividade física proporciona.

O Pilates é um exercício físico completo, sendo considerado por muitos profissionais da saúde, como uma forma de reabilitação física. Com ele é possível fortalecer a musculatura e garantir maior flexibilidade do corpo, podendo ser praticado por qualquer grupo de pessoas, homens, mulheres, idosos e gestantes.

A prática do Pilates ajuda no alívio de dores crônicas, sendo que cada exercício é adaptado única e exclusivamente para o seu corpo e suas necessidades, com movimentos que trabalham o corpo de forma global.

Quais as diferenças entre dor aguda, recorrente e crônica?

O idealizador do Método Pilates, Joseph Pilates, parecia ter muito clara a intenção de desenvolver a arte de curar. A “contrologia”, como foi convencionada pelo Método a técnica de controle do corpo através da mente, observa a dor como o quinto sinal vital, vindo depois da frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura corporal e pressão arterial. 

A dor sinaliza que algo não está bem e é definida pela IASP (Associação Internacional para o Estudo da Dor) como “uma experiência sensorial e emocional desagradável que é associada a lesões reais ou potenciais ou descrita em termos de tais lesões. A dor é sempre subjetiva e cada indivíduo aprende a utilizar este termo por meio de suas experiências”. 

Tecnicamente, podemos dividir a dor em três níveis: aguda, recorrente e crônica. A dor aguda tem início recente e está associada a traumas, infecções, inflamações e costuma durar pouco tempo. Já a dor recorrente é caracterizada por aquele incômodo que dura pouco tempo, mas aparece com certa frequência.

Por fim, a dor crônica, sobre a qual nos debruçamos neste artigo, tem uma intensidade e duração contínua, mesmo após o tratamento de alguma lesão ou doença. O tratamento para estes casos é mais delicado e a fonte causadora da dor geralmente é difícil de ser identificada. 

A dor crônica é o pior tipo de dor porque afeta diretamente a qualidade de vida e bem-estar do indivíduo.

No Brasil, estima-se que cerca de 60 milhões de indivíduos sofrem de algum tipo de dor crônica, sendo as mulheres as líderes deste doloroso ranking.

Os principais tipos de dores crônicas são:

  • Dores da coluna vertebral;
  • Dores de cabeça e enxaqueca;
  • Ansiedade e distúrbios emocionais;
  • Depressão;
  • Artrite;
  • Reumatismo;
  • Fibromialgia.

O que é dor crônica?

Mas, afinal, como saber se o que você sente é considerado uma dor crônica ou não? A dor crônica é aquela que persiste por mais de 3 meses e geralmente indica que há disfunções no sistema nervoso.

Entre os tipos mais comuns de dores crônicas, estão:

  • Dor na lombar;
  • Dor na cervical;
  • Enxaqueca;
  • Dores relacionadas ao nervo ciático.

Muitos pacientes aproveitam o Pilates como uma forma de tratamento para suas dores crônicas. Priorizar uma vida mais ativa e saudável influenciará, significativamente, os resultados do tratamento, bem como a forma como a dor será encarada e contextualizada no dia a dia. 

Ou seja, mesmo que a dor represente um grande incômodo, ainda é possível gerenciá-la de forma saudável e positiva.

Intervenção do Pilates nas dores crônicas

O Método Pilates é uma ferramenta segura para as reabilitações de lesões e tratamentos para a dor crônica. Este Método se concentra em princípios como a respiração, fluidez do movimento, concentração durante a execução do exercício e contrologia.

Estes princípios condicionam o praticante a compreender melhor o próprio corpo e suas limitações, entendendo como deve executar o movimento em busca da perfeição funcional, que nada mais é do que a execução de movimentos cotidianos com consciência corporal.

É saindo deste ponto de partida que o praticante vai se sentindo confiante para novos desafios, participando e interagindo a todo momento com o instrutor ou fisioterapeuta da lapidação dos seus movimentos.

A dor tem um papel importante neste processo, pois é ela quem alerta para os limites do organismo. Se existe uma dor crônica, significa que o organismo está submetido a alto estresse e precisa de uma intervenção antes de que ela evolua ao ponto de se tornar fator incapacitante.

As dores podem estar ligadas a muitas enfermidades físicas e psíquicas e elas podem refletir na postura ou até mesmo advir dessa alteração postural. Muitos dos desconfortos causados pelo desalinhamento postural podem ser corrigidos com o Método Pilates, que possui uma estratégia de movimentos progressiva e consciente, que não transcende o limite da dor.

Os exercícios do Pilates geralmente estão concentrados na amplitude dos movimentos, com estabilização da coluna e centralização da força, ou seja, movimentos que dão ênfase aos músculos abdominais, assoalho pélvico e diafragma, responsáveis pela estabilização estática e dinâmica do corpo.

O treinamento visa o desenvolvimento da flexibilidade, da força muscular e a coordenação entre respiração e movimento. Tudo isso, junto e misturado, contribui para que o processo de reabilitação postural aconteça de maneira natural, evitando assim, as dores crônicas causadas por esses desvios.

Outra coisa super interessante que o Pilates clínico trabalha é a conscientização da contração dos músculos que protegem a coluna vertebral, evitando as dores crônicas na coluna e outras patologias advindas do enfraquecimento da região do core.

Quando realizado a longo prazo, o Pilates pode oferecer diversos benefícios no tratamento de dores crônicas. Por ser um exercício de baixo impacto, trabalha vários grupos musculares, melhora a flexibilidade, amplitude de movimentos e respiração, isso contribui para a redução da dor e melhora a qualidade de vida do praticante, ajudando a lidar melhor com sua condição.

Outro benefício, que não é um pormenor, é o controle da ansiedade e depressão através da atividade física. Além do aumento da autoestima ao observar resultados positivos físicos e mentais.

Quais exercícios do Pilates podem ajudar a aliviar as dores crônicas?

Até os exercícios mais simples ajudam nas dores crônicas, como os que utilizam a bola de Pilates ou demais equipamentos, por exemplo: deitado com a barriga para cima, relaxado, você colocará uma bola embaixo das pernas e realizará um movimento combinado com a respiração. 

Independentemente dos instrumentos utilizados ou do tipo de exercício, todos são leves e progressivos.

É importante lembrar que todos os exercícios são acompanhados de um profissional que irá garantir que tudo está sendo feito do jeito correto.

Conclusão

Muitos podem ser os benefícios do Pilates para a dor crônica, principalmente quando praticado de forma contínua e com orientação de um profissional: melhora da postura, mobilidade, respiração, consciência corporal, alívio de dores e tônus muscular são alguns exemplos dessas vantagens. 

A atividade física sempre foi um dos alicerces do tratamento de pessoas que sofrem com dores crônicas, e o Pilates tem produzido resultados muito satisfatórios neste sentido.

Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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