Os distúrbios do sono – conhecidos como insônia, podem ser tratados com métodos fisioterapêuticos, conforme estabelece a resolução do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).
Na urgência dos afazeres cotidianos, o tempo dedicado ao descanso fica escasso, condição que favorece o surgimento da dificuldade para dormir. Segundo informações da Associação Brasileira do Sono (ABS), cerca de 70 milhões de brasileiros sofrem com insônia.
A recorrência de noites mal dormidas afeta a saúde do corpo e da mente, por isso, precisa ser tratada com atenção. A fisioterapia surge como alternativa aos medicamentos.
No documento “As Diretrizes da Associação Brasileira do Sono 2022”, há um capítulo exclusivo sobre as evidências científicas mais recentes sobre o tratamento fisioterapêutico para pacientes com insônia.
Dentre os achados, há a menção de que o exercício físico resistido afeta o funcionamento sináptico das áreas no cérebro associadas com a ansiedade, diminuindo sintomas e, consequentemente, o estado de hipervigilância.
As estratégias possíveis de se aplicar em um protocolo eficiente no combate à insônia, de acordo com as novas diretrizes da ABS, incluem:
- Exercício aeróbico como tratamento adjunto;
- Acupuntura;
- Massagem;
- Relaxamento muscular;
- Yoga;
- Tai Chi Chuan;
- Higiene do sono.
Essas opções, conforme analisado, proporcionam resultados positivos, especialmente para os pacientes com um padrão de comportamento prejudicial ao repouso.
A importância das sessões fisioterapêuticas no combate à insônia
O uso dos métodos fisioterapêuticos no tratamento de pacientes que dormem mal foi reconhecido pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).
A partir da Resolução Nº 536, de agosto de 2021, os profissionais da área podem tratar esses distúrbios que surgem por diferentes fatores, como problemas respiratórios, neurológicos, circulatórios, entre outros.
Assim como outras intervenções da fisioterapia, a correta avaliação por anamnese e/ou laboratorial está diretamente conectada com a possibilidade de resultados satisfatórios.
No seu guia, a ABS também reconhece que os protocolos fisioterapêuticos devem se adequar ao perfil e às características de cada indivíduo que busca se livrar da insônia por meios não-farmacológicos.
Além disso, o aperfeiçoamento e a especialização do fisioterapeuta são pontos que favorecem o sucesso da terapia.
Afinal, para elaborar e conduzir as estratégias das sessões, deve-se dominar os conhecimentos de anatomia, fisiologia e fisiopatologia, para que os exercícios possam aliviar as tensões dos músculos, aumentar a oxigenação do sangue e promover a melhora na qualidade do sono e da vida.
Conclusão
A literatura médica reconhece dois tipos de insônia: a aguda, classificada por crises durante períodos de estresse ou de forte emoção; e a crônica, que atinge a maioria da população e se configura como assunto de saúde pública.
O alerta é importante, porque passar várias noites sem dormir direito afeta o organismo e pode provocar o desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares.
Em razão dos efeitos dessa privação, recomenda-se procurar ajuda especializada ao menor sinal de dificuldades para adormecer ou voltar a dormir após despertares noturnos.
As horas de descanso são fundamentais para o equilíbrio mental e físico, portanto, justificam o investimento complementar na rotina de sono dentro de um ambiente adequado, com uma boa cama box, refrigeração, livre de ruídos, telas e luz branca e artificial.
Você possui ou já está curado da insônia? Comenta aqui as dicas que segue para conseguir ter uma boa noite de sono!
