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O processo de envelhecimento é algo natural do ser humano, que se apresenta em diferentes fases e diferentes aspectos.

Quando para uns pode ser a melhor idade, para outros se torna uma fase de problemas físicos, biológicos, psicológicos e sociais, requerendo ou inspirando muitos cuidados.

Pelo processo de envelhecimento ser algo individual e natural, vemos indivíduos envelhecendo em ritmos que podem ser diferentes de outros com a mesma idade cronológica. Tais individualidades incluem:

  • Diferenças Genéticas
  • Doenças
  • Diversos Índices do Envelhecimento dos Sistemas Fisiológicos e Biológicos
  • Variações do Estilo de Vida
  • Sexo
  • Cultura
  • Educação
  • Condições Sócio-Econômicas

Processo de envelhecimento

Moraes e Lima (2010) descreve 4 tipos de envelhecimento individual que dependerá do grau de fragilidade do organismo e psiquismo:

1) Robustez física e cristalização psíquica

O envelhecimento somático não está associado a alguma perda física limitante, mas o indivíduo apresenta perturbação do psiquismo, que o impede de compreender o sentido da vida.

2) Robustez física e maturidade psíquica

O envelhecimento somático não esta associado a alguma perda física limitante e o psiquismo atinge a maturidade mental, a paz e a sabedoria.

3) Fragilidade física e cristalização psíquica

O envelhecimento somático é patogênico, com limitações e/ou incapacidades físicas e seu psiquismo encontra-se cristalizado na infância psíquica.

4) Fragilidade física e maturidade psíquica

O envelhecimento somático é patogênico, com limitações e/ou incapacidades físicas. Todavia, o psiquismo do indivíduo evoluiu, conquistando a maturidade mental. O seu viver é pautado na aceitação da realidade e na tolerância a dor e seus estados de equilíbrio são cada vez mais flexíveis.

A felicidade pode ocorrer, caso as limitações físicas não sejam suficientemente graves para comprometer os mecanismos homeostáticos do organismo.

O olhar do fisioterapeuta deve estar atento a esses 4 conceitos, que o ajudarão a traçar sua meta de tratamento/prevenção individualizado. E associado a isso definir quando é senescência, efeitos naturais do processo de envelhecimento, ou senilidade, aspectos biopsicofisiológicos produzidos por inúmeras afecções que acometem o idoso.

Fatores de risco para pacientes idosos

No processo de envelhecimento, tanto senescente, quanto senil, encontramos fatores de risco, intrínsecos e extrínsecos que devemos observar no paciente idoso:

  • Mudanças no Sistema Musculoesquelético, Osteoarticular e do Sistema Nervoso, afetando negativamente a marcha e o equilíbrio. O idoso apresenta maior risco de quedas e instabilidade postural. Além desses fatores intrínsecos, também encontramos fatores extrínsecos ou ambientais como tapetes, pisos escorregadios, móveis mal localizados, sapatos inadequados e animais soltos, entre outros.
  • Declínio Funcional de Órgãos e Sistemas ao Longo do Envelhecimento. Há um declínio das reservas fisiológicas dos sistemas: renal, pulmonar, cardíaco, cerebral, muscular e ósseo.
  • Polipatologias: múltiplas doenças ou condições clínicas.
  • Polifarmácia: os efeitos adversos devido ao uso de um número elevado de medicamentos por conseqüência de doenças crônicas ou dores.
  • Alterações Cognitivas: delirium ou demências, onde o primeiro é reversível, começa subitamente e está associado a algum quadro patológico como infecção, desidratação ou abstinência/excesso de algum medicamento. Já a demência  normalmente tem um início lento e incerto, normalmente associada a  uma doença do cérebro, como a doença de Alzheimerdemência vascular ou demência por corpos de Lewy.
  • Doenças Neurológicas, crônicas, degenerativas e progressivas como Parkinson.
  • Desânimo/Depressão: por falta de energia, dores no corpo, insuficiência cardíaca, doenças incapacitantes, medo de quedas ou alguma outra queixa somática.
  • Insônia: por ortopnéia, nictúria ou insuficiência cardíaca.
  • Perda de Peso: neoplasias, sarcopenia, ou até mesmo próteses dentárias ruins ou mal posicionadas.

Papel do fisioterapeuta no atendimento ao paciente idoso

Ao participar do atendimento ao paciente idoso, seja em domicílio, seja em clínica, deve-se estar atento a todos esses fatores de risco à saúde do idoso.

O fisioterapeuta é visto como uma peça chave na equipe multidisciplinar com sua atuação na:

  1. Geriatria – que trata o processo do envelhecimento para atender aos objetivos da promoção da saúde, da prevenção e do tratamento das doenças e da reabilitação funcional.
  2. Gerontologia – o estudo do envelhecimento nos aspectos: biológicos, psicológicos, sociais e outros, visto a necessidade de não só tratar patologias já instaladas, mas também com a prevenção para garantir a melhor qualidade de vida possível dos idosos até o momento final da sua vida.

Traça-se um plano de cuidados para o paciente idoso, que é segundo Moraes (2012), a estratégia utilizada para a organização do cuidado, onde se define claramente:

  • Quais são os problemas de saúde do paciente – O QUÊ?
  • Quais as intervenções mais apropriadas para a melhoria da sua saúde – COMO?
  • Quais as justificativas para as mudanças – POR QUÊ?
  • Quais profissionais – QUEM?
  • Quais equipamentos de saúde – ONDE? – necessários para a implementação do tratamento.

O tratamento a ser proposto para um idoso robusto é bem diverso daquele proposto para um idoso em fase final de vida, mesmo que a doença seja a mesma. Trata-se o “doente e não só as doenças”.

Componentes do plano de cuidados

Créditos nas Bibliografias

O fisioterapeuta deve utilizar de estratégias preventivas e de tratamentos, avaliação e diagnóstico correto, com habilidade para desenvolver  um programa terapêutico singular e ações reabilitadoras, sabendo que cada paciente é um, com acolhimento e humanização, tanto ao idoso quanto à sua família que muitas vezes se sentem impotentes perante o quadro encontrado.

Principais benefícios da fisioterapia para o paciente idoso

Quando inicia-se a fisioterapia oferece-se benefícios voltados para o cuidado e tratamento da pessoas idosa visando:

  • Prevenção e tratamento de patologias musculoesqueléticas, através de exercícios de alongamento, fortalecimento muscular, propiocepção e mobilização articular para a diminuição da rigidez e contraturas.
  • Prevenção e tratamento de patologias respiratórias: exercícios respiratórios para fortalecimento dos músculos participantes da respiração, aumento da capacidade vital e mobilização articular da cintura escapular.
  • Prevenção de quedas e tratamento de idosos com histórico de quedas: treinamento de marcha e equilíbrio, propiocepção, fortalecimento muscular e orientações domiciliares.
  • Reabilitação pós fraturas e cirurgias.
  • Treinamento neurofuncional e cognitivo para pacientes com alterações neurológicas.
  • Melhora da capacidade física.
  • Melhora da qualidade de vida.
  • Alívio de dores.
  • Orientações familiares e domiciliares: atuando em conjunto com a família, cuidadores e equipe na orientação para prevenção e tratamento de patologias e também na prevenção de úlceras por pressão, contraturas, adaptações posturais no leito e na cadeira de rodas e prevenção de quedas. O fisioterapeuta também pode auxiliar a família no caso de atendimento domiciliar para as adaptações residenciais.

Visto tudo isso pode-se perceber a importância e a necessidade do olhar da fisioterapia sob os aspectos do processo de envelhecimento para a promoção da saúde, bem estar e qualidade de vida do paciente idoso e de sua família.

 

Referências Bibliográficas
  • Moraes, Edgar Nunes. Atenção à saúde do Idoso: Aspectos Conceituais. / Edgar Nunes de Moraes. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. 98 p.: il
  • FOGAÇA, M.C.C.B.H. Reflexões sobre Envelhecimento. São Paulo: LTR Editora, 2001
  • MORAES, Edgar Nunes de; MORAES, Flávia Lanna de; LIMA, Simone de Paula Pessoa. Características biológicas e psicológicas do envelhecimento. Rev Med Minas Gerais 2010; 20(1): 67-73. Disponível em: http:// www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz. br/biblioteca/_artigos/197.
Bibliografia de Imagens
  • Imagem 1 – Moraes, Edgar Nunes
    Atenção à saúde do Idoso: Aspectos Conceituais. / Edgar Nunes de Moraes. Brasília: Organização
    Pan-Americana da Saúde, 2012. 98 p.: il

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