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O avanço da vacinação contra a Covid-19 e agora o uso emergencial do medicamento Paxlovid tem sido um sinal de esperança de que a pandemia acabe logo, né?! Depois de mais de dois anos vivendo com o uso de máscaras, distanciamento social, além de, infelizmente, milhões de mortes em todo o mundo, parece que a luz do fim do túnel está cada vez mais perto.

Embora muitas pessoas ainda sejam contra a vacinação, todos os especialistas são unânimes ao recomendarem a imunização contra a doença, principalmente em pessoas que possuem comorbidades e estão em faixas etárias com maior tendência a complicações da Covid. (Importante salientar que este texto não trata de questões ideológicas no que diz respeito à vacinação).

Por isso te faço uma pergunta: Quando estamos doentes o habitual seria tomar o medicamento apropriado para aliviar o desconforto sobre a dor, certo?!

Pois bem, para a alegria, satisfação e esperança da população brasileira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial do primeiro comprimido antiviral para o combate à Covid-19, o chamado Paxlovid.

O anúncio aconteceu no dia 30 de março (quarta-feira), quando a diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa anunciou a autorização temporária, de uso emergencial, em caráter experimental, do Paxlovid para tratamento da doença. A decisão foi tomada durante a 6ª Reunião Extraordinária Pública da Dicol de 2022.  

O Paxlovid é a união de duas medicações (Nirmatrelvir + Ritonavir) que trabalham sinergicamente para o combate à Covid-19. Pesquisas apontam que, com o uso, é possível reduzir 80% da chance de internação ou óbito de adultos suscetíveis.

Nesta matéria vou te explicar como o medicamento funciona, suas contraindicações e a maneira correta de uso. Continue a leitura para entender melhor!

Como o Paxlovid funciona?

Primeiramente, o Nirmatrelvir foi desenvolvido pela Pfizer-BioNTech, recebeu autorização de uso de emergência nos EUA pela FDA (Food and Drug Administration) e já tem sido estudado para o retardo da epidemia de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), enquanto que o Ritonavir é usado para o tratamento de HIV/AIDS

Com relação à dosagem administrada por via oral, é recomendada a junção de 100mg de Ritonavir e 300mg de Nirmatrelvir, sendo que devem ser tomados a cada 12h, por cinco dias. 

Dessa forma, o Paxlovid vai provocar duas reações: o Nirmatrelvir irá inibir a principal protease do Sars-Cov-2, a Mpro, impedindo a replicação viral. 

Já o Ritonavir será responsável por impedir o metabolismo do Nirmatrelvir, assim, causando o aumento das concentrações plasmáticas. No final, ambos irão bloquear a enzima que o vírus precisa para se multiplicar no corpo.

Indicação, orientação e limitação no uso

A medicação é indicada para o tratamento da Covid-19 em adultos que não precisam fazer uso artificial de oxigênio através de máquinas, evitando a piora em pacientes que já estão infectados com a doença.

A venda é feita, exclusivamente, sob prescrição médica e a dispensa deve ser vinda do farmacêutico. Desta forma, o profissional deve informar o modo de uso, além de reforçar que é de uso exclusivo e particular do paciente.

Destaca-se que o medicamento não está autorizado para uso por mais de cinco dias. Além disso, como não há dados do uso do Paxlovid em mulheres grávidas, recomenda-se que a gravidez seja evitada durante o tratamento e, como medida preventiva, até sete dias após o término da medicação.

É importante esclarecer ainda que o Paxlovid não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal, uma vez que a dose para essa população ainda não foi estabelecida.

Ivermectina não tem o mesmo efeito que Paxlovid

Estudos realizados com ivermectina in vitro (fora de um organismo vivo) concluíram que o vermífugo não é capaz de combater a Covid-19

O antiparasitário demonstrou a possibilidade de impedir a importação de algumas proteínas de transporte de materiais intracelulares do vírus, porém, para esse efeito esperado, a dosagem seria fora do recomendado para o ser humano. 

Além disso, em dezembro de 2021, uma extensa revisão sobre os estudos acerca dos mecanismos de ação da ivermectina contra Sars-CoV-2, publicada também pela Nature concluiu que, ainda que tenham sido relatadas atividades antivirais da ivermectina contra o novo coronavírus, não ficou evidente se essas elas desempenham um papel na prevenção e tratamento da doença.

Para a professora do Departamento de Farmacologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Ana Paula Herrmann, a principal diferença é a eficácia clínica. “No caso dos antivirais específicos (Paxlovid e Molnupiravir), a evidência aponta que o tamanho de efeito do benefício clínico é significativo, diferente da ivermectina e hidroxicloroquina”, pontuou a pesquisadora.

E, de acordo com a atualização mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre as opções terapêuticas para tratar a Covid-19, publicada em 11 de janeiro deste ano, os estudos feitos com ivermectina resultaram em “certeza muito baixa de evidência” dos benefícios.

Paxlovid não substitui a vacinação 

A vacina completa (com todas as doses), continua sendo a melhor e principal prevenção contra o vírus, já que o Paxlovid não tem a função de prevenir a infecção.

Durante a reunião, a agência enfatizou que a autorização do uso do medicamento de forma emergencial possibilita a adição de uma nova estratégia de tratamento em relação aos procedimentos médicos usados para reduzir os danos da pandemia.  

“Reitero que a vacinação continua sendo a melhor estratégia para evitar a Covid-19, as hospitalizações e os óbitos”, afirmou a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas.

Conclusão

É importante reforçar que o uso do Paxlovid é indicado para adultos que tenham testado positivo para a Covid-19 (que não requerem oxigênio suplementar) e apresentem alto risco de progressão para casos graves, incluindo hospitalização ou morte.

Além disso, o uso do medicamento é restrito e feito sob acompanhamento médico. A imunização completa, com todas as doses indicadas, ainda é a principal ferramenta para combater a pandemia e diminuir os casos de infecção e morte da doença.

Só com a vacinação é possível, a cada dia, voltarmos à vida normal, sem o uso de máscara e o fim do distanciamento social entre as pessoas.

Referências Bibliográficas 

Anvisa aprova uso emergencial do medicamento Paxlovid para Covid-19. Anvisa. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2022/anvisa-aprova-uso-emergencial-do-medicamento-paxlovid-para-covid-19

https://pebmed.com.br/uso-emergencial-do-medicamento-paxlovid-contra-a-covid-19-e-aprovado-no-brasil/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext

https://saude.abril.com.br/medicina/anvisa-aprova-uso-emergencial-do-antiviral-paxlovid-contra-a-covid-19/

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/anvisa-aprova-uso-emergencial-do-medicamento-paxlovid-contra-a-covid-19/

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