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Desde o ressurgimento dos casos de Covid-19 no país, há uma busca contínua por tratamentos que possam aliviar os sintomas persistentes da doença. Diversas pesquisas estão buscando melhorar a qualidade de vida de diferentes segmentos da população, especialmente os idosos, que têm sido particularmente afetados pelos sintomas pós-Covid.

Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a mestranda Lêda Leonôr Mendonça Carvalho está conduzindo um estudo para avaliar o impacto da estimulação elétrica corporal em idosos que apresentam sintomas tardios da Covid-19.

A pesquisa, liderada por Lêda, conta com a orientação da professora Adriana Sanches Garcia de Araújo, do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, com coorientação de Cássia da Luz Goulart, docente da Universidade de Brasília (UnB), e coordenação de Audrey Borghi e Silva, também docente do DFisio.

Quais são os sintomas mais persistentes da Covid-19 em idosos?

Lêda Carvalho observa que, entre os idosos, os sintomas mais comuns após a Covid-19 incluem cansaço excessivo, respiração ofegante e batimentos cardíacos acelerados durante atividades cotidianas, momentos de lazer ou ao subir e descer escadas.

Para a pesquisadora, a presença desses sintomas impacta negativamente na capacidade funcional dos idosos. Segundo ela, esses sintomas podem causar diminuição da capacidade funcional, ou seja, não vão realizar as atividades do jeito que faziam antes da doença, deixando-os mais dependentes.

Eletroestimulação no tratamento da Covid-19

O principal objetivo da pesquisa é propor um tratamento por meio da eletroestimulação de corpo inteiro e treinamento físico. Com a participação de voluntários, Lêda destaca que, entre os benefícios pretendidos, está o de introduzir novas abordagens terapêuticas.  

O estudo, ainda em andamento, recrutou indivíduos com mais de 60 anos que contraíram a doença há pelo menos três meses antes do início da pesquisa.  

A estimulação elétrica visa evitar a perda de massa muscular e promover o ganho de força em pacientes internados na UTI, buscando acelerar a recuperação e reduzir o tempo de internação tanto para a Covid-19 quanto para outras doenças que requerem cuidados intensivos.

O tratamento é realizado por meio de um equipamento que utiliza correntes elétricas para estimular os nervos e induzir contrações musculares. Esses estímulos elétricos são controlados para reproduzir os movimentos naturais do sistema nervoso, garantindo contrações musculares específicas em todo o corpo.

Além de ser utilizado para melhor recuperação de pacientes, o tratamento por estimulação elétrica também é recomendado para reabilitação neuromuscular, fortalecimento muscular, recuperação de lesões, prevenção da atrofia muscular, controle da dor e melhoria da função neurológica.

Benefícios para os pacientes 

Um estudo conduzido no início da pandemia de Covid-19 pelo Serviço de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês revelou que pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) sofreram uma diminuição significativa na massa e na força muscular.

Estima-se que as consequências dessa redução, após 72 horas de internação, afetem a mobilidade e tenham impactos que podem perdurar por até cinco anos após a alta hospitalar.

Com o intuito de aliviar os danos causados, o Serviço de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês conduziu um novo estudo abordando a estimulação elétrica neuromuscular como tratamento para pacientes críticos da Covid-19.

Este novo estudo, publicado na Frontiers in Medicine, indicou que a estimulação tem o potencial de reduzir a perda de massa muscular em pacientes internados na UTI, além de preservar a força muscular.

A intervenção terapêutica resultou em uma diminuição de apenas 17% na massa muscular da coxa dos pacientes, em comparação com os 30% observados em pacientes que não receberam o tratamento.

Conclusão

Apesar da diminuição dos casos de Covid-19, várias áreas seguem envolvidas na pesquisa e no avanço de questões relacionadas a tratamentos e estudos de caso. 

Profissionais de diversas áreas desempenham papéis essenciais em diferentes etapas desse processo, incluindo graduados na faculdade de biomedicina. Essa área, por exemplo, contribui com estudos para prevenção, diagnóstico e aprimoramento dos tratamentos relacionados à doença.

A estimulação elétrica em pacientes com Covid-19, ou que apresentem sintomas após a doença, é uma alternativa eficiente para evitar a perda de massa muscular e promover o ganho de força, podendo acelerar a recuperação e reduzir o tempo de internação tanto para a Covid-19 quanto para outras doenças que requerem cuidados intensivos.

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