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Você sabe o que são os espasmos musculares? Seja na hora de dormir ou em situações banais do cotidiano, eles costumam surgir como um método de defesa do próprio organismo. 

Essas reações podem ser descritas como uma contração involuntária de um ou mais músculos, sendo mais frequentes em regiões que estão mais sensíveis devido a alguma lesão ou inflamação.

Existe um limite considerado saudável para a frequência dos espasmos musculares, então quando eles se manifestam de forma recorrente, é um sinal de que há algo de errado. Quando não investigados e tratados adequadamente, essas contrações podem manifestar uma síndrome crônica, trazendo sintomas mais intensos e prolongados.

A seguir, entenda melhor as principais causas por trás desses espasmos e como é possível preveni-los. Confira!

Causas e sintomas dos espasmos musculares

Os espasmos musculares se manifestam de diferentes formas e intensidades, variando seus sintomas conforme a causa do problema. O indivíduo pode sentir um leve tremor no músculo afetado ou, em casos mais sérios, uma forte dor em forma de “fisgada”, podendo paralisar seus movimentos dependendo da região que está sendo afetada.

Todos os grupos musculares estão sujeitos a sofrer espasmos, mas os que costumam ser afetados são os que estão mais expostos ao estresse do cotidiano. Seja por esforço repetitivo em atividades físicas ou pela sobrecarga da postura, é comum que o problema seja mais predominante em áreas como costas, pescoço, membros inferiores e superiores.

A dor nada mais é do que uma limitação imposta pelo próprio organismo para evitar o esforço da região afetada, dessa forma prevenindo uma lesão mais séria. Contudo, ela também já representa a existência de uma possível inflamação, então é necessário tomar algumas medidas para se proteger de um quadro severo.

Espasmos musculares durante o sono

Além dos espasmos ocasionados por estresse muscular, ainda existe uma segunda categoria que se manifesta somente durante o sono. 

Esses são os chamados “espasmos hipnóticos”, que, no geral, não representam nenhum risco, sendo apenas a contração dos diversos grupos musculares no momento em que o corpo começa a entrar em seu estado adormecido.

Os espasmos musculares hipnóticos podem ocorrer com qualquer pessoa, mas algumas tendem a apresentá-los com mais frequência do que outras. De acordo com especialistas, existem alguns fatores que podem favorecer essas contrações, como excesso de bebidas cafeinadas, estresse emocional, fadiga e privação do sono.

Por ser um fenômeno natural, muitas vezes dispensa a necessidade de atenção médica. Contudo, os especialistas reforçam alguns fatores que podem precisar de ajuda profissional, como a presença de espasmos durante o dia ou lesões ocasionadas pelos espasmos hipnóticos, como morder a língua, por exemplo.

O papel da fisioterapia

O tratamento para os espasmos musculares varia de acordo com a causa do problema, então não existe uma abordagem única e generalizada. Contudo, a prática de exercícios físicos é sempre muito recomendada, já que manter o corpo ativo ajuda a reduzir as contrações, além de trazer vários outros benefícios.

Por outro lado, algumas pessoas podem sofrer de espasmos devido ao excesso de esforço físico em determinadas regiões do corpo. Atletas de alto nível estão sujeitos a esse problema, já que várias partes do seu corpo são sobrecarregadas nos treinos.

Nesse caso, é importante avaliar que tipo de exercício pode colaborar com sua recuperação, tornando-se necessário apostar em atividades mais leves.

A fisioterapia é uma abordagem que costuma ser indicada com frequência para esses casos. Por ser um tratamento individualizado, cada pessoa será submetida a uma rotina de exercícios diferentes, visando suas principais necessidades e seu quadro de saúde como um todo.

Com o uso de várias técnicas manuais, como alongamentos e massagem, a abordagem fisioterapêutica melhora a circulação sanguínea, permitindo a troca de nutrientes e eliminando as toxinas, cessando a informação das células nociceptivas para o local onde os espasmos ocorrem.

Quando se trata de um problema crônico, a fisioterapia pode ser necessária de uma forma mais recorrente – a princípio para amenizar os sintomas e reduzir a frequência dos espasmos; depois, para manter esses resultados a longo prazo.

Os quadros crônicos não possuem cura clínica, sendo necessário manter um tratamento contínuo a fim de recuperar a qualidade de vida.

3 dicas para prevenir os espasmos musculares

Por mais que sejam reações naturais do corpo, ainda é possível prevenir os espasmos musculares, de forma de reduzir sua frequência para casos isolados. Algumas mudanças básicas nos hábitos cotidianos podem ajudar bastante nesse quesito, especialmente se tratando dos espasmos hipnóticos.

1. Vida ativa

Primeiramente, é importante reforçar que repouso nunca é indicado para tratar espasmos musculares. Da mesma forma que a fisioterapia é um tratamento eficaz por proporcionar diferentes exercícios físicos ao paciente, é necessário manter uma vida ativa no dia a dia, evitando passar longos períodos sentado ou deitado e evitar o sedentarismo.

2. Alimentação equilibrada

Manter uma dieta saudável e equilibrada é o melhor caminho para auxiliar o corpo a ganhar mais força, adquirindo mais resistência para atividades de alto rendimento.

3. Higiene do sono

Já para prevenir os espasmos hipnóticos, é importante estabelecer uma boa higiene do sono para garantir noites bem dormidas. Tudo começa pelo conforto, investindo em um colchão de qualidade ou até um travesseiro nasa

Certifique-se de deixar o ambiente bem escuro e silencioso para melhor aproveitamento do período de descanso.

Evitar bebidas e atividades estimulantes próximo da hora de dormir também costuma ajudar. Café, refrigerantes, álcool e doces no geral devem ser evitados a todo custo durante à noite, assim como televisão, computador, celular e tudo que envolva telas. 

Estabelecer um horário específico para dormir todos os dias é outro fator essencial, pois dessa forma o corpo se acostuma e usufrui melhor do seu descanso.

Conclusão

Os espasmos musculares são contrações involuntárias de um ou mais músculos, sendo mais frequentes em regiões que estão mais sensíveis devido a alguma lesão ou inflamação.

A partir de várias técnicas manuais da fisioterapia, como alongamentos e massagem, é possível prevenir os espasmos, melhorando a circulação e cessando os movimentos involuntários.

Algumas mudanças básicas nos hábitos cotidianos, como alimentação saudável, vida ativa e sono de qualidade também reduzem a ocorrência de espasmos musculares, trazendo mais qualidade de vida aos que sofrem com esse incômodo.

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