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A hidrocefalia é uma palavra de origem grega que significa “água na cabeça”, com base em “hydro”, que significa “água”, e “kephale”, traduzido como “cabeça”. 

Em outras palavras, representa o aumento da quantidade de líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor.

Para saber mais sobre Pilates como tratamento auxiliar para hidrocefalia, continue a leitura! 

Efeitos da hidrocefalia

A hidrocefalia comprime as estruturas e favorece a dilatação das cavidades cerebrais, onde fica acumulado, aumentando consequentemente a circunferência craniana quando as fontanelas ainda não estão fundidas. 

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O LCR tem como função o amortecimento de impactos no tecido cerebral e medula espinhal, também atua no transporte de nutrientes para o cérebro e remoção de resíduos. 

Transita entre o encéfalo e a medula espinhal a fim de compensar as oscilações na quantidade de sangue dentro do crânio. 

Há produção por volta de 400mL/dia, sendo constantemente reabsorvido para o volume permanecer aproximadamente 150mL.

Tipos de hidrocefalia

A hidrocefalia pode ser congênita (decorrente de gestação ou nascimento) ou adquirida (surgimento após o nascimento ou resultado de doença/trauma), e é subdividida de três formas:

  •  Hidrocefalia obstrutiva: o fluxo de LCR encontra-se bloqueado nos ventrículos;
  •  Hidrocefalia comunicante: há absorção inadequada de LCR, mas não há bloqueio do fluxo;
  •  Hidrocefalia de pressão normal: há aumento de LCR dentro dos ventrículos, resultando em pouco ou nenhum aumento de pressão dentro do crânio; mais observado em idosos a partir dos 60 anos de idade. 

Sinais e sintomas gerais

  • Dores de cabeça;
  •  Náuseas;
  •  Vômitos;
  •  Apatia;
  •  Irritabilidade;
  •  Dificuldade de concentração;
  •  Deficiência visual;
  •  Deficiência cognitiva;
  •  Alterações na personalidade;
  •  Alterações na coordenação motora;
  •  Alterações posturais;
  •  Contraturas e deformidades.

Sinal de alerta:

Deficiência progressiva da memória, dificuldade para deambular e perda de urina devem ser encaradas como sinal de alerta para buscar auxílio médico, visto que os três sintomas ocorrendo simultaneamente podem ser resultado do surgimento de hidrocefalia. 

Como todos são comuns à população idosa, podem ser confundidos com outras doenças, mascarando a real causa, retardando o tratamento e um possível melhor prognóstico. 

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através da história clínica e exames de imagem que mostram o aumento dos ventrículos. 

O teste chamado “Tap Test” é realizado quando há suspeita. 

O paciente passará pela avaliação da cognição e marcha, e terá posteriormente o LCR puncionado da coluna vertebral, reduzindo a retenção nos ventrículos de forma temporária. 

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Após a punção, os testes serão repetidos. Caso o paciente mostre melhora das funções em questão, confirma-se a hidrocefalia. 

Nos casos de pacientes de mais idade, o Tap Test serve como confirmação diagnóstica e indicação cirúrgica segura para implantação de válvula. 

Formas de tratamento

O tratamento é realizado com auxílio de medicações, sendo cirúrgico em vários casos. Na cirurgia é implantada a Derivação Ventrículo-Peritoneal, que é uma válvula para drenar o excesso de LCR que está dentro dos ventrículos, direcionando-o para outras cavidades. 

Considerando o tratamento conservador, o método Pilates como tratamento auxiliar para hidrocefalia é uma das indicações. 

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Prognóstico

O prognóstico é bastante variado e depende de diversos fatores associados, como a causa da doença. 

Objetivos do Pilates como tratamento auxiliar para hidrocefalia

Os principais objetivos são:

  • Evitar que complicações secundárias se instalem, como: escoliose, hipercifose, hiperlordose, assim como tratá-las quando já instaladas;
  • Alongar e fortalecer os grupos musculares globalmente, favorecendo um trabalho muscular equilibrado especialmente em regiões onde houver a instalação de disfunções, como também prevenindo a instalação secundária de contraturas e deformidades;
  • Treinar equilíbrio, coordenação motora e propriocepção (capacidade que o corpo tem de reconhecer sua posição, localização e orientação, sem utilizar a visão, para manter a postura equilibrada) a fim de melhorar e desenvolver as funções;
  • Mobilizar a coluna vertebral e articulação sacroilíaca;
  • Estimular o raciocínio e a concentração;
  • Melhorar a qualidade de vida do indivíduo. 

Tratamento com o método Pilates

Todas as etapas do tratamento com este método deverão respeitar os limites apresentados pelo indivíduo, uma vez que o grau dos comprometimentos será influenciado pela origem da hidrocefalia. 

Devem ser utilizados exercícios que trabalhem especialmente estabilidade de tronco, fortalecendo os músculos superficiais e profundos deste, com auxílio de acessórios como bola suíça, disco e rolo proprioceptivo. 

Além disso, a própria postura de crescimento axial utilizada no Pilates também proporciona o fortalecimento desses músculos relacionados à manutenção da postura. 

Os treinos de coordenação, equilíbrio e propriocepção podem utilizar recursos como discos proprioceptivos ou de equilíbrio, bosu, rolo proprioceptivo e bola suíça, bem como também podem ser feitos no solo apenas com o próprio corpo, devendo progredir para graus mais elaborados de instabilidade sempre que possível. 

Os alongamentos e fortalecimentos também devem ser realizados de acordo com as barreiras físicas e cognitivas apresentadas.

A escolha de exercícios no solo e nos aparelhos ser realizada de uma forma criteriosa, assegurando os benefícios do exercício proposto, uma execução segura e a adequação às necessidades apresentadas pela pessoa. 

De uma forma geral, em membros inferiores (MMII), deve-se alongar os grupos que fazem parte da cadeia posterior, flexores de quadril (articulação coxofemoral) e extensores de joelho; abdutores, adutores, rotadores internos e externos de quadril. 

De forma ativa, estes alongamentos podem ser orientados no solo ou nos aparelhos, de acordo com as limitações apresentadas pelo paciente. 

Em membros superiores (MMSS), os auto-alongamentos devem ser orientados a fazer parte da aula ou ser realizados em casa. 

Grupos musculares como flexores e extensores do ombro, punho e dedos; abdutores e adutores do ombro; bem como alongamentos estáticos dos músculos cervicais também devem ser introduzidos. 

Ressalta-se que a mobilização de coluna vertebral será extremamente necessária, especialmente em casos nos quais as deformidades já estejam instaladas, reduzindo sua mobilidade. 

O alongamento da região anterior do tronco também deve estar presente, sendo dinâmico ou estático. 

Conclusão

É essencial conhecer cada caso de forma aprofundada, visto que há diferentes graus de hidrocefalia e cada um requer uma forma diferente intervenção. 

As avaliações estática e dinâmica devem ser realizadas e estudadas minuciosamente, bem como o quadro clínico e laudos do paciente, para que seja possível o desenvolvimento de um plano de atuação de sucesso com o uso da modalidade em questão.

Grupo VOLL

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