Realizar a avaliação postural na Fisioterapia de forma correta pode ser um desafio para muitos profissionais, principalmente porque, muitas vezes, somente a informação dada pelo paciente e os exames realizados por ele acabam não sendo suficientes para compreender exatamente quais patologias ou lesões estão o acometendo.
Quanto mais precisa e detalhada for a avaliação, maiores são as chances de uma reabilitação efetiva.
Nesta matéria você poderá conferir a importância de uma boa avaliação postural e também irá conhecer as 5 melhores dicas para realizá-las corretamente. Continue lendo!
Qual a importância de uma boa avaliação postural na Fisioterapia?
Avaliar um paciente ou um aluno corretamente é fundamental para entender qual é a patologia ou a lesão que está prejudicando a sua qualidade de vida naquele momento.
Além disso, podemos considerar a avaliação postural na Fisioterapia como um pré-requisito, ou seja, o passo inicial para definir o método de tratamento ou até mesmo o treinamento mais adequado, principalmente porque, ao conhecer as limitações e as necessidades do paciente, será possível planejar cada etapa e os seus objetivos, trabalhando:
- Cadeias musculares;
- Fáscias;
- Desequilíbrios únicos;
- União de corpo e mente a partir de estímulos mentais que darão mais motivação ao aluno/paciente.
5 dicas para uma excelente avaliação postural na Fisioterapia
1. Histórico clínico e entrevista
Antes de iniciar a avaliação na prática é necessário que haja diálogo entre profissional e paciente e algumas informações devem ser coletadas. Entre elas:
- Qual foi o diagnóstico médico?
- O que levou ao quadro?
- Há quanto tempo a patologia foi diagnosticada?
- Quais são os sintomas?
- Se trata de um paciente ativo fisicamente ou sedentário?
- Quais os hábitos da rotina do paciente (no lazer e no trabalho)?
- Analisar exames de imagem.
Todos os detalhes são importantes e, por essa razão, a entrevista deve ser tranquila e sem pressa.
2. Avaliação postural
Com a avaliação postural é possível compreender:
- Há grau de desvio comum e que não atrapalha os movimentos?
- Existem desequilíbrios que influenciam no corpo todo, geram dificuldade na respiração ou em processos cardiovasculares?
É muito importante se lembrar que a avaliação postural na Fisioterapia também deve ser realizada em momentos que antecedem a sessão. Com o aluno relaxado, por exemplo, é possível notar a posição dos ombros e também do quadril.
3. Avaliação do movimento
Essa etapa tem início junto ao movimento e proporciona diagnosticar a patologia mais adequadamente e, por consequência, compreender se o tratamento definido está sendo suficiente para trabalhar:
- Musculaturas tensionadas;
- Musculaturas enfraquecidas;
- Compensações musculares;
- Desequilíbrios;
- Problemas nas articulações.
Lembre-se que os exercícios precisam ser funcionais e eficientes, simulando os movimentos do dia a dia, como é o caso da prancha, agachamento e afundo. Isso significa que somente a avaliação estática não será suficiente.
4. Avaliação de fatores psicológicos
Muitas vezes os pacientes já tiveram a sua lesão tratada, porém ainda sofrem com dores crônicas e desconfortos gerados por:
- Fatores psicológicos;
- Estresse;
- Ansiedade;
- Depressão.
Nesses casos, busque realizar um trabalho unindo e equilibrando a força e a mente.
5. Reavaliação
Um trabalho contínuo eficaz só será possível se houver avaliações periódicas e, principalmente, com o paciente informado sobre seus resultados, evoluções e também no que ainda é preciso melhorar.
Mostrar ao paciente que o seu problema está sendo solucionado e o quanto ele evoluiu poderá dar a ele uma percepção diferente do trabalho que vem sendo realizado. Lembre-se de trabalhar os estímulos mentais com o que está bom ou normal, por exemplo.
Para o profissional essa etapa também é muito importante, já que ele estará avaliando o desempenho de seu próprio trabalho, se ocorreram erros, quais foram e os caminhos para corrigi-los.
Conclusão
A avaliação postural na Fisioterapia é uma parte fundamental para o tratamento de qualquer lesão ou patologia.
A partir dela, é possível entender as compensações e o funcionamento do corpo do aluno e, consequentemente, pensar quais são os exercícios mais adequados e que irão proporcionar os melhores resultados.