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Você sabe qual é a importância da fisioterapia nas Olimpíadas? É cada vez mais comum que as comissões técnicas e organizações esportivas contem com grandes equipes de fisioterapeutas. Mas por que esses profissionais ganham tanto destaque em competições de alta performance, como os Jogos Olímpicos?

Assim como nutricionistas e demais profissionais da medicina esportiva, os fisioterapeutas desempenham um papel fundamental na preparação física dos atletas ao tratar e prevenir lesões, aumentando o nível de performance.

As competições de altíssimo nível, que contam com os melhores atletas do mundo, têm uma particularidade em relação às demais: são decididas nos pequenos detalhes, com pontuações acirradas, em que cada movimento e cada fração de segundo influencia no resultado final.

E um dos detalhes mais cruciais para que um atleta tenha uma performance melhor que a de outro, e assim atinja a vitória, é a preparação física, que envolve potência, resistência, capacidade muscular e capacidade respiratória. 

Em qualquer esporte, para obter o melhor desempenho, além de seguir uma rotina de sono e alimentação regrada, é necessário treinar intensamente, repetindo movimentos e, muitas vezes, chegando à exaustão física com frequência. Consequentemente, os atletas que participam de competições de altíssimo nível estão mais sujeitos a lesões e traumas físicos.

Nesse sentido, os cuidados e as especialidades de um fisioterapeuta esportivo são fundamentais para que o atleta consiga atingir o seu melhor resultado e também se recuperar de treinos exaustivos sem se lesionar. 

No artigo de hoje, vamos abordar amplamente a atuação da fisioterapia nas Olimpíadas, entendendo qual a sua relevância nas grandes competições e como os atletas que contam com os cuidados e acompanhamento de profissionais qualificados nessa área podem elevar o nível do esporte.

Limitações físicas e o papel da fisioterapia no tratamento individualizado

Cada atleta tem habilidades específicas que precisam ser aperfeiçoadas, e é por isso que os treinamentos são tão intensos. Da mesma forma, os atletas também possuem dificuldades físicas particulares, que podem ser trabalhadas através da fisioterapia nas Olimpíadas

Para aperfeiçoar habilidades ou tratar dificuldades físicas, a equipe de profissionais da fisioterapia desenvolve um plano personalizado para cada atleta, levando em consideração as particularidades físicas, musculares e histórico de lesões, por exemplo.

Quando bem executado, esse plano garante a manutenção de força, equilíbrio, resistência e demais habilidades que o competidor precisa. Nestes casos, o fisioterapeuta aplica conhecimentos importantes, como a análise biomecânica, e técnicas como hidroterapia e terapia manual.

Para Alexandre Urso, fisioterapeuta esportivo que atuou na Seleção Brasileira de Voleibol Feminino e participou das Olimpíadas de Londres, em 2012, e do Rio de Janeiro, em 2016, os dados sobre cada atleta permitem que o plano de prevenção seja traçado individualmente para cada atleta, e deve preceder a competição.

Em entrevista para a SouFisio, Urso explica que, depois do início do evento, a fisioterapia se concentra mais em preparar e habilitar o competidor, mas sim em aliviar os desconfortos e as dores que vão surgindo no decorrer das partidas ou fase.

Os trabalhos de ajustes corporais, osteopatia e quiropraxia, por exemplo, são as principais técnicas usadas pelos fisioterapeutas que atuam com atletas olímpicos. O fisioterapeuta ressalta a importância dessas técnicas contra as lesões nos atletas, pois para ele, “atividade física sem orientação personalizada ou trabalho sem orientação de posicionamento, significa lesão”.

Condicionamento físico + reabilitação: a dupla de sucesso para atletas olímpicos

A principal função da fisioterapia nas Olimpíadas é manter o equilíbrio entre a intensidade dos treinamentos de condicionamento físico e a reabilitação para a prevenção ou tratamento de lesões.

Embora os atletas de alto nível possuam grande condicionamento físico, o uso excessivo de músculos, juntas e tendões gera desgaste. 

Em entrevista para a Gazeta Esportiva, o fisioterapeuta esportivo Ricardo Takahashi, membro do Comitê Olímpico Brasileiro, destacou que “não é incomum passar madrugadas tratando de contusões para que o atleta possa competir horas depois”.

Em suas redes sociais, o especialista descreve suas atividades exercidas nos Jogos Olímpicos de 2021. “Em uma missão olímpica, nosso trabalho é de manutenção em relação a eventuais lesões crônicas dos atletas, aliviando qualquer desconforto ou dor. Nesses casos, costumo dizer que somos como bombeiros. Estamos a postos para apagar todo tipo de incêndio”, afirma Takahashi.

Uma preparação acompanhada do trabalho de um fisioterapeuta beneficia a recuperação muscular dos atletas após os treinamentos de condicionamento físico e nos dias que o atleta compete, acelerando o retorno do atleta para seu pico de performance, e o auxiliando a estar sempre preparado para a etapa final.

Profissionais brasileiros e o sucesso da fisioterapia nas Olimpíadas

Em entrevista para o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, o Doutor Felipe Tadiello, gerente de fisioterapeutas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016, destaca o sucesso da fisioterapia nas competições de alto nível.

Sua experiência à frente dos Jogos Olímpicos permitiu um grande intercâmbio com profissionais de outros países, tanto profissional como cultural. 

Para ele, a grande diferença observada entre o Brasil e outros países não está nas práticas, onde o Brasil por vezes até se sobressai, mas sim em relação a infraestrutura, como a concernente aos aparelhos, ainda muito custosos e desatualizados para os brasileiros. 

Por isso, a terapia manual acaba sendo mais aplicada por equipes brasileiras de fisioterapia, e até mesmo mais avançada, trazendo destaque ao nosso país nesse sentido.

Conclusão

A importância da fisioterapia nas Olimpíadas foi consolidada a partir do momento em que percebemos a necessidade de contar com os profissionais dessa área para atingir a alta performance dos atletas profissionais.

Através da formação em uma faculdade de fisioterapia e especializações na área da fisioterapia esportiva, é possível atuar com atletas profissionais e atuar na área da alta performance.

Entender o papel dos fisioterapeutas em competições de alto nível é fundamental para acabar com o estigma de que a fisioterapia trata apenas patologias físicas, e passar a enxergá-la como uma aliada do esporte, da longevidade e da saúde e do bem-estar como um todo.

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