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O tratamento conservador que realizamos usando Pilates, Funcional e Fisioterapia é excelente, mas não consegue resolver todos os casos. Algumas vezes o paciente precisa passar por uma cirurgia no ombro.

Em geral, tentamos primeiro o tratamento conservador. Quando ele falha, o médico da pessoa recomenda a cirurgia.

Em algumas vezes a cirurgia é a solução por causa do avanço da patologia e comprometimento excessivo das estruturas articulares do ombro.

A cirurgia nunca é a primeira saída para o problema, porque ela é um procedimento bastante traumático. Depois de realizá-la a pessoa ainda terá um longo período de recuperação pela frente.

Ainda é possível que a operação traga um novo processo inflamatório para esse ombro que já está fragilizado.

Portanto, a decisão de cirurgia no ombro só pode acontecer depois de uma boa avaliação do quadro do paciente.

E quando a decisão é tomada, o papel do fisioterapeuta não desaparece. Pelo contrário, continuamos sendo uma peça fundamental na recuperação completa do nosso aluno.

O que acontece depois do processo cirúrgico

Assim que o paciente acorda da anestesia, ele recebe algumas orientações que se repetem pelas próximas semanas ou meses. Evitar mover o ombro, não fazer força com o membro superior operado, não levantar o braço acima da cabeça. Todas essas ordens incentivam: a perda de mobilidade e ganho de rigidez.

Além disso, a imobilidade também gera fraqueza muscular. Portanto, o ideal é que o paciente seja encaminhado para um processo de reabilitação assim que estiver fora do hospital.

Na verdade, ele pode começar a trabalhar um pouco o ombro ainda internado, com profissionais de fisioterapia hospitalar.

Demorar a buscar um fisioterapeuta para ajudar com os resultados da cirurgia do ombro é um problema. Alguns pacientes chegam até a desenvolver capsulite adesiva por causa da imobilização do ombro por tempo prolongado.

Acompanhamento antes da cirurgia no ombro

A preparação para uma cirurgia é longa, chata e deixa o paciente bastante nervoso. Nesse período ele passa por uma série de exames para avaliar seu estado geral de saúde e decidir se realmente está preparado para o procedimento.

Além disso, ele precisa de um profissional da reabilitação para prepará-lo.

A cirurgia é um procedimento muito invasivo. Além do trauma, dor e edema que a seguem, ela ainda rompe estruturas importantes no ombro.

Dependendo da cirurgia, até musculaturas podem ser cortadas, assim como ligamentos, tendões e outros. Por isso, precisamos orientar o paciente antes mesmo que o procedimento ocorra.

Nas sessões de fisioterapia antes de uma cirurgia o ideal é falar a respeito do que acontece depois. Lembre-se que você não controla quando esse paciente te buscará novamente para reabilitação.

Então, essas sessões iniciais ajudam a ensiná-lo como se mover e até alguns procedimentos para aliviar a dor depois da cirurgia no ombro.

Bloqueios do paciente no pós-cirúrgico 

O paciente pode ficar desaparecido do seu espaço por muito tempo depois de passar por uma cirurgia. Algumas vezes a recomendação vem do próprio médico, que espera para que os pontos estejam mais cicatrizados e o estado geral do paciente mais estável.

Na hora que ele estiver na reabilitação com o fisioterapeuta, é provável que a própria pessoa tenha bloqueios.

Uma cirurgia no ombro causa muita dor durante o pós-operatório. Por isso, a pessoa aprende a manter o membro superior imóvel e mais próximo do corpo.

Ou seja, começa a dar preferência o uso do “braço bom”, que não tinha patologia alguma.

Mesmo quando a pessoa consegue ir a fisioterapia, ela tem muito medo de se mover. Dependendo do caso, a dor ainda estará ali e será limitante.

E mesmo que você aplique várias técnicas para aliviar a dor e melhorar seu movimento, essa pessoa simplesmente manterá o braço imóvel assim que sair pela porta.

Portanto, também devemos começar um processo de reeducação no pós-operatório. Essa pessoa precisa adquirir sua liberdade de movimento outra vez.

Cooperação do paciente depois da cirurgia no ombro

A cooperação do paciente depois da cirurgia é a diferença entre um caso de fracasso e outro de sucesso. A primeira parte dessa parceria está em buscar rapidamente o fisioterapeuta para realizar o tratamento.

Assim que o médico liberar a pessoa para tal, ela deve entrar em contato e marcar as sessões. Quem fica esperando faz com que sua reabilitação torne-se mais lenta e dolorosa.

Além disso, é impossível ficar 100% do tempo com nosso paciente, mesmo que alguns casos realmente precisassem disso.

Em casos de cirurgia no ombro fazer a lição de casa é ainda mais essencial, porque ajuda a melhorar os movimentos e conscientizá-lo.

Quando você perceber que o aluno é relutante em fazer os exercícios em casa e está com medo de se mexer está na hora de tomar alguma atitude. Ele pode piorar muito seu caso por causa dessa teimosia.

Graduação dos exercícios

A graduação dos exercícios tem um impacto direto em qualquer tratamento do ombro. Ela garante que nossos alunos não sofram novas lesões ou inflamações quando tudo está terminado e é ainda mais importante depois de uma cirurgia.

Conforme o aluno ganha confiança em seus movimentos a tendência é querer acelerar sua evolução. Não cometa esse engano, a princípio, devemos evoluir e progredir com muito cuidado.

Dependendo do estado do ombro, os exercícios incorretos podem desencadear um processo inflamatório.

Tudo deve começar com movimentos em amplitudes pequenas que causam menos atrito nas superfícies articulares.

No começo, aproveite bastante os exercícios passivos. Neles, o aluno não precisa aplicar força e consegue se recuperar melhor do processo cirúrgico.

No caso específico da cirurgia do manguito rotador, precisamos evitar exercícios que estressam os tendões. Enquanto eles cicatrizam, os movimentos devem ser bem limitados para evitar uma nova lesão na musculatura.

A dor é seu guia para entender os movimentos certos ou não depois da cirurgia de ombro. Quando alguém reclama, está na hora de trocar de exercício, diminuir sua amplitude de movimento ou partir para o próximo.

Analgesia depois da cirurgia no ombro

Depois da cirurgia no ombro passamos muito tempo aliviando a dor do aluno. Por isso, as primeiras sessões são quase inteiramente processo de analgesia.

O médico provavelmente prescreveu um analgésico que seu paciente toma com frequência. Mas a fisioterapia também consegue ajudar a tirar a dor no membro superior para conseguir voltar a se mover mais tarde.

Conclusão

Por último, frisamos que a reabilitação depois de uma cirurgia no ombro precisa ser uma cooperação entre fisioterapeuta e médico. O médico informa o profissional da reabilitação sobre o processo cirúrgico, suas condições e riscos que devem ser observados na volta ao movimento.

Compartilhando as informações conseguimos tomar as ações mais adequadas para cada fase do tratamento.

Também precisamos reavaliar o paciente com frequência para entender problemas e evitá-los.

Após o retorno dos movimentos e volta às atividades físicas, o paciente deve continuar seu acompanhamento com o fisioterapeuta. Tendo passado por um processo invasivo como a cirurgia será de seu interesse continuar com prevenção de lesões.

Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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