Com cada vez mais pessoas entrando em uma vida sedentária e por não praticar atividades físicas que proporcionem a qualidade de vida, nos deparamos com pacientes que precisam de um programa eficiente para a reabilitação de coluna.
No entanto, são necessários alguns cuidados para se trabalhar corretamente com esses pacientes, principalmente pensando em desenvolver benefícios e melhorias no corpo como um todo e não somente em um único local.
Nesta matéria você irá aprender a trabalhar corretamente na reabilitação de lesões e patologias da coluna. Continue lendo!
3 patologias comuns da coluna
Hérnia de Disco
A Hérnia de Disco pode ser encontrada em diferentes regiões do corpo humano, sendo:
- Hérnia de Disco: processo de degeneração discal que provoca a migração do núcleo pulposo além dos limites fisiológicos do ânulo fibroso. Acomete entre 0,5% e 1,0% da população com idade entre 20 e 60 anos, sendo a maioria do sexo masculino. A perda de capacidade do disco é provocada por diversas modificações bioquímicas e anatômicas que não possibilitam que as cargas tenham a distribuição adequada, levando a formação de fissuras nos locais onde o núcleo pulposo estiver.
- Hérnia de Disco Lombar: associada a quadros de lombalgia aguda. A dor costuma ser súbita e lancinante, sendo irradiada para o membro inferior, tendo uma melhora após algum período.
- Hérnia de Disco Cervical: também conhecida por cervicalgia, é uma patologia insidiosa e que sem nenhuma causa aparente. Pode surgir de forma súbita a partir de movimentos bruscos com o pescoço, muito tempo em uma única posição de maneira forçada e até mesmo traumatismos. Tende a melhorar durante o repouso e piorar ao realizar movimentos, além de gerar espasmos da musculatura paravertebral. A dor, normalmente, é irradiada para o membro superior em um dermátomo definido, fazendo com que o paciente relate parestesias no local.
Osteofitose
Também chamada de Bico de Papagaio, essa patologia se dá a partir do crescimento excessivo do osso saudável nas vértebras, sendo muito importante na proteção de forças compressivas que podem exceder a capacidade do osso de resistência.
Outros fatores para o desenvolvimento de Osteófitos são:
- Alterações mecânicas;
- Degeneração.
É possível dividi-los em dois tipos diferentes, sendo que um consiste na proteção do espaço articular e o outro consiste no desenvolvimento de inserções capsulares das extremidades das articulações e, em ambos os casos, os osteófitos seguem linhas das forças mecânicas que incidem sobre a área de crescimento.
Dificilmente o paciente irá relatar dor, já que se trata de uma patologia assintomática na maioria dos casos. Essa dor irá aparecer somente a partir de uma postura corporal inadequada.
Osteocondrose
Esse processo degenerativo ocorre na estrutura do disco, alterando também a cartilagem intervertebral. Já o núcleo pulposo pode romper a cartilagem e entrar no osso esponjoso da vértebra, gerando um nódulo chamado de nódulo de Schmorl e também passando a ter a presença de ar em seu interior.
É importante se lembrar que o processo degenerativo, mesmo atingindo todas as estruturas da coluna, produz o sintoma somente quando a raiz nervosa, localizada no orifício de conjugação e na medula do canal vertebral, é comprimida.
Entre os sintomas da Osteocondrose, estão:
- Dor;
- Limitação da função articular, sendo muitas vezes ausente ou intensa.
Como trabalhar a reabilitação de coluna?
O trabalho de reabilitação de coluna precisa ser completo. Isso significa que é preciso:
- Fortalecer estabilizadores;
- Desenvolver o CORE;
- Trabalhar a mobilidade;
- Trabalhar a estabilidade.
Por isso que, antes de iniciar o tratamento com o paciente, é de extrema importância realizar uma avaliação completa e uma análise global do corpo. Dessa forma, será possível compreender se o paciente sente dores em diferentes regiões, onde há instabilidade e quais estabilizadores da coluna estão com fraqueza.
Um dos focos principais para reabilitar a coluna deverá ser para evitar os desequilíbrios biomecânicos, evitar que a região da coluna fique rígida e gere patologias como a Hérnia de Disco, por exemplo.
Leve em consideração a rotina do paciente. Caso ele fique muito tempo sentado ou em uma mesma posição, considere a tensão sofrida pelas cadeias musculares e o quanto esse fator irá afetar o processo de recuperação.
Conclusão
Durante a reabilitação de coluna o paciente irá precisar de incentivos para começar a continuar, de modo que a sua qualidade de vida seja devolvida.
Faça também a avaliação postural para verificar se o alinhamento do corpo está errado e, em seguida, desenvolva o planejamento mais adequado levando em consideração todas as características específicas do paciente e da patologia, assim como a sua rotina.