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Neste texto será abordado pontos importantes que você precisa saber, desde uma pequena introdução histórica de como o Pilates surgiu, passando pelos princípios que norteiam o método e finalizo com as comprovações científicas e bases fisiológicas, além de como utilizá-lo no tratamento fisioterapêutico.

Meu objetivo é ajudar ao colega fisioterapeuta que ainda não conhece o método Pilates, para que ao final desta leitura você tenha a possibilidade de entender se o método irá ajuda-lo ou não nas suas atividades profissionais.

O Pilates na fisioterapia

Dentro das diversas áreas da fisioterapia existem vários métodos para aplicação do tratamento fisioterapêutico que contribuem para a promoção da saúde e hoje, o método Pilates está cada vez mais inserido nesse acervo de recursos terapêuticos. Para se ter uma ideia, cerca de 75% dos profissionais que trabalham com Pilates atualmente, o usam para reabilitação de seus pacientes.

Terapêutica é a denominação dada para qualquer tratamento fisiterapêutico que busca amenizar ou acabar com os efeitos de uma doença (física, psíquica, motora etc.). A metodologia de sistematização de exercícios físicos desenhada por Joseph Pilates foi originalmente constituída para promover a saúde física e mental.

Assim, diante dessa perspectiva, podemos afirmar que esse método tem em sua essência a terapêutica. Não apenas a terapêutica, afinal, muitos pacientes após estabilizado seu quadro de dor e retorno da função, eles continuam a praticar o método Pilates para manutenção da saúde e prevenção de lesões.

O método Pilates prossegue em contínua evolução, seus princípios originais vão ganhando um tom cada vez mais científico, apropriando-se de uma discussão embasada em conhecimentos neurofisiológicos e biomecânicos.

Atualmente, muitos hospitais, clínicas e centros de reabilitação estão incorporando o método Pilates como uma terapia preventiva e curativa de vanguarda. Temos visto grandes centros acadêmicos, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, investindo e fomentando seus acadêmicos a cada vez mais pesquisarem a respeito do Método.

Há ainda muito a se quantificar para evidenciar de forma cientifica o real impacto do método Pilates sobre variados processos terapêuticos, porém, a sua efetividade clínica vem sendo progressivamente constatada, quando aplicado de maneira precisa e ajustado à necessidade de cada paciente, pode trazer grandes benefícios terapêuticos.

Subsequentemente discorre um breve histórico do método Pilates, bem como, seus princípios de aplicação e o seu âmbito na prática clínica.

A importância do Pilates na fisioterapia

É fundamental na prática do tratamento fisioterapêutico com o método Pilates, que todos os 6 princípios sejam executados integradamente pelo paciente durante a execução dos exercícios físicos. Eis aí a necessidade de um instrutor/terapeuta para orientar, corrigir e garantir a integralidade desses princípios durante a execução dos movimentos.

O papel do instrutor/terapeuta é essencial para que se obtenha sucesso com o método, sua função é muito mais que um prescritor de exercícios, o instrutor/terapeuta funciona como um verdadeiro biofeedback para o paciente.

O Método Pilates como tratamento fisioterapêutico

Em sua raiz original, o método Pilates foi idealizado para indivíduos “saudáveis”, mas na base de suas experiências em um campo de concentração da primeira guerra mundial, Joseph Pilates incluiu novos aparelhos para facilitar a aplicação de seu método também em enfermos.

Anos mais tarde, Joseph ganhou mais notoriedade quando começou a reabilitar bailarinos famosos de Nova Iorque que sofriam muito com lesões, alguns destes que chegavam a aposentar os bailarinos.

Um dos casos mais famosos de Joseph foi com a famosa bailarina Martha Graham que após a mastectomia advinda do seu câncer, Pilates recuperou todos os seus movimentos e ela pode voltar a dançar.

Nos dias de hoje, a inclusão e a efetividade de seu método e aparelhos como um tratamento terapêutico na reabilitação, tem trazido um amplo debate para o maior entendimento de seus princípios originais. O método Pilates vem sendo abordado dentro de um conceito científico, seus princípios vão se consolidando e ganhando novas perspectivas, fortalecendo ainda mais a sua aplicabilidade terapêutica.

O médico Dr. Juan Bosco Calvo, precursor do método Pilates na Espanha e incentivador do método na reabilitação, sugere uma proposta conceitual dos princípios do método Pilates em seis áreas:

Respiração

  • Capacidade Respiratória, Mobilidade expansão da caixa torácica;
  • Mobilidade e estabilização da coluna vertebral;

Estabilização e controle central

  • Pelve Neutra;
  • Alongamento do Tronco;
  • Ativação do centro (“Power House”, Core);
  • Conexão (abdominal, torácica e assoalho pélvico);

Dissociação do Movimento

  • Dissociação do membro inferior (Pelve-Quadril e Pelve-Lombar);
  • Dissociação do membro superior (escapulotorácica e escapuloumeral);
  • Dissociação da coluna vertebral (cervical, torácica e lombar);
  • Dissociação da respiração costal (respeitando movimento vertebral);

Flexibilização articular e muscular

Fortalecimento muscular e alinhamento postural

Integração: coordenação, precisão e equilíbrio

No entanto, o princípio da estabilidade do “Power House” descrito por Joseph Pilates é relatado como a mais recente evidência científica publicada por diversos fisioterapeutas de renome mundial, como: Paul Hodges, Peter O’Sullivan, Julie Hides, Carolyn Richardson, Sarah Mottram, Andry Vleeming, Gwendolen Jull, Deborah Falla, dentre outros.

Já seus outros princípios, ganham respaldo científico, nas evidências levantadas pelos atuais estudos do controle motor. Esse fato parece indicar que as hipóteses de Joseph, estavam além de seu tempo.

À medida que novos benefícios são observados e estudados, fazem o método Pilates ganhar
popularidade e novos objetivos, podendo ser aplicado no tratamento fisioterapêutico. Portanto, atualmente, o âmbito de aplicação do método Pilates tem se estendido a diversas áreas e populações

Conclusão

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