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A fisioterapia respiratória pode definir-se como uma especialidade da fisioterapia que utiliza estratégias, meios e técnicas de avaliação e tratamento que buscam a otimização do transporte de oxigênio.

Assim, a fisioterapia respiratória contribui para prevenir, reverter ou minimizar disfunções ventilatórias, promovendo a máxima funcionalidade e qualidade de vida dos pacientes (crianças, adultos ou idosos); podendo ainda proporcionar assistência ao paciente criticamente enfermo em unidades de terapia intensiva ou acompanhamento domiciliares.

Quer conhecer mais sobre essa especialidade? Então continue lendo esta matéria!

Anatomia do sistema respiratório

O sistema respiratório é um conjunto de órgãos que permite a troca de gases com o meio ambiente, fazendo com que o oxigênio presente no ar seja encaminhado às células do corpo e ocorra a eliminação do dióxido de carbono que é produzido pelas células.

Constitui-se, anatomicamente, de narinas, coanas, seios paranasais, laringe, traquéia, brônquios principais, brônquios segmentares, bronquíolos e alvéolos.

As vias aéreas são divididas da cartilagem cricóide em vias aéreas anteriores e posteriores. O ar inalado entra pelas narinas, é aquecido e umidificado nas coanas e nos seios paranasais, vai à laringe, até traquéia. Essas estruturas se situam fora do tórax.

A porção final da traqueia, já no tórax, divide-se em dois brônquios principais que dão origem aos brônquios lobares ou principais que, por sua vez, originam várias gerações de brônquios segmentares.

Esses brônquios, próximos ao hilo pulmonar, são chamados de grandes brônquios. Os brônquios dividem-se continuamente em vários segmentos cada vez mais finos até os pequenos brônquios, que apresentam diâmetro de l a 2cm. Dos brônquios saem os bronquíolos finalizando em bronquíolos terminais, que são as menores vias aéreas condutoras de ar, e os alvéolos emergem de suas paredes.

Os pulmões são estruturas esponjosas que medem 25 cm de altura e pesam aproximadamente 700g. Localizados na caixa torácica, são revestidos por uma membrana chamada pleura. No interior dos pulmões encontramos cerca de 600 milhões de alvéolos pulmonares envolvidos por uma rede de capilares, onde ocorre a hematose (processo em que o gás oxigênio presente nos alvéolos difunde-se para os capilares sanguíneos, penetrando nas hemácias).

O ar é renovado continuamente; assim sempre há gás oxigênio nos capilares sanguíneos que revestem os alvéolos pulmonares (ventilação pulmonar – que depende da ação dos músculos intercostais e do diafragma).

O que é fisioterapia respiratória?

A fisioterapia respiratória é um tratamento especializado que contribui para prevenir e tratar vários aspectos das desordens respiratórias, tais como obstrução do fluxo aéreo, retenção de secreção, alterações da função ventilatória, dispneia, melhora na performance de exercícios físicos e da qualidade de vida.

As técnicas manuais na fisioterapia respiratória são amplamente empregadas nos distúrbios respiratórios e visam à liberação das vias respiratórias, a fim de retirar os impedimentos que o ar encontra ao passar por elas e minimizar os desconfortos.

O fisioterapeuta aumenta a capacidade ventilatória dos pulmões de seu paciente, utilizando-se de aparelhos específicos para a mobilização da secreção a fim de facilitar sua eliminação, trabalha de forma direta com os músculos que auxiliam na respiração, deixando-os mais aptos a realizarem suas funções no sistema cardiorrespiratório. 

Os exercícios respiratórios são de extrema importância para o andamento do tratamento junto à aplicação das demais técnicas da Fisioterapia Respiratória podendo ser orientados a realizarem de forma não supervisionada para englobar e ampliar o tratamento. Os exercícios propõem a melhora na condição respiratória do paciente a partir da mobilização dos músculos ventilatórios.

Seja na forma de prevenção para o aparecimento de complicações respiratórias dos pacientes, considerando principalmente aqueles que estejam internados e imobilizados ou seja de condições  intensivas, com o objetivo de garantir a melhoria na condição geral do paciente por meio de técnicas que contemplem ambos os sistemas, respiratório e cardiovascular, faz-se necessário que o fisioterapeuta seja habilitado por uma sólida formação e bagagem prática para indicar, escolher e aplicar condutas específicas da fisioterapia respiratória.

Contudo, faz-se primordial a avaliação crítica dos pacientes para identificação das características de cada doença, de modo que se possa proporcionar tratamento adequado e eficaz a cada indivíduo.

Objetivo da fisioterapia respiratória

O objetivo da fisioterapia respiratória não se restringe apenas ao tratamento, engloba também a prevenção às doenças respiratórias principalmente na época mais crítica do ano – o inverno, prevenir o acúmulo de secreções nas vias aéreas, que interfere na respiração normal; favorecer a eficácia da ventilação; melhorar a resistência e a tolerância à fadiga, durante os exercícios e nas atividades da vida diária; melhorar a efetividade da tosse; além de melhorar a qualidade na execução das vidas diária atual e futura do indivíduo.

Indicação da fisioterapia respiratória

A fisioterapia respiratória é voltada para as doenças que apresentam limitação crônica do fluxo aéreo (asma, enfisema, fibrose pulmonar, insuficiência respiratória, tuberculose, pneumonias, bronquite crônica e bronquiectasias), é indicada em praticamente todas as doenças respiratórias, nas unidades de terapia intensiva, pré e pós-operatório e no nível ambulatorial para adultos, idosos e crianças.

Tem também uma indicação preventiva para evitar doenças e/ou complicações respiratórias, sobretudo nos pacientes submetidos a cirurgia abdominal, ortopédica, torácica ou cardíaca além de prevenir e corrigir possíveis as deformidades posturais, associadas ao distúrbio respiratório.

Conclusão

A fisioterapia respiratória é um recurso complementar muito eficaz no tratamento de uma grande variedade de doenças pulmonares. Os exercícios e as técnicas facilitam a respiração e a drenagem das secreções brônquicas promovendo a máxima funcionalidade e qualidade de vida dos pacientes, podendo ainda proporcionar assistência ao paciente criticamente enfermo ou acompanhamento domiciliares.

Referências

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