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É natural que a musculatura do assoalho pélvico se enfraqueça com o passar dos anos. Isto é resultado da idade, partos, ganho de peso e perda da massa muscular.

Esse enfraquecimento pode resultar em incontinências urinárias, fecais, dores pélvicas, entre outras consequências que prejudicam a qualidade de vida e também o bem-estar físico e mental das mulheres.

A fisioterapia do assoalho pélvico surgiu como um tratamento eficaz para o controle destes sintomas.

No artigo de hoje, explicaremos o que é a fisioterapia do assoalho pélvico e 10 benefícios que ela pode trazer para a vida das mulheres.

O que é fisioterapia do assoalho pélvico?

A fisioterapia do assoalho pélvico é uma especialidade que foca na prevenção e reabilitação das alterações do assoalho pélvico.

O assoalho pélvico é composto por um grupo de músculos, ligamentos e nervos.

Por meio de uma série de medidas e exercícios supervisionados por uma fisioterapeuta, é possível fortalecer essa musculatura e minimizar diversas comorbidades que prejudicam a qualidade de vida das mulheres.

Para que serve?

A função e objetivo da fisioterapia do assoalho pélvico é trabalhar a musculatura da região pélvica, assim como otimizar a consciência corporal das mulheres.

Com o tratamento feito de forma contínua e supervisionada, é possível conseguir uma melhora significativa na qualidade de vida da mulher.

A fisioterapia do assoalho pélvico auxilia no alívio dos sintomas de dor pélvica, vaginismo, dores na relação sexual, endometriose, bexiga hiperativa, prolapsos, entre outros.

Sintomas relacionados aos problemas no assoalho pélvico

A pelve é uma área que engloba a sustentação da bexiga, útero, ânus e órgãos genitais, por isso, é necessário que essa região esteja saudável em todas as fases da vida.

Quando o assoalho pélvico fica enfraquecido, a mulher pode apresentar diversos sintomas, que podem se agravar a depender dos hábitos e estilo de vida. Os principais sintomas são:

  • Dificuldade em controlar a vontade de urinar ou evacuar;
  • Aumento na frequência urinária, prejudicando a rotina;
  • Sensação de “bola” na vagina, quando ocorrem os prolapsos uterinos, de bexiga ou de reto;
  • Dores na penetração vaginal, durante o ato sexual;
  • Dor pélvica crônica: dor de causa desconhecida persistente por mais de 3 meses.

Fortalecer essa área com fisioterapia do assoalho pélvico tem o intuito de recuperar a saúde e o bem-estar da área.

Porém, a avaliação e o tratamento pela sua ginecologista particular, urologista e fisioterapeuta são necessários, já que as patologias e sintomas podem variar de pessoa para pessoa.

Como funciona?

Para iniciar o tratamento, primeiramente, a paciente passa por uma avaliação que ajudará o profissional a conhecer exatamente o tipo de problema que afeta a paciente.

Essa avaliação consiste em uma conversa com o profissional que identificará os principais sintomas, fatores desencadeantes, hábitos e atitudes que pioram os sintomas, seguido de um exame físico completo.

Dessa forma, é possível tratar a paciente como um todo e não somente a musculatura do assoalho pélvico.

A fisioterapia do assoalho pélvico trata o sistema musculoesquelético de toda região pélvica, tanto interna como externamente.

Ela consiste no conjunto de diversas medidas:

  • Alterações de hábitos;
  • Exercícios supervisionados para fortalecimento da região pélvica;
  • Eletroestimulação;
  • Biofeedback;
  • Exercícios domiciliares.

Alterações de Hábitos

Nesta fase do tratamento uma série de orientações e alterações de hábitos são fundamentais para o tratamento adequado da paciente.

Destacamos abaixo as principais orientações (a depender do caso):

  • Aumentar a frequência urinária

Ir ao banheiro urinar a cada 2 horas mesmo sem vontade, para esvaziar a bexiga e evitar que ela se distenda.

  • Medidas para constipação (intestino preso)

Aumentar a ingestão de fibras, líquidos, alimentos ou até medicamentos que facilitem a defecação sem esforço.

  • Diminuir alimentos/bebidas irritativas

Cafeína, refrigerantes, chocolate, condimentados, são os principais vilões que podem piorar uma série de sintomas.

  • Atividades físicas

O excesso de peso e o sedentarismo também podem prejudicar e muito certos sintomas. 

Exercícios supervisionados

Exercícios supervisionados

O objetivo destes exercícios, além de trabalhar a musculatura enfraquecida do assoalho pélvico, é despertar a consciência do controle destes músculos pela paciente.

A grande maioria dos pacientes não detém a consciência corporal destes músculos. Após um tempo elas desenvolvem essa consciência e isso é tão importante quanto os exercícios em si.

Mediante a supervisão de um fisioterapeuta especialista em assoalho pélvico, é possível identificar e trabalhar a musculatura do assoalho pélvico enfraquecida ou desbalanceada.

Estes exercícios consistem em exercícios de contração, relaxamento, alongamentos, treinamento com cones vaginais, entre outros.

Eletroestimulação

Este é o famoso “choquinho” que muitas pessoas já ouviram falar.

Por meio da aplicação de eletrodos na vagina ou no reto (a depender do caso), um estímulo elétrico é aplicado.

Este estímulo elétrico é de baixa intensidade, não é doloroso e age estimulando nervos profundos, que irão contrair um músculo do assoalho pélvico e em alguns casos inibir contrações involuntárias da bexiga.

Este é um tratamento que deve ser sempre realizado em conjunto com exercícios e outras modalidades de tratamento e raramente é indicado isoladamente.

Biofeedback

Através de um aparelho, é possível obter dados sobre a musculatura do assoalho pélvico e “traduzir” estas em informações compreensíveis para o fisioterapeuta e paciente.

A partir dessas informações é possível identificar e trabalhar mais especificamente a área afetada da musculatura pélvica, além de facilitar a percepção muscular e acompanhar o progresso do tratamento.

Desta forma, este é um tratamento auxiliar que irá guiar os outros tratamentos conjuntos.

Existe algum exercício que pode ser feito em casa?

Sim. E eles são essenciais.

O conjunto de exercícios domiciliares e supervisionados contribuem significativamente para o fortalecimento do assoalho pélvico.

Os exercícios para as mulheres praticarem em casa fazem parte de técnicas gerais. Eles englobam técnicas de contração e relaxamento, alongamento, posturais, entre outros.

Os exercícios quase sempre são contrações e relaxamento de forma voluntária, podendo ser feito de várias maneiras, alternando entre contrações rápidas, sustentadas, lentas, ou até mesmo associadas a algum exercício.

Eles podem ser realizados durante o serviço, ao dirigir, ir ao banheiro, entre outras coisas que não irão atrapalhar a rotina.

10 benefícios da fisioterapia do assoalho pélvico

Com as sessões de fisioterapia do assoalho pélvico é possível desenvolver consciência corporal, com melhor controle dos músculos na região pélvica.

Dessa maneira, inúmeros benefícios podem surgir, veja a seguir os 10 benefícios que a fisioterapia do assoalho pélvico pode fornecer:

  1. Melhora das dores pélvicas crônicas;
  2. Alívio de dores pélvicas relacionadas à micção, como na cistite intersticial;
  3. Melhora das dores na relação sexual;
  4. Tratamento do vaginismo, que é a contração dolorosa da região vaginal, com contato físico ou pressão;
  5. Tratamento para a incontinência urinária;
  6. Preparo da região pélvica e diminuição de complicações no parto e pós-parto;
  7. Tratamento de dores abdominais pós cirúrgicas;
  8. Tratamento para prolapsos genitais em estágios iniciais;
  9. Melhora a incontinência fecal;
  10. Auxílio no tratamento da endometriose.

Conclusão

No artigo de hoje, pudemos fazer uma revisão sobre o que é a fisioterapia do assoalho pélvico, suas diferentes técnicas e seus inúmeros benefícios.

Explicamos também sintomas de disfunções do assoalho pélvico e como este tipo de tratamento melhora significativamente diversas condições como: incontinência urinária, dor pélvica crônica, vaginismo, endometriose, entre outros.

E você, já conhecia esse tipo de fisioterapia?

Gostou do assunto de hoje ou ficou com alguma dúvida? Comenta aqui embaixo, vamos adorar responder. Até a próxima!

Grupo VOLL

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