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Você já sentiu dor no joelho alguma vez? Imaginamos que sim e que, nesse caso, tenha noção de como essa dor é limitante. Para um aluno que está com esse problema, o que mais irrita muitas vezes é a falta de resultado com o tratamento. Tudo que ele quer é uma maneira eficiente de tratar condromalácia patelar, mas por algum motivo os resultados demoram a aparecer.

A verdade é que tratar condromalácia patelar realmente é demorado.

O que podemos fazer como profissionais do movimento é oferecer o melhor tratamento possível.

Quanto mais conhecermos sobre a patologia e seu funcionamento, melhores serão nossos resultados e maior será a satisfação do paciente.

Sabemos como um aluno irritado com o tratamento pode ser e também sei que vê-lo satisfeito com os resultados é um dos melhores sentimentos do mundo.

Por isso, separamos um infográfico com algumas dicas úteis para você usar ao tratar condromalácia patelar. Confira a seguir!

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1. Analgesia

Esse é o primeiro passo para tratar condromalácia patelar do aluno que sente dor.

Inicialmente ele não consegue realizar muitos movimentos e de maneira alguma está pronto para manipulações diretas no joelho. Isso só piora o quadro álgico e faz com que ele sinta vontade de desistir do tratamento de vez.

Começamos o tratamento devagar usando técnicas de analgesia. Você certamente conhece várias e pode fazer uso de todas, incluindo: gelo, calor, terapia manual, liberação miofascial e acupuntura.

Conforme a dor do aluno for melhorando conseguimos introduzir exercícios específicos. Mas nada de trabalhar o joelho com condromalácia sem ter feito uma boa analgesia antes.

2. Exercícios para fase inicial

Calma, sua aula não precisa ser inteira tentando aliviar a dor no joelho (mesmo que no começo dediquemos um bom tempo a isso). Começamos introduzindo alguns exercícios que servem de base para o trabalho de fortalecimento futuro.

Trabalharemos principalmente com exercícios para fortalecer musculaturas de base do corpo e o core. Nessa fase o aluno não consegue realizar exercícios com apoio de joelhos, portanto, dê preferência para exercícios em decúbito dorsal.

O Pilates nos dá uma variedade bastante grande de opções no Cadillac e no Reformer que não causam dor. Você também consegue usar Treinamento Funcional, mas com algumas limitações de posições.

3. Tensão muscular

A patologia sempre causa algum tipo de tensão muscular, seja em membros inferiores ou regiões conectadas pela cadeia muscular.

Muitos profissionais confundem musculaturas tensas com musculaturas fortes. As duas coisas não são sinônimos, pelo contrário. Um músculo que está tenso tem muito mais dificuldade de realizar sua função. Como resultado, ele não dá suporte à articulação. É isso que acontece no joelho.

A tensão muscular aumenta a compressão da patela. Se você deseja melhorar a dor do aluno alivie essa tensão.

A terapia manual será uma grande aliada, podendo combiná-la com a liberação miofascial para eliminar pontos-gatilho. Cuidado com os alongamentos em regiões muito tensionadas, é possível que eles piorem a situação.

4. Dor

Seu aluno está com dor aguda especialmente na primeira fase de tratamento, isso é um fato inegável.

Podemos trabalhar para aliviar a dor e o paciente pode até tomar medicamentos para isso, mas ainda existirão alguns limites.

Se um exercício provocar dor no aluno pare imediatamente. A dor é um sinal de alerta e não devemos ficar testando para ver quanto a pessoa aguenta.

O mesmo acontece nas liberações miofasciais e ao aliviar a tensão muscular. Esses processos tendem a ser mais dolorosos e precisamos ficar atentos. Não queremos exagerar, isso só pioraria o quadro álgico do paciente. Se a posição estiver muito dolorosa pare, dê um tempo para o aluno e tente de outra maneira.

5. Fortalecimento

Imagino que todos já sabem que o fortalecimento de estabilizadores do joelho é parte importante do tratamento da condromalácia patelar.

É só através desses exercícios que conseguimos deixar o aluno pronto para voltar à sua prática esportiva com segurança.

Musculaturas mais fortes diminuem a compressão da patela e evitam o retorno da dor. Como a cartilagem não tem capacidades regenerativas só os músculos têm o papel de estabilizar a região. Então, trabalhe com bastante atenção.

6. Exercícios mais indicados

Queremos trabalhar a articulação do joelho da maneira mais funcional possível.

Conforme o aluno percebe a melhora na dor precisamos começar a prepará-lo para se mover na sua vida diária.

Detalhe: assim que ele sente ausência de dor provavelmente já quer voltar para a prática esportiva. Isso quer dizer que ele talvez volte a praticar atividades físicas sem estar devidamente preparado e arrisque seu joelho novamente.

Para garantir que nossos exercícios são tão funcionais quanto é possível dê preferência a trabalhos em cadeia cinética fechada e sem carga.

Esses exercícios devem reproduzir movimentos que a pessoa realizaria em suas atividades diárias. A ausência de carga é explicada pela falta de funcionalidade no joelho. Se adicionarmos carga ao exercício o aluno tem uma grande probabilidade de se lesionar.

7. Propriocepção

Será que eu devo inserir propriocepção nos treinos para condromalácia patelar? Com certeza!

Só precisamos lembrar que exercícios para propriocepção exigem um certo grau de estabilidade do joelho para evitar lesões.

Na fase aguda do tratamento seu aluno simplesmente não conseguirá fazê-los. Você pode ir introduzindo os exercícios de propriocepção conforme o aluno se recuperar da dor.

Os exercícios de propriocepção ajudam seu aluno a recuperar padrões de movimento funcionais. Eles também auxiliam a aprender a manter a estabilidade do joelho durante o movimento, algo importante especialmente para aqueles que praticam algum esporte.

8. Desvios dos membros inferiores

É comum encontrar um paciente com condromalácia patelar que também possui desvios nos membros inferiores.

Algumas vezes não são desvios verdadeiros, eles só aparecem no movimento, como um valgo ou varo dinâmico.

Nossa dica: observe seu aluno atentamente procurando esses tipos de desvios. Eles deverão sempre ser corrigidos já que aumentam a instabilidade no joelho e, consequentemente, compressão na região.

9. Qualidade de movimento

Queremos frisar esse ponto aqui porque muitos pacientes imaginam que só de fazer o movimento indicado de qualquer jeito eles estão no caminho para a cura.

Na verdade, o que procuramos no tratamento da condromalácia é excelência de movimento. Foi um desequilíbrio que criou o problema em primeiro lugar. Se deixarmos a pessoa continuar com seu padrão disfuncional a patologia continuará afetando o joelho.

Fique muito atento durante a realização dos exercícios. Corrija o padrão de ativação muscular, desvios posturais, tudo.

Conclusão

Tratar condropatia patelar muitas vezes é um desafio. Trabalhe com essas 9 dicas para oferecer o melhor tratamento possível para seu aluno.

Assim você conseguirá resultados de maneira mais rápida, além de proporcionar uma recuperação completa.

Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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