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A síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tem chamado cada vez mais atenção no Brasil, especialmente em períodos de maior circulação de vírus respiratórios. Trata-se de um quadro clínico sério, que muitas vezes começa com sintomas parecidos com uma gripe comum, mas que pode evoluir rapidamente para falta de ar intensa e risco de insuficiência respiratória.

Nos últimos anos, a SRAG foi associada principalmente à pandemia de COVID‑19. Porém, mesmo após a fase mais crítica da doença, ela continua sendo registrada em grande escala, agora relacionada também a vírus como Influenza e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Por atingir principalmente crianças, idosos e pessoas com saúde fragilizada, o tema se tornou prioridade para médicos e profissionais de saúde.

A seguir, vamos entender melhor o que é a síndrome respiratória aguda grave, suas causas, sintomas e como é feito o tratamento. Boa leitura!

O que é a síndrome respiratória aguda grave

A síndrome respiratória aguda grave não é uma doença única, mas sim um conjunto de sinais e sintomas que indicam uma infecção respiratória de evolução rápida e perigosa. Ela se caracteriza, principalmente, por febre, tosse e dificuldade para respirar, associadas a alterações nos exames ou à queda da saturação de oxigênio.

O diagnóstico é feito quando a pessoa apresenta sintomas gripais somados a sinais de comprometimento pulmonar. Em muitos casos, a evolução é tão rápida que a internação hospitalar torna-se necessária. Por isso, estar atento aos primeiros sinais é fundamental para evitar complicações mais sérias.

Principais causas da SRAG

A síndrome respiratória aguda grave pode ser causada por diferentes agentes infecciosos. Os mais comuns são os vírus, mas bactérias também podem estar envolvidas.

Entre as principais causas, destacam-se:

  • Influenza (A e B): o vírus da gripe continua sendo um dos maiores responsáveis pelos casos graves, principalmente em idosos e pessoas com doenças crônicas. Em 2025, estudos da Fiocruz mostraram que mais de 70% dos óbitos por SRAG no Brasil foram relacionados ao Influenza A;
  • Vírus sincicial respiratório (VSR): muito comum em crianças, é um dos grandes causadores de internações pediátricas, sobretudo em menores de 2 anos;
  • Coronavírus (SARS-CoV-2): apesar da redução no número de casos após a fase crítica da pandemia, ainda segue aparecendo como uma das causas de SRAG;
  • Outros vírus respiratórios: como adenovírus e rinovírus, que embora menos frequentes, também podem desencadear quadros graves;
  • Infecções bacterianas: principalmente pneumonia causada por bactérias como Streptococcus pneumoniae, que pode agravar ou se sobrepor a infecções virais.

Fatores de risco como idade avançada, doenças cardíacas, diabetes, imunossupressão e histórico pulmonar aumentam significativamente a chance de evolução para SRAG.

Sintomas mais comuns da síndrome respiratória aguda grave

Reconhecer os sintomas da síndrome respiratória aguda grave é o primeiro passo para buscar atendimento médico a tempo. Os sinais geralmente começam como uma gripe comum, mas logo evoluem para quadros mais intensos.

Os sintomas mais observados são:

  • Falta de ar progressiva, muitas vezes acompanhada de respiração rápida;
  • Dor ou pressão no peito;
  • Tosse persistente, seca ou com secreção;
  • Febre alta e calafrios frequentes;
  • Lábios e pontas dos dedos arroxeados (indicando baixa oxigenação);
  • Cansaço extremo e dificuldade para realizar atividades simples.

Em crianças, também podem surgir recusa alimentar, choro inconsolável, dificuldade para dormir e sinais de desidratação. Já em idosos, a febre pode nem sempre estar presente, mas a falta de ar e a fraqueza costumam se destacar.

Como é feito o diagnóstico da SRAG

O diagnóstico da síndrome respiratória aguda grave combina avaliação clínica com exames laboratoriais e de imagem. O médico observa os sintomas, mede a saturação de oxigênio e solicita exames que ajudam a identificar a causa.

  • Exames de imagem: raio-X ou tomografia para verificar comprometimento pulmonar;
  • Exames laboratoriais: hemograma, culturas de secreção respiratória e exames de sangue;
  • Testes virais (PCR ou antígeno): para confirmar infecções como Influenza, Covid‑19 ou VSR;
  • Oximetria: monitoramento da saturação de oxigênio, essencial para avaliar a gravidade.

Quanto mais rápido o diagnóstico for realizado, maiores são as chances de um tratamento eficaz.

Tratamento da síndrome respiratória aguda grave

O tratamento da SRAG varia de acordo com a causa e a gravidade dos sintomas. Casos leves podem ser acompanhados em casa, mas quando há falta de ar ou queda da oxigenação, a internação se torna necessária.

As abordagens mais comuns incluem:

  • Medicamentos antivirais: como o oseltamivir, indicado para Influenza, quando iniciado logo no início dos sintomas;
  • Antibióticos: em casos de infecção bacteriana confirmada ou suspeita;
  • Oxigenoterapia: para manter a saturação em níveis seguros;
  • Ventilação mecânica: indicada nos casos mais graves, quando há falência respiratória;
  • Cuidados de suporte: hidratação, controle da febre e acompanhamento constante em ambiente hospitalar.

Vale lembrar que a automedicação nunca é recomendada, o uso de qualquer medicamento deve ser orientado por um profissional de saúde.

Cenário brasileiro da SRAG em 2025

O boletim InfoGripe da Fiocruz destaca que boa parte das 27 unidades federativas do Brasil apresenta níveis de alerta ou risco para SRAG, com tendência de crescimento nos últimos meses.

Mesmo com alguma estabilização em estados do Centro-Oeste e Sul, há sinais de continuidade da alta em capitais como Manaus, São Paulo, João Pessoa, Curitiba e Porto Velho.

Em 2025 já foram registrados mais de 93.000 casos no Brasil, sendo cerca de 50% com confirmação viral.

Quem está mais vulnerável?

Crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades (como diabetes ou doenças cardíacas) estão no foco da SRAG. No grupo de até 2 anos, as hospitalizações por VSR têm crescido. Já em idosos, a Influenza A se destaca como a maior causa de internação e óbito.

Dados recentes apontam que até metade dos casos confirmados de SRAG resultaram em teste positivo para vírus respiratórios e, entre os óbitos, 54,7% foram por Influenza A, 23% por Covid‑19 e o resto por VSR, rinovírus e influenza B. 

Como se prevenir e reduzir o risco

Prevenir a síndrome respiratória aguda grave é possível, e algumas medidas simples podem fazer toda a diferença:

  • Vacinação em dia: tanto contra Influenza quanto contra Covid‑19;
  • Higiene frequente das mãos: principalmente ao voltar da rua ou após tossir e espirrar;
  • Ambientes ventilados: evitar locais fechados e com pouca circulação de ar;
  • Uso de máscara: especialmente em períodos de surtos ou em locais com aglomeração;
  • Acompanhamento médico regular: para quem tem doenças crônicas, mantendo os tratamentos sob controle.

Essas atitudes diminuem o risco de contrair vírus respiratórios e reduzem a chance de evolução para formas graves.

Conclusão

A síndrome respiratória aguda grave continua sendo um desafio para a saúde pública, justamente porque pode evoluir em poucos dias e atingir de forma mais severa os grupos mais vulneráveis.

Reconhecer os sinais e buscar atendimento médico imediato faz toda a diferença entre uma recuperação tranquila e complicações que colocam a vida em risco. Por isso, sintomas como falta de ar, febre persistente e cansaço extremo nunca devem ser ignorados.

Manter a vacinação em dia, cuidar das condições de saúde já existentes e adotar hábitos simples, como usar máscara ao apresentar sintomas e evitar ambientes fechados, são atitudes que reduzem o risco de agravamento. Quando a informação de qualidade se junta à ação rápida, a prevenção se torna a nossa melhor escolha.

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