A fisioterapia é uma abordagem utilizada de forma generalizada no meio esportivo. Independentemente do esporte praticado, todo atleta de alto rendimento precisa de acompanhamento profissional para prevenir ao máximo qualquer tipo de lesão, como é o caso da fisioterapia para lutadores.
Os métodos fisioterapêuticos são ideais para essa finalidade, trabalhando com todas as partes do corpo e grupos musculares.
Um dos esportes mais praticados casualmente são as artes marciais, que se destacam por serem acessíveis e estimulantes.
Além de aprender uma técnica de autodefesa, o esporte também estimula quase todos os grupos musculares do corpo, sendo uma excelente alternativa para aqueles que desejam ganhar massa muscular e promover a definição dos músculos.
Contudo, quem pratica qualquer estilo de luta em alta performance acaba exigindo demais do próprio corpo. O esforço dos treinos recorrentes acumulado aos impactos dos golpes vai deixando alguns músculos cada vez mais fragilizados.
Aos poucos, as lesões podem começar a aparecer e, mesmo com tratamento, podem se intensificar com o passar do tempo.
Uma lesão severa exige um tempo maior de recuperação, tirando o atleta de cena contra sua vontade.
Além disso, a região lesionada nunca volta a ser a mesma, impactando não apenas o desempenho esportivo, mas aumentando os riscos de sofrer o mesmo problema novamente no futuro. Tudo isso coloca em risco a carreira do atleta, em muitos casos forçando uma aposentadoria precoce.
Entenda, neste texto, a importância da fisioterapia para lutadores e como um tratamento preventivo pode evitar lesões nos profissionais das artes marciais.
Qual o papel da fisioterapia para lutadores?
A fisioterapia já é uma abordagem amplamente utilizada no tratamento de lesões diversas, mas também é uma poderosa ferramenta na prevenção desses problemas. A chamada fisioterapia preventiva faz parte da rotina de qualquer lutador profissional, pois sua rotina de treinamento intenso é um prato cheio para o surgimento de lesões.
As lesões costumam ser classificadas em apenas dois tipos: agudas (causadas por traumas em uma região específica) ou crônicas (originadas de movimentos repetitivos). A fisioterapia trabalha com exercícios focados em cada grupo muscular, visando reduzir os danos causados pelo excesso de treinos e pelos impactos dos combates.
A vantagem do tratamento está no seu fator individualizado. O papel do profissional é identificar quais pontos estão mais fragilizados no corpo do atleta e aplicar exercícios que fortaleçam aquela região. Essa não costuma ser uma tarefa simples, considerando que o lutador não irá interromper sua rotina de treinos e calendário de combates.
Para garantir que aquele risco não se transforme em uma lesão, a fisioterapia para lutadores também serve como orientação ao lutador para se adaptar de acordo com sua necessidade. Isso envolve correções posturais e sugestão de técnicas que não sobrecarreguem tanto as partes afetadas.
Cabe ao atleta e seus treinadores usarem esses conselhos para manterem as atividades em dia sem comprometer sua saúde e bem-estar.
No cenário profissional, os fisioterapeutas também ficam de prontidão para auxiliar o lutador tanto antes quanto depois da luta. Sua rotina envolve promover exercícios de aquecimento e massagens em regiões fragilizadas.
Tudo isso é essencial para a saúde do atleta, pois qualquer tipo de esforço exagerado ou impacto em áreas comprometidas pode resultar em lesões sérias.
Quais são as lesões mais frequentes dos lutadores?
O tipo de lesão mais recorrente varia de acordo com o estilo de luta praticado, já que cada um utiliza partes diferentes do corpo. No geral, as regiões que levam mais pancadas são as que apresentam lesões agudas em médio prazo, pois o trauma vai se intensificando com o excesso de impactos nos tecidos.
Já as lesões crônicas surgem do desgaste das estruturas anatômicas como tendões e articulações, sempre relacionado ao excesso de movimentos repetitivos.
Artes marciais que exploram mais os braços tendem a causar tendinites e inflamações nos ombros, onde fica a articulação mais afetada pelo movimento do soco. Já os estilos com foco nos chutes afetam principalmente os joelhos, que possuem um conjunto de ligamentos muito complexo.
Para um atleta que se submete a esforços pesados nessas regiões diariamente, o surgimento de uma lesão torna-se uma questão de tempo. É por isso que a fisioterapia preventiva aos lutadores é tão importante, pois somente assim existe uma chance de retardar a degradação desses tecidos.
Como prevenir lesões dos lutadores?
Além do acompanhamento fisioterapêutico, o atleta também deve seguir uma série de cuidados para manter seu corpo protegido. As artes marciais são esportes de contato, que inevitavelmente sempre geram um risco elevado. Para lidar com esse problema, o lutador precisa agir de forma consciente e estar muito bem equipado.
A necessidade de equipamentos de proteção varia de acordo com a arte marcial utilizada. O boxe e o muay thai, por exemplo, fazem uso de luvas de proteção por terem um grande foco nos socos.
Essas luvas ajudam a reduzir o impacto nos punhos, protegendo a mão de quem está desferindo o golpe e o rosto do seu adversário. Por isso, esse é um acessório fundamental na prática desses esportes.
Entretanto, existem diferentes variações para cada acessório. Ainda no caso das luvas, há modelos com diferentes materiais e pesos; no boxe, a escolha ideal vai depender do tamanho e do peso do atleta, pois cada alternativa atende a uma categoria diferente. A luva de boxe feminina, por exemplo, costuma ser bem menor que as que são utilizadas na modalidade masculina.
Usar um equipamento de forma errada também pode contribuir com o surgimento de lesões, então a prática correta do esporte é sempre fundamental. Ainda existem as artes marciais que não utilizam nenhum tipo de acessório, como é o caso do MMA (artes marciais mistas), que combina diferentes estilos. Mesmo nessas circunstâncias, os lutadores quase sempre se protegem com protetores bucais e luvas apropriadas.
Conclusão
A fisioterapia para lutadores é essencial para os profissionais de artes marciais, atuando não só na recuperação de lesões, mas, principalmente, na sua prevenção. Com treinos intensos e constantes impactos, esses atletas enfrentam um alto risco de lesões, tanto agudas quanto crônicas.
A fisioterapia preventiva e personalizada ajuda a identificar pontos de fragilidade, reforçando-os para evitar problemas futuros. Além disso, o acompanhamento fisioterapêutico auxilia nas adaptações de técnicas e posturas, protegendo a saúde do lutador sem comprometer sua performance.
Junto ao uso adequado de equipamentos de proteção, esses cuidados são fundamentais para prolongar a carreira e garantir o bem-estar dos atletas.
