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Não importa se você está trabalhando com atletas profissionais ou amadores, muitos movimentos esportivos exigem grande amplitude de movimento com possibilidade de causar sobrecargas, ocasionando lesões no ombro de atletas.

Essa é uma das articulações mais afetadas nos esportes, especialmente os de arremesso. Alguns dos mais predispostos para esse tipo de lesão são tenistas, jogadores de vôlei e golf.

Conforme a população que pratica esportes cresce no Brasil veremos lesões que afetam a articulação do ombro com mais frequência. Por isso, é essencial começar a compreender as lesões no ombro de atletas.

Vamos lá?

Motivos das lesões no ombro de atletas

As lesões no ombro de atletas podem ser de dois tipos: traumática e atraumática.

Os nomes são bastante indicativos, as traumáticas surgem por causa de traumas diretos ou indiretos no ombro. Já as atraumáticas acontecem com movimentos repetitivos, de explosão ou em grandes amplitudes.

Lesões surgem com maior frequência em atletas por causa da natureza do treino para competição. Na tentativa de atingir a maior eficiência de movimento, esses desportistas realizam treinos intensos com movimentos muito repetitivos.

Nadadores chegam a dar centenas de braçadas por treino. Assim, o ombro pode sofrer sobrecarga e acabar com uma lesão atraumática.

No entanto, isso não significa que praticar esportes significa uma lesão inevitável. Praticantes amadores também estão muito sujeitos à lesões por falta de acompanhamento profissional. Depois de uma lesão, o atleta precisa começar um longo e lento processo de reabilitação.

Ele força a pessoa a diminuir a frequência e intensidade de treinos ou até deixar de praticar completamente. Como resultado, ele sofre com sérias quedas no rendimento e pode ter dificuldades psicológicas acompanhando a lesão.

Lesões no vôlei

O vôlei é um esporte muito popular no Brasil e no mundo. Não importa se é na escola ou na idade adulta, mais pessoas começam a praticar o esporte todos os anos. Infelizmente, isso também significa um aumento na quantidade de lesões relacionadas à prática.

Praticar vôlei exige bom condicionamento físico e conhecimento técnico na modalidade. Ele exige muito do corpo e treinos frequentes e intensos são um grande risco da lesão. O vôlei parece inofensivo para as articulações, certo? Mas não é.

O atleta que pratica a modalidade pode sofrer lesões traumáticas e atraumáticas. As traumáticas surgem depois de lesões ou impactos entre jogadores na prática. As atraumáticas são muito mais comuns.

Como acontecem lesões no ombro de atletas que praticam vôlei?

Assim como acontece em outros esportes, no vôlei atletas realizam movimentos repetitivos em treinos e jogos. Assim, as articulações, em especial o ombro, sofrem com contraturas e estiramentos.

A contratura é algo que ocorre quando o músculo do ombro se contrai e não consegue voltar ao estado de relaxamento. Surge um nódulo doloroso na região que pode ser percebido com o apalpamento.

Os estiramentos são lesões que surgem com alongamento anormal de uma estrutura da articulação. O resultado é um rompimento de fibras musculares próximas. O atleta que sofre estiramento tem uma dor repentina com intensidade variada.

Tudo depende do grau e gravidade da lesão.

Outras lesões no ombro de atletas de vôlei também acontecem com frequência, como a tendinite no manguito rotador. Jogadores de vôlei realizam movimentos de rotação interna e externa com frequência que podem sobrecarregam o complexo do ombro. Combinando essas repetições com desequilíbrios musculares surge a lesão.

Lesões na natação

A natação também é um esporte fisicamente exigente e utiliza muito o ombro. Em geral, lesões no ombro de atletas acontecem por causa do uso excessivo da articulação combinada a técnica imperfeita e desequilíbrios musculares.

Quando um atleta chega ao ponto de fadiga sua técnica deixa de ser perfeita e começa a mostrar claramente as compensações musculares que existem no corpo. Compensações e desequilíbrios são causas de lesões em qualquer pessoa, incluindo atletas.

Com um calendário de treinamento exigente, muitos nadadores apresentam um corpo cheio de compensações espalhadas. Esse é o ambiente propício para uma lesão. Outros problemas relacionados a danos na articulação são a falta de flexibilidade e dificuldades proprioceptivas.

Ambos os fatores são causadores de erros no movimento e sobrecarga.

A compressão de estruturas no espaço subacromial é muito comum na natação. Casos como bursites e tendinites na região são comuns. Para que elas não cheguem a afetar a prática esportiva é necessário realizar um diagnóstico e tratamento precoce.

O manguito rotador sofre com muitas das lesões em nadadores por motivos similares aos do vôlei. Mas tudo pode ser prevenido ou remediado através de uma preparação eficiente.

Lesões no ombro de atletas que praticam tênis

Os movimentos do tênis são caracterizados por grandes amplitudes do ombro e explosão. O saque, por exemplo, consiste numa elevação do membro superior acima da cabeça e uma volta rápida de movimento.

Esses movimentos também possuem uma desaceleração abrupta quando a raquete atinge a bola e o braço se prepara para o próximo movimento. É aí que acontece a lesão.

Vários fatores aumentam a incidência do aparecimento de lesões. Tenistas precisam estar atentos ao tipo de raquete para escolher modelos que diminuem as vibrações transmitidas pelo braço. A posição durante o saque também ajuda a diminuir a pressão exercida no ombro.

Para que o tenista esteja seguro ele precisaria estar livre de compensações e desequilíbrio. Mas isso é difícil de acontecer, quase todos nossos alunos ou pacientes são afetados por desequilíbrios. Muitos apresentam tensão excessiva ou fraqueza em alguma musculatura, um grande problema para um atleta.

O manguito rotador é a estrutura que mais sofre nessa prática. Os tendões infra espinhal e supraespinhal também são alvo de lesões e inflamações frequentes. O manguito é responsável pela estabilização do ombro no movimento. Por isso, seu fortalecimento é um dos melhores trabalhos preventivos para tenistas.

Conclusão

Como vimos, uma lesão é extremamente limitadora para qualquer atleta e pode até levar à desistência da modalidade. A prevenção é a única maneira de manter os praticantes de esportes seguros e com bom desempenho.

A prevenção de lesões em atletas também exige uma excelente avaliação e planejamento de aula. Muitos desportistas já que buscam o funcional para melhorar o desempenho já possuem desequilíbrios potencialmente nocivos.

Portanto, devemos identificá-los e tratá-los antes de começar qualquer protocolo de treino mais intenso. Após identificar as musculaturas desequilibradas comece com os exercícios de prevenção.

A ênfase deve ser na manutenção da estabilidade do complexo articular do ombro. O manguito rotador também merece atenção por ser uma das estruturas mais afetadas em todas as modalidades.

Talvez o atleta seja receoso em perder tempo de treino para fazer o trabalho preventivo. Nesse caso o profissional deve ajudá-lo a compreender a importância do processo. Caso contrário ele sofrerá danos graves a seu desempenho com o desenvolvimento de uma patologia ou lesão.

Conscientizar os praticantes quanto à importância dos exercícios preparatórios feitos no início da aula é outra função do instrutor. Esses movimentos são feitos muitas vezes sem atenção e com qualidade de execução.

Mantendo um processo de prevenção contínuo, com boas práticas de alongamento e aquecimento deve ajudar a diminuir consideravelmente a ocorrência de lesões.

Grupo VOLL

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