O bem-estar, qualidade de vida e melhoria da saúde do trabalhador refletem e influem em todas áreas do ambiente de trabalho, desde o profissional atuante na produção até aquele que trabalha na alta administração.
A globalização da economia, o desenvolvimento da tecnologia e o consequente aumento de lesões causadas em trabalhadores, vêm exigindo dos profissionais da saúde e segurança do trabalho uma atuação mais contínua, sempre procurando adaptar às condições laborais adequadas. Torna-se evidente que o bem-estar e a produtividade dependem das condições físicas e das relações interpessoais e com o trabalho.
Nesse contexto, cada vez mais, observa-se a participação do fisioterapeuta do trabalho junto à equipe de saúde do trabalhador. O fisioterapeuta é responsável pela análise do ambiente de trabalho identificando fatores que podem levar a quadros de lesões. Além disso também orienta o trabalhador sobre medidas de prevenção de lesões e promovendo o tratamento de patologias ocupacionais.
O que é a fisioterapia do trabalho?
A fisioterapia do trabalho surgiu devido a necessidade do acompanhamento da saúde do trabalhador, sendo baseada em algumas ciências como a ergonomia, atividade laboral, biomecânica, entre outras, sempre com o objetivo de prevenir, resgatar e manter a saúde ocupacional. Através do enfoque interdisciplinar e multiprofissional atua na reabilitação de queixas ou patologias musculoesqueléticas decorrentes do trabalho.
Como surgiu a fisioterapia do trabalho
No início da industrialização, em 1879, no Brasil, em decorrência do aumento de acidentes de trabalho surge o prático em fisioterapia para dar assistência na recuperação de acidentados do trabalho.
Em 1968 o Centro de Reabilitação Profissional do Rio de Janeiro-RJ, ganhou, do Estados Unidos, um prêmio internacional de centro de referência em reabilitação de saúde do trabalhador do mundo.
Foi criada em 1998 a ANAFIT – Associação Brasileira de Fisioterapia do Trabalho, para normatizar a atuação do profissional no mercado.
Já em 2002, surge a SOBRAFIT – Sociedade Brasileira de Fisioterapia do Trabalho, com a intenção de divulgar a pesquisa e intercambiar conhecimento nesta área, agregando profissionais de todo território nacional.
Assim, com a crescente ampliação no mercado de trabalho, a especialidade em Fisioterapia do Trabalho foi regulamentada em 2003, através da resolução COFFITO 259, de 18 de dezembro de 2003.
Em 2006, no Congresso Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho ocorreu a fusão das duas entidades ANAFIT e SOBRAFIT com o apoio do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
Em 2007 foi realizado um projeto de lei para inclusão do fisioterapeuta do trabalho na NR4, para que seja obrigatório em todas as empresas a presença de um fisioterapeuta do trabalho no quadro de funcionários.
Resoluções do COFFITO sobre a fisioterapia do trabalho
RESOLUÇÃO Nº. 259, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2003
Dispõe sobre a Fisioterapia do Trabalho e dá outras providências.
RESOLUÇÃO Nº. 351, DE 13 DE JUNHO DE 2008.
Dispõe sobre o Reconhecimento da Fisioterapia do Trabalho como Especialidade do profissional Fisioterapeuta e dá outras providências.
RESOLUÇÃO nº. 381, DE 03 DE NOVEMBRO DE 2010.
Dispõe sobre a elaboração e emissão pelo Fisioterapeuta de atestados, pareceres e laudos periciais.
RESOLUÇÃO Nº 403 DE 18 DE AGOSTO DE 2011
Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia do Trabalho e dá outras providências.
Objetivos da fisioterapia do trabalho
Objetivos Gerais
A fisioterapia do trabalho apresenta como objetivos gerais prevenir, avaliar e tratar os distúrbios ou lesões decorrentes das atividades no trabalho.
Objetivos Específicos
Dentre os objetivos específicos encontram-se:
- prevenir, resgatar e manter a saúde do trabalhador,
- abordar na ergonomia e biomecânica,
- prescrever exercícios laborais,
- atuar na recuperação de queixas ou desconfortos físicos sobre o aspecto multiprofissional e interdisciplinar,
- promover a melhora da qualidade de vida do trabalhador,
- evitar a manifestação de queixas musculoesqueléticas de origem ocupacional ou decorrentes de atividades diárias,
- contribuir com a melhora da saúde do trabalhador aumentando seu bem estar, desempenho e produtividade.
Importância e benefícios da fisioterapia do trabalho
O fisioterapeuta juntamente com a equipe de saúde ocupacional não se limita apenas a curar a patologia, mas preveni-la também. Assim, a fisioterapia traz uma série de benefícios devido às sua qualificação técnica para analisar o empregado com um todo, desde aquele que pertence ao grupo sintomático (que já tem uma patologia, onde a atuação de dará com ações preventivas e curativas), o grupo assintomático (que não apresenta patologia, onde vai atuar preventivamente), até o grupo de risco (que não apresenta sintomatologia, mas na avaliação é detectada uma predisposição para o desenvolvimento, onde dará ênfase a ações preventivas).
A fisioterapia do trabalho traz uma série de benefícios, entre eles:
Benefícios fisiológicos:
- maior eficiência e menor gasto de energia por movimento realizado nas atividades ocupacionais, e consequente melhor utilização das estruturas articulares e musculares,
- sensação de fadiga reduzida no final da jornada de trabalho,
- prevenção e tratamento de doenças ocupacionais,
- aumento de mobilidade e melhora da postura,
- melhora de força, coordenação, agilidade, resistência, ritmo e flexibilidade,
- promove qualidade de vida e promoção de saúde do trabalhador,
- previne estresse, depressão, ansiedade e sedentarismo,
- promove uma sensação de bem estar e disposição para o trabalho,
- proporciona os benefícios relacionados aos sistemas cardíaco, esquelético e respiratório decorrentes dos exercícios.
Benefícios psicológicos:
- diminui as tensões emocionais,
- melhora a consciência corporal e auto-estima,
- gera motivação para novas rotinas,
- ajuda no equilíbrio biopsicológico,
- melhora a concentração e a atenção nas atividades desempenhadas.
Benefícios sociais:
- incentiva as relações interpessoais,
- ajuda no relacionamento social e trabalho em equipe.
Benefícios para a empresa:
- aumenta a produtividade e os resultados,
- observa-se cada vez mais a queda no número de afastamentos médicos, acidentes, lesões ocupacionais, queixas e atestados médicos,
- nota-se a redução de gastos com afastamentos e a substituição de trabalhadores,
- ocorre uma melhora da imagem da empresa perante os empregados, colaboradores e a sociedade.
Atribuições do fisioterapeuta do trabalho
Dentro de uma empresa o fisioterapeuta tem muitas atribuições, sendo caracterizadas pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, conforme a resolução 259, de 18 de dezembro de 2003, como atribuições do fisioterapeuta do trabalho:
I – Promover ações profissionais, de alcance individual e/ou coletivo, preventivas a intercorrência de processos cinesiopatológicos,
II – Prescrever a prática de procedimentos cinesiológicos compensatórios as atividades laborais e do cotidiano, sempre que diagnosticar sua necessidade,
III – Identificar, avaliar e observar os fatores ambientais que possam constituir risco à saúde funcional do trabalhador, em qualquer fase do processo produtivo, alertando a empresa sobre sua existência e possíveis consequências,
IV – Realizar a análise biomecânica da atividade produtiva do trabalhador, considerando as diferentes exigências das tarefas nos seus esforços estáticos e dinâmicos, avaliando os seguintes aspectos:
a) No Esforço Dinâmico – frequência, duração, amplitude e torque (força) exigido.
b) No Esforço Estático – postura corporal exigida, estimativa de duração da atividade específica e sua freqüência.
V – Realizar, interpretar e elaborar laudos de exames biofotogramétricos, quando indicados para fins diagnósticos.
VI – Analisar e qualificar as demandas observadas através de estudos ergonômicos aplicados, para assegurar a melhor interação entre o trabalhador e a sua atividade, considerando a capacidade humana e suas limitações, fundamentado na observação das condições biomecânicas, fisiológicas e cinesiológicas funcionais,
VII – Elaborar relatório de análise ergonômica, estabelecer nexo causal para os distúrbios cinesiológicos funcionais e construir parecer técnico especializado em ergonomia.
Perfil do fisioterapeuta do trabalho
Para o profissional que atua nesta área são relevantes algumas características como:
- capacidade de gerar resultados,
- habilidade de interação pessoal e comunicação,
- capacidade de integração em grupo,
- possuir recursos instrumentais e analíticos na solução de problemas.
Áreas da fisioterapia do trabalho
Muitas são as funções e áreas de atuação da fisioterapia do trabalho, entre elas:
- na prevenção de queixas musculoesqueléticas relacionadas às atividades laborais,
- no tratamento das queixas musculoesqueléticas em ambulatório e ambiente de trabalho dentro da empresa, ou clínica fora da empresa,
- em intervenções ergonômicas corretivas de conscientização junto à equipe de trabalho,
- no desenvolvimento de programas de exercícios laborais,
- na orientação dos trabalhadores em relação à postura e ergonomia fora do ambiente de trabalho, assim como nos postos de trabalho,
- junto à equipe de segurança do trabalho realizando o estudo ergonômico do posto de trabalho,
- na realização de palestras de capacitação e treinamento na prevenção de patologias ocupacionais,
- ao fazer a análise biomecânica das atividades e realizar a avaliação postural em exames admissionais e no levantamento de sobrecarga das atividades permitindo, dessa forma, a adequação dos posto de trabalho e melhora no desempenho,
- na organização de uma escola de postura para prevenir fatores biomecânicos de risco,
- atuando no ensino: em universidades, órgãos públicos ou privados, em instituições ou para a comunidade,
- no desenvolvimento de pesquisas: com estudos relacionados à ergonomia e saúde do trabalhador.
Técnicas de fisioterapia do trabalho
Para o desenvolvimento dos programas realizados pelo fisioterapeuta do trabalho são utilizadas muitas técnicas em sua atuação, entre elas:
Ginástica laboral: é uma atividade física de curta duração realizada no ambiente de trabalho. Nela são aplicados exercícios preventivos de preparação, compensação e relaxamento das estruturas musculares envolvidas das tarefas diárias.
Ergonomia: estuda a relação entre o homem, o seu trabalho, equipamentos e o ambiente, e a solução dos problemas surgidos. Assim, são investigados os aspectos ambientais (qualidade do ar, temperatura, vibração, ruído, luminosidade), aspectos organizacionais (divisão do trabalho, ritmo de trabalho, número e duração de pausas, turnos de trabalho), e aspectos técnicos (layout, máquinas, mobiliário).
Prevenção de lesões ocupacionais: através de cinesioterapia preparatória e compensatória,
Tratamento das lesões ocupacionais: através de eletroterapia, cinesioterapia e reeducação postural,
Laudos ergonômicos: através de ferramentas de análise de posto de trabalho, como fotogrametria computadorizada, check-list, RULA entre outros,
Exames admissionais e demissionais: através de avaliações para o posto de trabalho e laudos,
Exames periódicos: para avaliação, prevenção e controle,
Atuar no NR-17 (ergonomia), junto com outros profissionais: essa norma regulamentadora visa estabelecer parâmetros nas condições de trabalho para proporcionar o máximo de segurança, conforto e desempenho eficiente, inclusive em aspectos relacionados ao transporte, levantamento e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
Como montar um plano de fisioterapia do trabalho para o seu paciente
Ao elaborar um plano de fisioterapia do trabalho para o paciente o fisioterapeuta deve realizar a intervenção de três formas:
- na fase do projeto de ergonomia, interferindo no posto de trabalho, na máquina, nos instrumentos, no sistema de produção, na formação do pessoal e organização do trabalho,
- intervir no atividade realizada ou no trabalhador no posto de trabalho, modificando elementos,
- intervir através de treinamento e reciclagem periódica dos trabalhadores, reconhecendo os fatores de risco e possíveis soluções a serem tomadas pelos trabalhadores e responsáveis.
Também é importante realizar uma apreciação ergonômica para recolher e registrar dados relativos ao objeto de estudo como observação do local de trabalho, analisar a atividade na situação real de trabalho, aplicar questionários, fazer uma avaliação postural e realizar o registro de frequência, sequência e duração das posturas assumidas.
Assim poderá organizar uma intervenção de acordo com a necessidade de cada indivíduo observando:
- diminuição de força aplicada durante o trabalho,
- aproveitamento e distribuição de força durante as atividades,
- diminuição ou eliminação de posturas viciosas,
- diminuição de movimentos de alta repetição,
- diminuição da compressão mecânica sobre os membros superiores e inferiores,
- diminuição do grau de tensões no trabalho.
Nunca esquecer que o principal é definir um objetivo, colocando por escrito para que não haja desvios que o afastem do objetivo principal.
Exercícios para exercitar o seu paciente
Os exercícios realizados pelo fisioterapeuta do trabalho se dividem em:
Preparatórios: geralmente realizados no início da jornada do trabalho, para preparar os grupos musculares que serão solicitados na realização das tarefas de cada trabalhador.
Compensatórios: feitos durante a jornada de trabalho, para compensar os esforços repetitivos e posturas inadequadas, interrompendo a monotonia operacional.
Relaxamento: realizadas após a jornada de trabalho, para prevenir microlesões decorrentes da tensão muscular ocasionada pelas atividades realizadas no trabalho.
Seguem alguns exemplos de exercícios:
Cervical: com os pés unidos e membros superiores ao longo do corpo fazer rotação bilateral, flexão e inclinação lateral bilateral.
Membros inferiores: em pé com os pés unidos, eleva o corpo ficando na ponta dos pés e depois retornando para posição inicial. Após com o auxílio de uma cadeira coloca a perna apoiada nela e procura alcançar o pé com os membros superiores. Ainda em pé, flexiona o joelho e mantém flexionado segurando pelo pé alongando quadríceps.
Membros superiores: Sentado ou em pé entrelaçar os dedos e elevar os braços como se fosse espreguiçar. Após com a mão esquerda na frente da direita fazer pressão alongando a musculatura flexora e após extensora de punho bilateral. Ainda nesta posição colocar os membros superiores para trás entrelaçar os dedos e alongar. Sentado ou em pé, eleva e deprime os ombros. Após em pé, fazer rotação externa com movimento circular de ombro bilateral, em seguida rotação interna.
Especialização na fisioterapia do trabalho
Os cursos de especialização em fisioterapia do trabalho visam promover a atualização profissional e o aprimoramento do conhecimento para intervenção na promoção da saúde do trabalhador, enfatizando a produtividade, ergonomia e qualidade de vida.
Geralmente nos cursos de especialização são ministradas disciplinas como:
- biomecânica ocupacional,
- ergonomia, ferramentas e produtividade,
- ética profissional,
- bioestatística,
- fisiologia do trabalho,
- doenças ocupacionais,
- ginástica laboral,
- gestão em saúde,
- saúde do trabalhador,
- direito da fisioterapia do trabalho e em saúde do trabalhador,
- segurança do trabalho,
- perícia judicial,
- legislação e normas de ergonomia,
- acessibilidade e inclusão de pessoas com necessidades especiais,
- entre outros.
Profissionais envolvidos na fisioterapia do trabalho
Ao tratar da saúde do trabalhador é relevante trabalhar de forma multidisciplinar, sendo assim atuam:
- na saúde do trabalhador: médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta do trabalho, entre outros,
- na segurança do trabalhador: técnico em segurança, engenheiro do trabalho, ergonomista e fisioterapeuta do trabalho,
- nos meios de produção do trabalho: engenheiro de produção, ergonomista, fisioterapeuta do trabalho, e outras engenharias.
Nota-se que o saber derivado de variadas disciplinas como a medicina do trabalho, clínica médica, saúde coletiva, medicina social, saúde pública, sociologia, epidemiologia entre outras, associadas ao saber do trabalhador sobre o seu ambiente de trabalho estabelece o entendimento das relações entre saúde e trabalho, propondo a prática de intervenção dos ambientes de trabalho e atenção à saúde do trabalhador de forma mais eficaz.
Cuidados especiais que devem ser tomados durante o tratamento de fisioterapia do trabalho
Para obter bons resultados é muito importante o fisioterapeuta tomar alguns cuidados, principalmente ao realizar o diagnóstico das atividades laborais para planejar de forma adequada as atividades a serem desenvolvidas, identificando padrões físicos dos diversos setores, dessa forma, prevendo as melhorias.
Sempre procurar sensibilizar os colaboradores para a participação e desenvolvimento das atividades.
Atuar prevendo melhorias de forma individual através da avaliação física durante o processo de recrutamento, admissão e adequação no caso de trabalhadores fisicamente incapacitados para exercer determinados níveis de esforços físicos.
Utilizar de todos os meios para identificar possíveis mecanismos potenciais de lesões ocupacionais.
Procurar sempre acompanhar e avaliar os resultados.
Também é muito importante dar atenção à realização de pesquisas referentes a faltas, suspensões, e atestados para determinar quais são os focos de rotatividade e absenteísmo.
Fisioterapia preventiva na saúde do trabalhador
Ao refletir sobre ações de prevenção em saúde do trabalhador deve-se analisar primeiro os envolvidos na configuração do trabalho, pois irão determinar as exigências que são impostas a quem executará as atividades. Portanto, a prevenção, com a preocupação desde a complexidade do ambiente de trabalho até as influências legais, vai passar por um comprometimento de forma ampla.
Então, o fisioterapeuta do trabalho sob um enfoque interdisciplinar e multidisciplinar vai atuar de forma preventiva sempre com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do trabalhador de forma a evitar a ocorrência de patologias musculoesqueléticas ocupacionais, para melhor desempenho e produtividade.
Assim, avalia e previne através do estudo ergonômico do trabalho junto à equipe de saúde e segurança do trabalho, realizando avaliações posturais, análise biomecânica das tarefas nos postos de trabalho, ministrando palestras educativas de conscientização, capacitação e treinamento de prevenção de doenças ocupacionais, elaborando programas de ginástica laboral e realizando atendimento ambulatorial com a utilização de recursos fisioterapêuticos.
EXTRA – O que é fisioterapia neurofuncional e sua relação com a fisioterapia do trabalho
A fisioterapia neurofuncional é a área que vai atuar nas sequelas que resultam de danos ao sistema nervoso (tanto o sistema nervoso central como o sistema nervoso periférico) e doenças neuromusculares (miopatias, placa motora e neurônio motor). O fisioterapeuta vai agir de forma preventiva, curativa, adaptativa ou paliativa, com a responsabilidade de avaliar, fazer o diagnóstico cinético-funcional, prescrever e tratar o paciente.
Os danos causados ao sistema nervoso diferem entre si e vai depender da região acometida. Notam-se que as disfunções sensoriais e motoras causadas vão interferir de forma qualitativa e quantitativa no desempenho das atividades de vida diária, inclusive em suas funções laborais.
Em muitos casos de patologias relacionadas ao sistema nervoso, a dor é um sintoma muito comum, então, o profissional deve ficar atento para os múltiplos fatores biopsicossociais que podem contribuir para a sua manutenção e duração, como nos casos de: fadiga, rigidez, imobilidade, espasticidade, ansiedade, depressão, isolamento social, afastamento do trabalho, entre outros. Assim o fisioterapeuta vai dispor de variados recursos terapêuticos para tratar a dor e diminuir a sensibilização do sistema nervoso.
Como algumas patologias ocupacionais podem desencadear lesões relacionadas ao sistema neuromuscular, e também com a inclusão de trabalhadores com deficiência no mercado de trabalho, o fisioterapeuta do trabalho também deve sempre ampliar e atualizar o seu conhecimento para ter condições de atuar junto às patologias neurofuncionais.
EXTRA – Quanto ganha um profissional de fisioterapia do trabalho – salário
O piso salarial dos fisioterapeutas é definido pelos sindicatos da categoria em cada estado brasileiro, e a jornada de trabalho é de no máximo 30 horas semanais conforme a Lei 8.856, de 1º de março de 1994.
Conforme o site www.pisosalarial.com.br o salário médio do fisioterapeuta do trabalho é R$ 2.609,27, observando que esse valor pode ser maior ou menor dependendo do porte da empresa, formação profissional e especialização do fisioterapeuta.
Conclusão
O profissional que atua na fisioterapia do trabalho deve estar constantemente aprimorando seus conhecimentos em biomecânica, fisiologia do trabalho, ergonomia, legislação, entre outros, para ter respaldo afim de demonstrar através de dados, números e gráficos aos gestores das empresas a comprovação das melhorias nos resultados do desempenho dos trabalhadores.
Dessa forma o fisioterapeuta especialista nessa área vai conquistar cada vez mais espaço, credibilidade e confiança junto aos gestores, neste campo promissor.
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