Quando estávamos na faculdade, aprendemos que existem diferentes tipos de estímulos que podemos impor a alguém durante a prática de exercícios. Entre eles:
- Estímulos de excitação: aqueles que impactam o sistema, mas não são suficientes para gerar adaptações, levando pouquíssimo tempo para que o corpo retorne a homeostase;
- Estímulos de adaptação: aqueles que são suficientemente fortes para gerar adaptações, ou seja, o corpo levará um certo tempo para se recuperar e estará preparado para sofrer o estímulo novamente sem que gere novos danos;
- Estímulos de exaustão: causam danos severos ao corpo levando longos períodos para recuperação.
Saber utilizar em harmonia os diferentes estímulos, é o que compõe um bom planejamento e periodização do seu treinamento. Mas como saber exatamente o que cada estímulo é na hora de passar exercícios pro seu paciente?
Planejamento correto dos exercícios
Não importa a modalidade que você está pensando, prescrever exercícios sem a correta intensidade e volume – em linguagem simples -, pode ocasionar em perda de tempo de Avaliação Cardiorrespiratória e, até mesmo, causar danos ao seu paciente.
Ou seja, estar em casa ou praticando atividades de vida diária pode ser melhor do que ir para uma aula sem planejamento. Isso por que cargas de excitação geram estresse no organismo sem de fato gerar benefícios, o que pode, ao contrário dos nossos objetivos, prejudicar nosso paciente.
Por outro lado, engajar-se em atividades com intensidade superior à indicada pode significar grandes riscos de lesões musculares, articulares e, no caso de atividades cardiorrespiratórias como a corrida, até mesmo a morte.
Por isso, saber a exata sobrecarga que seu paciente precisa para o treinamento é o ponto chave para um trabalho seguro, responsável e que irá entregar os resultados esperados.
Atente-se aos resultados de seus pacientes
Você já parou para pensar que aquele HIIT que não está funcionando mais para o emagrecimento é realizado com intensidade equivocada? Ou aquele seu paciente que vira e mexe desmaia ou vomita após o treino pode estar submetido à cargas exageradas?
Avaliar seu paciente antes de começar e manter avaliações periódicas é essencial para a manutenção de ganhos, segurança na prescrição e também uma ferramenta de marketing importantíssima.
Nada fideliza mais seus pacientes do que mostrar os resultados e, num mundo de acesso à informações tão fácil, apresentar números baseados em evidências e bases científicas de confiança é essencial.
Tipos de avaliação cardiorrespiratória
Entre as diferentes formas de realizar avaliações cardiorrespiratórias existem os testes diretos e os testes indiretos. Entre os testes diretos estão aqueles que necessitam de aparelhos de alto custo – como os analisadores de gases.
Nesse tipo de teste, o paciente usa uma máscara que irá captar sua respiração e apresentar valores diretos de consumo de oxigênio em mililitros por quilograma da massa corporal em um minuto.
Além disso, nesse tipo de teste é possível identificar com precisão os limiares ventilatórios, medidas modernas para prescrição de exercícios aeróbicos, taxa de troca respiratória e o consumo de oxigênio máximo ou de pico.
Já os testes indiretos nos oferecem formas de baixo custo para determinar esses mesmos parâmetros. Embora existam erros atribuídos às predições, existem hoje protocolos validados de fácil aplicação que podem mudar significativamente a qualidade da sua prescrição de treino.
Assim como, melhorar o rendimento dos seus pacientes, entregar maior confiabilidade e segurança ao seu trabalho e, como consequência, maior retenção de clientes.
As avaliações podem ser realizadas em esteira, bicicleta ergométrica, correndo em pista e até mesmo em um trajeto retangular de 5 metros por 5 metros em espaços fechados para populações especiais.
Selecionamos e apresentamos de forma simples e prática, planilhas para avaliação e apresentação dos resultados diferentes testes para a Avaliação Cardiorrespiratória.
Entre elas, uma das maneiras mais atuais e aceitas para determinação do segundo limiar ventilatório – parâmetro essencial para prescrição de bons treinamentos de potência aeróbica e dos tão desejados HIITS -, que cada vez mais são a escolha utilizada quando se busca emagrecimento.
Conclusão
Sendo assim, prescrever exercícios com as corretas relações de volume, intensidade, frequência e intervalo é a chave para resultados consistentes.
O processo avaliativo é essencial para a manutenção de cargas dentro de programa de treinamento e é o que garante que você estará desenvolvendo seu paciente de forma segura e responsável.
Além disso, apresentar resultados baseado em Avaliação Cardiorrespiratória que foi construída sobre bases de evidências científica traz maior confiabilidade e solidez para seu trabalho.