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Quem sofre com cervicalgia muitas vezes busca no tratamento apenas aliviar dor cervical. Eles nem ligam tanto para a cura efetiva do problema depois de buscarem vários métodos e continuarem com a dor. Os pacientes apenas querem livrar-se do incômodo para conseguir ter uma vida normal.

Nós temos como ajudá-los, tanto ao aliviar a dor cervical, quanto ao corrigir o problema que os atinge de uma única vez. É claro que isso deve acontecer em etapas, como mostraremos no artigo de hoje. Venha conferir!

Primeiro passo: descubra as origens

Não vamos mentir e dizer que aliviar dor cervical é algo simples pois não é! Como em qualquer patologia, precisamos começar sabendo as origens da dor para depois definir um tratamento. Não daria para utilizar, por exemplo, o mesmo tratamento para um paciente com hérnia cervical e para um paciente com tensões musculares.

Inicialmente precisamos entender que a cervicalgia não é uma patologia completa em si. Ela é o sintoma de algum problema funcional na região da coluna que deve ser corrigido. É possível, ainda, que seu paciente esteja sofrendo de outras doenças e que a dor seja um sintoma secundário. Abaixo citamos alguns exemplos destes problemas:

  • Espondilolistese cervical;
  • Espondilite anquilosante;
  • Artrose da coluna;
  • Infecções ósseas;
  • Tumores benignos ou malignos.

Dependendo da patologia a solução é cirúrgica ou medicamentosa. Portanto, nosso papel sempre será aliviar dor cervical e manter sua função e movimentos. Precisamos atuar em conjunto com o médico responsável pelo paciente.

Existem outras dores cervicais que surgem por má postura. Já viu alguém trabalhando em frente ao computador tão grudado à tela que parecia que esta pessoa queria atravessar o vidro? Provavelmente, essa pessoa terá problemas cervicais se não corrigir sua atitude. Até o estado emocional pode fazer as musculaturas cervicais tensionarem e causarem dor.

Boa parte dos casos fazem parte de um quadro que chama-se Síndrome Dolorosa Miofascial. Ela atinge em especial os músculos da cervical e da cintura escapular, assim como fáscias e ligamentos dessa região. Sua principal característica é o aumento da tensão muscular. Muito cuidado com essa síndrome: por ser um problema aparentemente simples, alguns profissionais a dão como diagnóstico final! Porém, ela pode estar combinada com problemas mais graves que precisam de uma avaliação mais profunda para serem descobertos.

Tipos de dor cervical

Durante nossa avaliação em um paciente com dor cervical, precisamos entender que existem alguns tipos de dor na região. Não é à toa que perguntamos a intensidade, localização e tipo de dor do indivíduo na anamnese.

Na cervicalgia, entraremos os seguintes tipos de dor que podem determinar todo o tratamento:

  • Dor óssea: acontece quando o paciente sofreu algum dano na vértebra ou disco intervertebral. A dor acontece exatamente no local lesionado. É uma dor contínua que piora quando o indivíduo se movimento;
  • Dor discal: não é uma dor contínua e também pode ser causada por lesões na região cervical. O paciente sente dor quando um movimento corporal apoia carga sobre a região;
  • Dor ligamentar: também não é contínua. Esse tipo de dor é mais comum em problemas posturais e aparece depois de manter uma posição estressante para a cervical por muito tempo, como durante o trabalho;
  • Dor isquêmica: é um tipo de dor muscular que acontece durante a contração isométrica da estrutura afetada;
  • Dor nervosa: essa dor acontece quando existe compressão de estruturas nervosas. Ela é referida e se espalha para outras regiões do corpo, podendo ser ou não acompanhada de sensação de formigamento e perda de força muscular.

Sabe por que fizemos essa lista de tipos de dor? Porque elas serão essenciais no seu trabalho! É provável que o paciente tenha dificuldade de explicar seu problema, por isso devemos definir exatamente o tipo de problema durante a avaliação. Assim, conseguimos entender melhor as estruturas lesionadas e o processo inflamatório.

Mecanismo de lesão

Mencionamos anteriormente que algumas dores surgem quando existe uma lesão na vértebra ou disco intervertebral. Portanto, devemos entender também como acontece a lesão do disco. Os principais mecanismos de lesão são os movimentos de flexão e rotação.

Primeiramente, não existe um bom espaço articular intervertebral na maioria dos indivíduos. A coluna foi criada para manter uma postura correta com suas curvas fisiológicas. Pessoas com uma má postura diminuem o espaço articular intervertebral, causando maior compressão do disco nos movimentos.

Durante a flexão de coluna o disco intervertebral escorrega posteriormente por causa da própria anatomia da coluna cervical. A região lesionada apresenta hipermobilidade na maioria das vezes. Precisamos lembrar que existem fraquezas musculares importantes causadas por problemas posturais deixando a articulação pouco estável.

Combinando todos os fatores lesivos que encontramos na cervical teremos um disco sofrendo maiores forças de compressão e cisalhamento. É exatamente o que não queremos em nossos pacientes e o que devemos tratar para aliviar dor cervical.

Segundo passo: conhecimento de dermátomos e miótomos

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Imagino que a última vez que você estudou dermátomos e miótomos foi na faculdade de fisioterapia. É normal passarmos por esse conteúdo e esquecê-lo por completo. Parece que esse conteúdo não é muito prático e não precisamos lembrar disso depois que passa a prova.  Devemos saber, porém, que eles são essenciais nos diagnósticos e no tratamento de pacientes com cervicalgia.

Os miótomos são pontos relacionados ao movimento e os dermátomos são mais relacionados à região sensitiva. Alguns pacientes sentem sintomas secundários à dor cervical, como formigamento em extremidades do corpo, fraqueza e espasmos musculares. Esses são sinais que devemos identificar e relacionar aos miótomos e dermátomos.

Esses sintomas são excelentes para entender qual região da coluna foi lesionada e onde está acontecendo a compressão nervosa. Abaixo, deixei uma lista com a relação de dermátomos e miótomos até a altura de C8, que são mais úteis para casos de cervicalgia.

  • Região de C1: flexão cervical superior (movimento do aceno com a cabeça)
  • Região de C2: extensão cervical superior (musculatura profunda), região occipital
  • Região de C3: flexão lateral da coluna, face lateral do pescoço
  • Região de C4: elevação da cintura escapular, região da clavícula e levantador da escápula e trapézio
  • Região de C5: abdução do ombro e rotação externa, região do dermátomo: deltoide lateral e região anterolateral do braço.
  • Região de C6: flexão de cotovelo e extensão do punho. Face lateral do braço até o polegar.
  • Região de C7: extensão do cotovelo e flexão do punho. Face posterior do braço e antebraço até o dedo médio.
  • Região de C8: extensão do polegar desvionar. Metade distal do antebraço até a borda do dedinho.

Terceiro passo: usando técnicas para aliviar dor cervical

Depois de todos esses passos para identificar o problema conseguimos escolher as técnicas para aliviar dor cervical. Esse será o ponto inicial do nosso tratamento. O alívio da dor deve preceder os exercícios para conseguirmos facilitar nosso trabalho fisioterapêutico mais tarde. Abaixo selecionamos duas técnicas que utilizamos bastante nesse tipo de tratamento: os pontos gatilho e de acupuntura.

Principais pontos gatilhos da cervicalgia

Começaremos esse tópico com um aviso: pontos gatilho não são o mesmo que pontos de acupuntura! Tome muito cuidado com isso. Nos pontos gatilho precisamos colocar uma pressão firme e pressionar por alguns segundos para conseguir a liberação.

Os gatilhos surgem em áreas de tensão muscular onde existe o acúmulo de toxinas, provocando inflamação. Se não forem liberados dificilmente teremos sucesso no tratamento, já que eles podem até ser piorados na prática alongamentos e alguns exercícios.

Principais locais para liberação de ponto gatilho:

  • Trapézio superior;
  • Peitoral menor;
  • Occipital;
  • Masseter;
  • Escaleno
  • ECM

Aqui vai uma dica: não libere os pontos gatilho todos os dias. Como já mencionamos, eles são diferentes dos pontos de acupuntura e precisam de um tempo de recuperação. A liberação desses pontos deixa o músculo fadigado e pode até levar a tensão quando é feita repetidamente. O ideal é dar um tempo de repouso de 1 ou 2 dias antes de liberar o mesmo ponto novamente.

Pontos de acupuntura para aliviar dor cervical

Assim como outros profissionais do movimento, amamos acupuntura! Ela é excelente para aliviar dor cervical e também tratar vários outros tipos de dores. Além da acupuntura também podemos fazer uma massagem em sentido anti-horário durante 30 segundos a 1 minuto nos mesmos pontos. Esse também pode ser o dever de casa do seu paciente para diminuir a dor no dia a dia.

A medicina chinesa explica os pontos de acupuntura como pontos de agitação no organismo. O sentido anti-horário dos movimentos é uma forma de acalmar a região, diminuindo também a dor. Você pode trabalhar os seguintes pontos em casos de cervicalgia:

  • Taiyang: 1 cm depois do ponto médio entre o olho e a sobrancelha e é bilateral.
  • Yintang: no meio das sobrancelhas.
  • Ponto do masseter: na extremidade do músculo masseter, é bilateral.
  • Feng fu: fica no meio do início da cadeia muscular posterior. Existe um ponto à esquerda e outro à direita dele que também são úteis.
  • IG-4: no fim da linha do polegar.
  • ID-3: na base do dedo mindinho.
  • C-7: na lateral do pulso.
  • Crâniopuntura: existem dois pontos na linha do couro cabeludo, 1 centímetro para a esquerda e 1 centímetro para a direita.

Conclusão

Quer ajudar seu paciente com dor cervical? Siga os passos simples que descrevemos neste artigo. Eles te ajudarão a identificar a origem da dor e as melhores formas de aliviá-la. Também conseguimos determinar o tratamento com movimento, que segue após conseguirmos trabalhar com a fase aguda da patologia.

Gostou da matéria? Nos conte nos comentários como você costuma aliviar a dor cervical em seus pacientes!

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