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A Artroplastia Total de Quadril (ATQ) é uma cirurgia realizada com o objetivo de reconstruir o quadril, a fim de reduzir a dor e melhorar a capacidade física do paciente. Ela é bastante comum, principalmente entre idosos, e costuma ser recomendada em casos de doenças osteoarticulares ou fraturas na região coxofemoral. 

Mesmo sendo um procedimento seguro e amplamente realizado, ainda existem algumas dúvidas sobre o tipo de fixação da prótese, os diferentes modelos de implantes e os resultados obtidos a longo prazo.

Essas variáveis tornam o acompanhamento fisioterapêutico ainda mais necessário, especialmente quando pensamos em um pós-operatório mais eficiente e com menos riscos. 

A seguir, vamos entender o que é Artroplastia Total de Quadril, quando é indicada e como a fisioterapia contribui para uma recuperação mais segura e eficaz. Boa leitura!

O que é a Artroplastia Total de Quadril

A Artroplastia Total de Quadril é uma cirurgia ortopédica que substitui a articulação do quadril lesionada por uma prótese composta de componentes metálicos e plásticos, garantindo maior segurança e conforto para o paciente.

O principal objetivo é aliviar a dor e melhorar a mobilidade articular, especialmente em pacientes com artrite reumatoide, osteoartrite ou osteonecrose.

Após a cirurgia, o paciente é normalmente encaminhado ao quarto, sendo essencial a intervenção fisioterapêutica para controle da dor e início da reabilitação. A durabilidade da prótese varia, mas geralmente gira em torno de 15 anos. Fatores como peso corporal, prática de exercícios intensos e movimentos bruscos podem acelerar o desgaste da prótese.

O acompanhamento após a cirurgia é essencial. Após cerca de três semanas, ocorre a retirada dos pontos, e nesse período já são utilizados recursos como o laser para acelerar a cicatrização.

A reabilitação continua com o acompanhamento fisioterapêutico e ortopédico, avaliando constantemente a estrutura e funcionalidade da articulação.

Alguns cuidados devem ser tomados nas atividades de vida diária (AVDs), como evitar cruzar as pernas ou pegar objetos no chão. A recuperação total pode levar um ano ou mais, variando de acordo com o perfil do paciente.

Quando a Artroplastia Total de Quadril é indicada

A Artroplastia Total de Quadril é geralmente indicada para pacientes entre 65 e 85 anos que mantêm um estilo de vida ativo, seja por meio de caminhadas em casa ou na comunidade, prática de esportes, ou mesmo para aqueles com doenças metabólicas, inflamatórias, degenerativas, metastáticas ou fraturas femorais com desvio. 

Além disso, é indicada para idosos com fraturas do colo do fêmur, principalmente mulheres que sofreram quedas. Nesses casos, o risco de mortalidade é mais elevado e uma cirurgia precoce pode evitar complicações maiores.

A substituição protética pode ser indicada em indivíduos mais idosos, especialmente em casos de fratura deslocada do colo do fêmur, lesão comum após quedas de baixa energia, particularmente em mulheres por volta dos 80 anos. 

Essas fraturas estão frequentemente associadas a altas taxas de mortalidade, o que reforça a importância de uma abordagem cirúrgica adequada.

Possíveis complicações da ATQ

Apesar dos benefícios, a Artroplastia Total de Quadril pode apresentar complicações tanto locais quanto sistêmicas. Entre as principais estão:

  • Luxações da prótese: acontecem quando a articulação artificial sai do lugar, geralmente por movimentos incorretos;
  • Fraturas do fêmur: podem surgir durante ou após a cirurgia, principalmente em pacientes com ossos fragilizados;
  • Infecções: exigem controle rigoroso. A fisioterapia respiratória contribui na prevenção de complicações pulmonares, especialmente em pacientes com mobilidade reduzida;
  • Lesões vasculonervosas: embora raras, podem afetar sensibilidade e movimento.

Diante desses riscos, o trabalho de uma equipe multiprofissional é essencial, com destaque para a atuação da fisioterapia no processo de recuperação e reabilitação funcional.

A importância da fisioterapia respiratória no pós-operatório da Artroplastia Total de Quadril

Apesar de ser um procedimento seguro e eficaz, a recuperação da Artroplastia Total de Quadril pode ser lenta e envolve riscos, o que exige um acompanhamento fisioterapêutico especializado.

A fisioterapia ajuda na prevenção de complicações como dor, rigidez articular, trombose e infecções, além de atuar na melhora da mobilidade e da qualidade de vida. O plano de reabilitação deve considerar fatores como idade, comorbidades e o nível de mobilidade anterior à cirurgia.

Mesmo que os pulmões não sejam diretamente afetados nesse tipo de cirurgia, qualquer procedimento cirúrgico, especialmente sob anestesia geral, pode interferir na mecânica respiratória. 

A restrição de movimentos e a ação do sistema nervoso central alterada pela anestesia reduzem a ventilação pulmonar e aumentam o risco de complicações respiratórias.

Fisioterapia respiratória como parte da reabilitação

Nas primeiras 24 a 72 horas após a cirurgia, o paciente está mais vulnerável a problemas respiratórios, como atelectasias, acúmulo de secreções e infecções pulmonares, principalmente em idosos ou pacientes com histórico respiratório. A atuação da fisioterapia respiratória nesse momento é crucial para prevenir e tratar essas alterações.

Complicações como infecções podem levar a internações prolongadas e, nos casos mais graves, à perda do implante e até ao óbito. Técnicas fisioterapêuticas que estimulam a ventilação pulmonar e a eliminação de secreções ajudam a minimizar esses riscos.

Algumas das técnicas utilizadas são:

  • Higiene brônquica;
  • Mobilização precoce;
  • Incentivadores respiratórios;
  • Ventilação dirigida;
  • Treinamento de padrões respiratórios eficientes.

Essas intervenções reduzem a dor torácica e abdominal, facilitam a oxigenação e a tosse eficaz, além de acelerar o início da reabilitação motora. Isso também contribui para a diminuição do tempo de internação e evita re-hospitalizações.

Conclusão

A fisioterapia respiratória no pós-operatório da Artroplastia Total de Quadril tem função clara: reduzir riscos pulmonares, otimizar a ventilação e permitir que o paciente retome sua funcionalidade com mais segurança.

A aplicação de técnicas como higiene brônquica, padrões respiratórios eficientes e mobilização precoce contribui para a estabilidade clínica e encurta o tempo de internação.

Sua integração com a equipe de cuidados deve ser prevista desde o início, garantindo um plano terapêutico que considere tanto as demandas respiratórias quanto a recuperação motora. 

Referências Bibliográficas

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