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A Musicoterapia refere-se a um conjunto de técnicas baseadas na música utilizadas em tratamentos de problemas somáticos, psíquicos ou psicossomáticos. Vem sendo utilizada como finalidade terapêutica desde os primórdios e documentada em diferentes períodos. Vários benefícios foram registrados em diferentes culturas.

Na Musicoterapia são utilizados instrumentos, o canto e ruídos para tratamento de pessoas com diferentes tipos de distúrbios. Além de atuar na área da reabilitação motora e no restabelecimento das funções físicas causadas por acidentes traumáticos ou em indivíduos com sequelas de acidente vascular cerebral (AVC).

A musicoterapia também é uma boa opção para estimular o desenvolvimento de crianças, haja vista que melhora a capacidade de aprendizagem. A técnica ainda pode ser usada em empresas para estimular o crescimento pessoal e profissional do funcionário.

A formação do musicoterapeuta inclui teoria musical, canto, percussão, prática em ao menos um instrumento harmônico (piano ou violão) e instrumentos melódicos (como flauta doce). Também faz parte da formação do musicoterapeuta o conhecimento dos cinco modelos de educação musical:

  • Noção de arte
  • Expressão corporal
  • Dança
  • Técnicas para ser aplicada a grupos
  • Psicologia, filosofia, anatomia, fisiologia humana e neurologia.

O que é a musicoterapia?

Segundo a World Federation of Music Therapy (WFMT), a Musicoterapia é definida como a utilização profissional da música e seus elementos, para a intervenção em ambientes médicos, educacionais e cotidiano com indivíduos, grupos, famílias ou comunidades.  A técnica influencia positivamente na qualidade de vida e melhora suas condições físicas, sociais, comunicativas, emocionais, intelectuais, espirituais e de saúde e bem-estar.

A Musicoterapia é a ciência que estuda a relação som- ser-humano-som. É    considerada uma profissão da área da saúde com infinitas possibilidades de entendimento e aplicabilidade. O musicoterapeuta usa música para tratar distúrbios físicos, emocionais, cognitivos, sociais e espirituais dos indivíduos de todas as idades.

A musicoterapia utiliza músicas com letra ou somente na forma instrumental, além de instrumentos como violão, flauta e outros de percussão tendo como objetivo saber reconhecer os sons de cada um, e ter a possibilidade de expressar suas emoções através dos sons.

Como surgiu a musicoterapia?

A Musicoterapia teve início no século XX, após a Segunda Guerra Mundial, quando os músicos amadores e profissionais começaram a tocar instrumentos musicais em hospitais de diversos países da Europa e Estados Unidos. A partir de então, médicos e enfermeiros constataram que soldados feridos, quando em contato com as apresentações musicais realizadas em seus leitos, apresentavam uma recuperação muito mais satisfatória.

Na década de 60, o médico e escritor inglês Oliver Sachs iniciou as primeiras pesquisas sobre os efeitos da música em pacientes com doença de Parkinson. A partir de então, começaram as primeiras conferências, são fundadas federações, associações de Musicoterapia, cursos de pós-graduação e graduação em Musicoterapia em diferentes partes do mundo.

No ano 1976, em Buenos Aires acontece o II Congresso Mundial de Musicoterapia (primeiro evento numerado da comunidade musicoterapêutica). E, em 2014 na Áustria aconteceu o XIV Congresso Mundial de Musicoterapia. O organizador deste congresso e precursor da Musicoterapia na América latina, inclusive no Brasil, foi Rolando Benenzon, médico psiquiatra, psicanalista e músico.

Benezon atuava ativamente nos movimentos ocorridos, presidindo os primeiros congressos mundiais e fundando as primeiras associações e cursos de formação. Desenvolveu ao longo das últimas cinco décadas o Modelo Benenzon de Musicoterapia, que influencia fortemente a prática musicoterapêutica de profissionais brasileiros, vizinhos latino-americanos e, atualmente, europeus.

O Modelo Benenzon de Musicoterapia (MBMT) foi reconhecido oficialmente pela WFMT, em 1995, como um dos cinco modelos de atuação em musicoterapia ao lado dos modelos:

  • GIM (Imagens guiadas e música) desenvolvido por Helen Bonny nos EUA;
  • NORDOFF – ROBBINS (improvisação criativa), desenvolvido por Paul Nordoff e Clive Robbins nos EUA e Inglaterra;
  • MODELO ANALÍTICO desenvolvido por Mary Priestley na Grã-bretanha;
  • MODELO COMPORTAMENTAL, desenvolvido por Clifford Madsen nos EUA.

Objetivos da musicoterapia

 Objetivos Gerais

  • Proporcionar sensação de bem-estar
  • Melhorar o humor
  • Melhorar a qualidade de vida
  • Aumentar a disposição física

Objetivos específicos

  • Melhorar a expressão corporal
  • Reduzir a ansiedade
  • Auxiliar no combate ao estresse e a depressão
  • Melhorar a concentração e o raciocínio lógico
  • Aumentar a capacidade respiratória
  • Estimular a coordenação motora
  • Auxiliar no controle da pressão arterial
  • Aliviar dores de cabeça
  • Auxiliar no tratamento de doenças mentais e nos distúrbios do comportamento
  • Ajudar a tolerar o tratamento contra o câncer
  • Combater as dores crônicas

Importância e benefícios da musicoterapia para o seu paciente

A música age diretamente no cérebro, estimulando diferentes regiões, principalmente o sistema límbico, responsável pelas emoções, motivação e afetividade.  Age aumentando a produção de endorfina – neurotransmissor produzido pelo corpo que proporciona sensação de prazer e bem-estar.

O cérebro responde naturalmente quando ouve uma canção, podendo garantir uma vida mais saudável através do tratamento.

A música tem um efeito quase mágico e transformador sobre as pessoas. Algumas nos fazem querer correr uma maratona inteira, outras nos fazem querer cair na cama e chorar, e outras fazem até a gente viajar no tempo.

Atribuições do fisioterapeuta na musicoterapia

A fisioterapia vem ganhando destaque na abordagem preventiva e reabilitadora associada à musicoterapia, apresentando melhora significante em diversos aspectos:

  • Equilíbrio
  • Marcha
  • Mobilidade
  • Qualidade de vida dos indivíduos.

O ideal é que a Fisioterapia associada à Musicoterapia seja realizada juntamente com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar.

Áreas da fisioterapia relacionadas à musicoterapia

As áreas da fisioterapia que mais utilizam a música durante a terapia são: Pediatria, Neurologia, Gerontologia e Saúde da Mulher.

Atuando, por exemplo, com:

  • Crianças saudáveis ou com algum distúrbio do desenvolvimento (ex: autismo, Síndrome de Down);
  • Gestantes e bebês;
  • Idosos saudáveis ou com alguma doença relacionada ao envelhecimento (ex: Alzheimer);
  • Pacientes com lesões ou distúrbios neurológicos (ex: AVC, doenças degenerativas do sistema nervoso, Parkinson);
  • Pessoas com transtornos mentais (depressão, distúrbios de ansiedade);
  • Portadores de deficiências (física, intelectual ou sensorial), entre outros.

O musicoterapeuta poderá atuar em:

Clínicas

Atendendo idosos, crianças com dificuldade de aprendizagem, pessoas com deficiência mental e pacientes com problemas neurológicos e emocionais;

Psicoproflaxia

Prevenindo problemas emocionais em adultos, crianças, gestantes e idosos;

Reabilitação

Recuperando e reintegrando pessoas com distúrbios e deficiências mentais, dependentes químicos e menores abandonados;

Sonorização

Criando projetos de sonorização de ambientes em indústrias, escritórios e estabelecimentos comerciais, a fim de reduzir o risco de estresse dos funcionários.

Técnicas de fisioterapia para a musicoterapia

Qualquer técnica da fisioterapia pode ser associada à Musicoterapia. Ao colocar música durante a sessão, os objetivos fisioterapêuticos são alcançados mais rapidamente, além de oferecer sensação de relaxamento, prazer e bem-estar. Só o fato de associar a música aos exercícios já se observa mudanças no tônus muscular, frequência cardíaca e respiratória, entre outros.

A intervenção terapêutica através da música pode ser multidisciplinar, podendo vir associada a outras técnicas como relaxamento progressivo, treinamento autógeno, reiki, ioga ou acupuntura.

Músicas que podem ser utilizadas no tratamento

Pode ser utilizada no tratamento desde músicas clássicas até as batidas eletrônicas. Não há regras sobre a utilização da música como terapia, porém, a música deve vir do paciente, e ser trabalhada pelo musicoterapeuta junto a ele.

Não há teorias que proíbam, mas existem estudos que alertam sobre o risco do uso inadequado de músicas poder desencadear reações negativas.  Portanto, a escolha vai de acordo com a avaliação realizada previamente, levando em consideração as características do indivíduo, e ainda histórias de convívio com os diversos estilos musicais por um processo de condicionamento estético e/ou vivência associada.

Sendo assim, ao realizar Musicoterapia antes de apertar o “play”, devemos considerar os pontos de vistas sonoros e os musicais. Dentro dos pontos de vista sonoros estão:

  • Altura ou frequência: de acordo com o número de vibrações por segundo, sons graves e sons agudos;
  • Intensidade: sons fortes e sons fracos;
  • Timbre: som resultante de diferentes fontes (por exemplo, piano, órgão, guitarra, voz).

E musicalmente, pode ser considerado:

  • Duração: maior ou menor duração dos tempos;
  • Andamento: modo lento ou rápido;
  • Ritmo: movimento regular de elementos fracos ou fortes;
  • Melodia: sons conjuntos ou disjuntos, que diferem pela duração, intensidade e entoação;
  • Harmonia: sons simultâneos que quando combinados dão origem aos acordes.

A aplicação terapêutica da música e seus elementos se desenvolvem com base nas necessidades do paciente através de técnicas como

  • Relação
  • Improvisação;
  • Escuta musical;
  • Escuta para ação;
  • Estimulação perceptiva;
  • Composição;
  • Ressignificação;
  • Recriação;
  • Jogos musicais;
  • Composição;
  • Relaxamento;
  • Expressão vocal e canto.

Podem ser utilizados instrumentos musicais convencionais e/ou aqueles criados e confeccionados durante a sessão terapêutica.

Como montar um plano de fisioterapia para trabalhar a musicoterapia com o seu paciente

Para montar o plano de fisioterapia associado à Musicoterapia ideal para o paciente, logo ao primeiro contato, devemos fazer uma avaliação inicial para conhecer os motivos que o levaram a buscar o tratamento, e assim estabelecer uma relação, um elo, o que é muito importante para o sucesso da terapia.

De acordo com a avaliação, serão estabelecidos os objetivos, e aplicadas às técnicas necessárias. A história clínica do paciente e seus gostos musicais devem ser considerados antes de qualquer aplicação da musicoterapia.

O plano terapêutico é composto de arranjos musicais, instrumentais e vocais, em que as sequencias dos exercícios são construídas conforme o ritmo e o arranjo das músicas. E, somente quando os objetivos são alcançados, é que o paciente é preparado e orientado para a alta da terapia.

Musicoterapia e os exercícios terapêuticos

A associação de música aos exercícios contribui de forma positiva na qualidade de vida de pacientes de todas as idades.  Esta associação estimula no desenvolvimento de potenciais, restaura funções perdidas ou debilitadas, e ainda auxilia na prevenção ou na reabilitação dos pacientes. São exemplos de exercícios que podem ser realizados em sessão individual ou em grupo:

Aquecimento

Para começar a aquecer o corpo o musicoterapeuta pode iniciar a sessão com caminhadas, dança e jogos, melhorando assim a integração e o resgate da autoestima através do sistema lúdico-terapêutico.

Alongamento muscular

Promove o alongamento das fibras musculares, melhorando a flexibilidade.

Movimentação ativa de membros

Auxilia a manter a amplitude de movimento das articulações, podendo ser realizada com instrumentos ou objetos nas mãos.

Fortalecimento muscular

Auxilia na manutenção e no aumento da força muscular. Deve-se fortalecer a musculatura do corpo globalmente.

Exercícios respiratório

Auxilia no ganho de força da musculatura respiratória, estimulando a reexpansão pulmonar, favorecendo o aumento da ventilação e da oxigenação, e ainda melhora a mobilidade da caixa torácica. 

Relaxamento

Pode ser realizado em decúbito dorsal, sentado ou até mesmo em pé, realizando respiração e movimentos lentos e suaves, para diminuir a frequência cardíaca e respiratória, e desacelerar o metabolismo.

Todos os exercícios podem ser associados a música, podendo usar aparelho de som com CD, pen drive, violão, pandeiros, chocalhos e bola para variar os ritmos, estimulando sempre a participação ativa do paciente.

Cuidados especiais que devem ser tomados durante o tratamento com Musicoterapia

O musicoterapeuta deve se atentar na hora da escolha da música juntamente com o paciente, respeitando a sua utilização e de seus elementos, pois ela tanto pode ajudar quanto desencadear reações negativas, prejudicando a evolução do tratamento.

Durante a terapia se ficarmos ouvindo músicas que nos lembre um período conturbado, aflitivo, triste, que imediatamente nos traz lembranças de cenas e momentos difíceis, rapidinho também ficaremos mal. E isto poderá ocasionar tensão muscular, influenciando diretamente na terapia, impossibilitando a sensação de relaxamento e bem-estar que é proposta.

Por isso a necessidade da formação específica para o exercício da profissão para saber escolher a música ideal para aquele momento, de acordo com objetivos a serem alcançados.

Quanto ganha um profissional de fisioterapia de musicoterapia – salário

O salário de um musicoterapeuta varia em torno de R$ 1,3 a 6 mil (para quem trabalha em instituições), já em consultórios, a remuneração varia de acordo com o preço da consulta. Há dados que mostram que um profissional no auge da sua carreira (cerca de cinco a seis anos de formado), ganha em média R$ 5 a 6 mil. Atualmente, o site da Catho está oferecendo vagas com ganhos mensais em R$ 1,2 a 1,5 mil reais mensais.

Conclusão

A Musicoterapia apresenta o poder de influenciar diretamente o pensamento, o comportamento, as emoções, a saúde, e os movimentos do nosso corpo, a influência é rápida e pode até ser inconsciente, ela contribui construtivamente para as relações entre as pessoas.

Ela atua constantemente sobre nós, e devemos utilizá-la sempre a favor do paciente. O seu uso como terapia, deve ser usado com cautela para não causar reações negativas, pois o prazer proporcionado a alguns em relação à música, pode não ser o mesmo em outros.

Devemos escolher músicas que tragam motivação, que despertem a alegria e que façam relembrar de bons momentos já vividos. A escolha vai depender do gosto e estilo musical de cada um, e trabalhado de acordo com a avaliação e o bom senso do musicoterapeuta.

Grupo VOLL

Formação Completa em Pilates (Presencial)

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