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Atualmente muitas pessoas estão aderindo a procedimentos de Fototerapia, mas você sabe realmente o que quer dizer isso?

A Fototerapia é um tratamento baseado na interação da irradiação eletromagnética da luz com os tecidos biológicos. Na Fototerapia são empregados Lasers e LED, que são aparelhos capazes de emitir luz (com um comprimento específico).

A Fototerapia ocorre quando a interação da Luz com o tecido biológico se dá por meio dos Fótons que são pequenos pacotes de energias, mas que não carregam matéria, esses fótons são os constituintes da luz.

Quando a luz do Laser atinge o tecido biológico, é possível observar a presença de algumas propriedades ópticas:

  • Transmissão;
  • Espelhamento;
  • Absorção;
  • Reflexão.

Transmissão

É a parte da luz que é transmitida por meio do tecido sem atenuação de sua irradiação.

Espalhamento

Consiste na difusão da luz nos tecidos adjacentes.

Absorção

É a propriedade que define a absorção da luz pelas moléculas que possuem afinidade com determinado comprimento de onda.

Reflexão

É a perda de parte da luz para fora do tecido, devido à reflexão do tecido biológico.

A luz é absorvida pelos cromóforos, eles são células ou moléculas que possuem afinidade com um determinado comprimento de onda.

Na célula, a absorção ocorre na mitocôndria, graças ao citocromo e oxidase que absorve os fótons. Com o maior nível energético disponível há um incremento na síntese de ATP, que resulta no aumento do metabolismo celular. Desta forma, possibilita uma melhor resposta celular.

Os cromóforos cutâneos são:

  • Água;
  • Hemoglobina;
  • Melanina;
  • Oxihemoglobina.

Luz Azul: Absorvida pelas camadas superficiais da epiderme;

Luz Verde e Amarela: Absorvidas por melanina, hemoglobina e oxihemoglobina (cromóforos de vasos sanguíneos);

Luz Vermelha: Basicamente absorvida por melanina;

Luz Infravermelho: Absorvida por água.

Os tecidos biológicos são constituídos em sua maioria por água, elementos celulares, fluidos teciduais e etc. Essa grande variedade de moléculas é responsável pela diferença do grau de penetração e absorção da luz nos tecidos.

Por exemplo, a absorção da água predomina para comprimentos de onda superiores a 1.000nm. Já absorção da hemoglobina predomina para o comprimento de onda de 578 nm aproximadamente.

Fotobiomodulação

A fotobiomodulação é uma tecnologia utilizada para ativar e potencializar a atividade celular na presença da luz, isto é, serve de “combustível” para reações orgânicas.

A fotobiomodulação pela luz vermelha e infravermelha, usando Laser de baixa intensidade e/ou LED, tem se mostrado um tratamento inovador e não-invasivo, acelerador no processo de cicatrização de lesões teciduais e processos de disfunção mitocondrial.

Evidências indicam que os efeitos terapêuticos da luz vermelha e infravermelha resultam, em parte, de mecanismos de sinalização intracelular causados pela interação da luz com o citocromo C oxidase do fotoreceptor mitocondrial.

A fotobiomodulação pode acelerar ou inibir os processos biológicos.

Até 4J/cm² – Bioestimulação

Acima de 4J/cm² – Bioinibição

Laser

O termo Laser significa Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation (amplificação da luz através de emissão estimulada de radiação).

O Laser se diferencia da luz convencional por apresentar características como coerência, colimação e monocromaticidade.

Já o termo LED (Light Emitting Diode) significa diodo emissor de luz. O LED não apresenta colimação e coerência espacial e temporal como o laser, pois não possui uma cavidade óptica.

Monocromaticidade: Significa que é constituída por uma única cor, de acordo com o comprimento da onda.

Coerência: Organização perfeita no deslocamento das ondas que oscilam uniformemente. Todas as ondas na mesma fase, mesmo comprimento, mesma orientação e coerência contribuem para manter a potência luminosa do feixe.

Colimação: É a consequência da coerência. Como a irradiação não diverge, a energia é propagada em distâncias mais longas.

Laser:

  • Colimado;
  • Coerente;
  • Monocromático.

LED:

  • Não coerente;
  • Não colimado;
  • Monocromático.

Laser (Amplificação da Luz por Emissão Estimulada da Radiação) na Fototerapia

LTBI: Terapia com Laser de Baixa Intensidade ou LILT – Low Intensity Laser Therapy.

Técnicas de aplicação

Aplicação pontual:Deposição de energia em vários pontos com distância de 1cm entre os pontos. Essa deve ser executada sempre que puder exercendo uma pressão firme na área, uma vez que é mais seguro, reduzindo a visualização acidental.

Em especial, o princípio desse tipo de aplicação é maximizar a irradiância no tecido, assim como o fluxo de luz. Além disso, tal aplicação possibilita a pressão da caneta na superfície com a finalidade de tratar tecidos mais profundos.

Outra vantagem é o fato da pressão profunda conduzir as células sanguíneas vermelhas para fora da área de tecido diretamente abaixo da caneta, reduzindo a atenuação da luz devido a absorção pelos cromóforos (oxihemoglobina e melanina).

Pode-se, também, nos casos de tratamento de feridas abertas, usar a caneta de Laser direta no local, mas com um filme de PVC, evitando o contato entre ferida e caneta.

Aplicação por varredura: Deslizar sobre a superfície por determinado tempo, de preferência de cm² em cm².

Em casos em que a aplicação seja dolorosa demais, casos em que seja necessário realizar assepsia, ou em casos raros, quando os contornos do tecido a ser tratado podem impedir o acoplamento do cabeçote de contato total, é necessário realizar a técnica sem contato.

Nesses casos, o cabeçote não deve estar a uma distância maior que 1 centímetro da superfície do tecido ou região a ser tratada.

A aplicação consiste na movimentação da caneta aplicadora, fazendo com que o ponto luminoso “varra” toda a região.

Efeitos terapêuticos

  • Anti-inflamatório;
  • Analgésico;
  • Estimulador Celular;
  • Modulador do tecido conjuntivo na regeneração e cicatrização.

Efeitos da bioestimulação

  • Aumento de 22% na produção de ATP;
  • Aumento de fibras colágenas;
  • Regeneração de vasos sangüíneos;
  • Aumento na velocidade de crescimento de nervos;
  • Aumento da reepitelização;
  • Estimulação da regeneração em vários tipos de ferida;
  • Tratamento de condições artríticas;
  • Tratamento de lesões de tecidos moles;
  • Alívio da dor.

Parâmetros

Existem alguns parâmetros para se aplicar o laser, mas decidi apenas colocar os principais, já que a maioria dos aparelhos, hoje em dia, vem com alguns parâmetros pré-programados.

Comprimento de onda

É importante utilizar o comprimento de onda adequado em cada tratamento. Embora ainda não tenha sido possível determinar o melhor comprimento de onda para cada disfunção, a literatura sugere:

  • Laseres de He-Ne (632,8nm) e o AlGaInP (660 nm) como a melhor opção para úlceras, herpes, regeneração nervosa e cicatrização de feridas abertas;
  • Laser de AsGaAl (830nm) pode ser uma boa alternativa de terapia em analgesia, tendinite, edema e há bons resultados do uso dele no tratamento de úlcera crônica;
  • Laser de GaAs (904nm) é a melhor escolha para o tratamento  de lesões do esporte e tem mais influência em tratamento de dor pós-operatória e inchaço;

Laser na Fototerapia Infravermelho – acima de 800nm

  • Drenagem linfática (aplicação na rede de linfonodos);
  • Síntese de colágeno;
  • Analgésico e anti-inflamatório;
  • Estímulo ao sistema imune;
  • Aumento na absorção pela alteração da permeabilidade na membrana plasmática das células;
  • Correção de aplicação da toxina botulínica;
  • Modulação da cicatrização de tecidos profundos: ossos, cartilagens, nervos, etc.

Densidade de energia

Exposição Radiante, Dose ou Fluência é a grandeza física que avalia a possibilidade de estimulação ou  inibição dos efeitos terapêuticos. A exposição radiante é a quantidade de energia por unidade de área transferida à matéria (tecido ou células). Geralmente, é medida em J/cm2.

Alguns autores afirmam que a densidade de energia depositada deve variar entre 3 a 4 J/cm². Alguns pesquisadores sugerem a tabela abaixo:


Cicatrização de ferimentos, no fechamento de feridas abertas, úlceras e feridas pós-operatórias:

Indicações

  • Micropigmentação;
  • Revitalização cutânea;
  • Alopecia (tratamentos capilares);
  • Artropatias degenerativas e inflamatórias;
  • Alívio da dor: tanto em pontos gatilhos quanto em pontos de acupuntura;
  • Recanalização dos vasos linfáticos, auxiliando na drenagem;
  • Efeitos benéficos em lesões de tecidos moles: tendões, ligamentos e músculos e até em fortalecimento de tendões e ligamentos.

Contra indicações absolutas

  • Irradiação sobre massas neoplásicas ou pacientes portadores de neoplasias e carcinoma, uma vez que a ação celular do Laser favorece o desenvolvimento da neoformação de vasos a partir dos já existentes, aumento da divisão celular mitótica e o aumento do aporte sanguíneo que favorece uma maior demanda de nutrientes. A aplicação nesses casos só será aceita em casos de tratamento paliativo.
  • A irradiação sobre a retina levará à cegueira;
  • Irradiação sobre focos de infecção bacteriana causará sua proliferação e disseminação;
  • Ao aplicar em áreas de hemorragia, haverá o aumento de fluxo, podendo levar o indivíduo a choque hipovolêmico e morte;
  • Pela falta de pesquisas comprovando a ação em úteros gravídicos, há a contraindicação por profilaxia, assim como para demais condutas relacionadas a eletroterapia;
  • Outro fator de restrição é o cognitivo do paciente e sua confiabilidade, devendo este ser capaz de compreender as condutas que serão aplicadas.

Contra indicações relativas

  • Em casos de pacientes com doença cardíaca, uso em gânglios simpáticos e nervo vago, pode haver alterações na atividade neural, apresentando risco inaceitável ou letal.
  • Áreas fotossensíveis ou com histórico de alteração de sensibilidade requerem cautela, mesmo com o Laser atérmico.
  • Também faz-se necessário cuidado ao tratar pacientes com epilepsia.

Com exceção dos achados em pesquisas, as contra indicações estão diretamente relacionadas com a análise individual de cada caso, considerando as reações orgânicas individuais que cada paciente apresenta.

Deve-se, portanto, considerar os riscos e benefícios da conduta utilizando o LTBI e os objetivos da terapia antes de eleger a melhor técnica.

LED (Diodos Emissores de Luz) na fototerapia

São semicondutores complexos que convertem corrente elétrica em um espectro luminoso estreito não coerente.

Em 1993, uma empresa japonesa começou a produzir luz branca a partir da combinação da luz azul, vermelha e verde, o que abriu um importante campo para essa tecnologia.

A luz emitida vai do comprimento de onda ultravioleta ao infravermelho (de 400 a 830 nanômetros).

As cores mais usadas são:

  • Azul (400-470nm);
  • Verde (470-550nm);
  • Âmbar (570-590nm);
  • Vermelho (630-700nm);
  • Infravermelho (700-1200nm).

Os LEDs não liberam energia suficiente para causar danos aos tecidos e não oferecem o mesmo risco de acidentes aos olhos que o laser.

A terapia luminosa por luz visível e infravermelha é julgada como sendo de risco insignificante pela Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA) e tem sido aprovada para uso.

Vantagens do LED na fototerapia

  • Gama de cores utilizadas em vários tratamentos;
  • Fótons se repartem em uma superfície maior;
  • Terapeuta pode cobrir uma área maior, deixando a terapia mais rápida;
  • Baixo custo;
  • Fácil manuseio;
  • Resultado gradativo;
  • Seguro e indolor;
  • É uma terapia não-ablativa (não danifica as camadas da pele) e atérmica (não gera calor excessivo);
  • Pode ser aplicada em todas as faixas etárias, tipos de pele e qualquer parte do corpo;
  • Não possui efeitos colaterais;
  • Não deixa a pele sensível ou irritada.

Segundo os parâmetros utilizados, os efeitos biológicos dependem de: comprimento de onda, dose (fluência), intensidade (densidade de energia ou de potência), tempo de irradiação, modo contínuo ou pulsado da onda, e padrões de pulso, por exemplo. Cada marca de aparelho aplica os parâmetros de forma distinta.

Clinicamente, fatores como frequência, intervalo entre os tratamentos e os números totais de tratamentos devem ser considerados.

Comprimento de onda

  • LED azul (400-470 nm): Este LED é bastante eficaz no tratamento de pele acneica por suas propriedades combatentes de bactérias da superfície da pele, como a Propionibacterium acnes. Aumenta a hidratação tecidual da pele e é eficiente no clareamento da pele e olheiras;
  • LED verde (470-550 nm): Inibe os melanócitos que promovem a hiperpigmentação cutânea;
  • LED âmbar (570-590 nm): Promove a síntese de colágeno e elastina, melhorando a elasticidade das suas fibras e protegendo-as de rupturas. Aumenta a microcirculação, estimula o metabolismo celular e melhora a hidratação tecidual;
  • LED vermelho (630-700 nm): Possui propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes que atuam na prevenção de queloides, além de estimular a liberação de substâncias endógenas vasodilatadoras de forma natural, melhorando a microcirculação sanguínea.

Influência na absorção

Quando a Fototerapia é focada na epiderme, a quantidade de energia absorvida é proporcional à qualidade do tecido:

  • Peles oleosas e com pouca melanina poderão atuar como superfícies refletoras de luz;
  • Em tecido com elevado índice de melanina a energia é altamente absorvida. Nestas circunstâncias, a potência óptica (mW) e a fluência (J/cm2) influenciarão na profundidade de penetração devido à absorção da luz por tecidos hiperpigmentados.

Fluência

A fluência ou dose é definida pela energia transmitida pelo feixe luminoso por unidade de área, em J/cm2. Seu número ideal a ser utilizada é baseada em pesquisas e ajustada conforme a energia absorvida para cada tecido e a profundidade que será aplicado, tempo, tamanho da área tratada e patologia.

Tipos de aplicação

A aplicação pode ocorrer de duas maneiras: modo pontual ou varredura.

A potência luminosa aplicada no modo pontual deve ser realizada sempre que houver integridade do tecido cutâneo. Somente com um espaço entre o cluster e a pele para que ocorra a penetração da luz.

A aplicação no modo varredura necessita de um contato suave para permitir realizar movimentos lentos em toda a área de tratamento. Recomenda-se movimentos alternados em ambas as direções.

Indicações

  • Fotorrejuvenescimento;
  • Olheiras
  • Cicatriz – regeneração;
  • Fibroses e Aderências;
  • Flacidez Tissular;
  • Celulite;
  • Drenagem Linfática;
  • Pós-Operatório;
  • Acne;
  • Iluminação e Hidratação Facial.

Contra indicações

  • Pessoas com dermatose por fotossensibilidade;
  • Pacientes que fazem uso de tretinoína ou isotretinoína, ácido retinóico e anti-inflamatórios com tetraciclina;
  • Portadores de câncer no local a ser tratado;
  • Gestantes e lactantes;
  • Pessoas que sofrem de glaucoma.

Conclusão

A Fototerapia consiste em um tratamento feito pela interação da irradiação eletromagnética da luz com os tecidos biológicos. Essa interação se dá por meio de fótons, que são constituintes de luz.

O tratamento da Fototerapia pode ser feito com dois tipos de luz: LED e Laser.

Com o Laser, são dois tipos de aplicação, pontual e a por varredura.

Já o LED foi desenvolvida em 1993, com uma empresa japonesa que começou a produzir luz branca a partir da combinação de luz azul, vermelha e verde, possibilitando a utilização dessa tecnologia.

O LED foi um grande avanço pois, nele não é liberado energia suficiente para causar danos aos tecidos e não oferecem o mesmo risco de acidentes aos olhos que o laser.

Atualmente, a Fototerapia está cada vez mais popular, sendo uma excelente alternativa para tratamento, principalmente de recém-nascidos, mas também para o combate de rugas, manchas e algumas doenças, como: Vitiligo.

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